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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

A Neutralidade da TV Brasileira (ou: aquele conto de fadas que nunca existiu)


Ah, a neutralidade… essa criatura mística, rara, quase tão difícil de encontrar quanto um unicórnio atravessando a Avenida Paulista em horário de pico. Sempre que o assunto é Rede Globo e SBT, lá vem ela: a tal da imparcialidade jornalística. Dizem que existe. Juram que praticam. Mas… alguém já viu?

A crise de credibilidade que essas emissoras enfrentam não surgiu do nada. Ela é fruto de anos — décadas — de uma narrativa cuidadosamente escolhida, editada, cortada e, quando necessário, maquiada com aquele famoso “tom institucional sério” que tenta passar a impressão de isenção absoluta. Spoiler: não cola mais.

Neutralidade nunca houve (e nunca haverá)

Vamos combinar uma coisa? Neutralidade total não existe. Nunca existiu e, sendo bem sinceros, nunca vai existir. Toda escolha editorial já é uma tomada de posição: o que vira manchete, o que fica no rodapé, o que é ignorado e o que ganha trilha sonora dramática.

E não sou eu que estou dizendo isso. O próprio Jesus já deixava claro lá atrás, sem rodeios e sem editorial de 40 minutos:

“Ou você está comigo, ou você está contra mim.”

Simples, direto e sem intervalo comercial.

Globo, SBT e o jogo do “finge que não escolheu”

A Globo, com seu ar de “padrão ouro” do jornalismo, e o SBT, com seu jeitão mais popular e espontâneo (mas nem por isso inocente), jogam o mesmo jogo: o da neutralidade performática. É aquela em que a emissora diz “não tomamos partido”, enquanto toma vários — só que de terno, gravata e iluminação profissional.

O problema é que o público mudou. Hoje, com internet, redes sociais e memória, fica difícil sustentar o discurso de imparcialidade quando o histórico está todo ali, disponível em poucos cliques.

A crise não é de audiência, é de confiança

Mais do que números no Ibope, o que está em queda é a confiança. As pessoas não deixaram de assistir apenas por falta de interesse, mas porque passaram a questionar:
“Por que isso está sendo mostrado desse jeito?”
“Por que esse assunto ganhou destaque e aquele não?”

E quando o público começa a fazer essas perguntas, o encanto do “jornal neutro” acaba.

Conclusão: menos fantasia, mais honestidade

Talvez o caminho não seja insistir na ideia de neutralidade absoluta, mas assumir: temos uma linha editorial. Isso seria, no mínimo, mais honesto. Porque fingir que não escolhe lado é, ironicamente, uma das escolhas mais claras que existem.

No fim das contas, a frase continua atual — seja na fé, na política ou na televisão:

Ou você está com alguém, ou está contra alguém.
O resto é edição.

📺😉

quinta-feira, 26 de junho de 2025

STF, Marco Civil da Internet e a Nova Censura em Nome do “Combate à Desinformação”


Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF), guardião da Constituição, tem ultrapassado os limites de sua função jurídica para atuar como protagonista político em nome do que seus ministros classificam como “combate à desinformação” e “discurso de ódio”. No centro desse debate está o Marco Civil da Internet — uma legislação de 2014 que nasceu com o propósito de garantir a liberdade de expressão, a neutralidade da rede e a proteção à privacidade dos usuários —, mas que tem sido reinterpretada de forma preocupante por decisões da Suprema Corte.

Sob o pretexto de “proteger a democracia”, ministros vêm determinando a remoção de conteúdos, bloqueio de contas e até a imposição de censura prévia, sem o devido processo legal ou amplo direito de defesa. A lógica por trás dessas decisões é perigosamente subjetiva: qualquer manifestação crítica ao próprio Judiciário, à atuação do TSE ou a narrativas institucionais pode ser classificada como “fake news” ou “discurso de ódio”.

Não se trata de um fenômeno isolado. A retórica do “combate à desinformação” tem sido usada ao redor do mundo por governos autoritários como forma de calar vozes dissidentes. Termos vagos e fluidos como esses são instrumentos ideais para regimes que desejam controlar o discurso público e eliminar a oposição, pois permitem interpretações arbitrárias, adaptáveis ao gosto de quem detém o poder. Na Venezuela, na Nicarágua, na Rússia e na China, o “discurso de ódio” é frequentemente o rótulo dado à crítica política. E, cada vez mais, no Brasil, esse expediente começa a ser normalizado por aqueles que deveriam ser os primeiros a zelar pela liberdade de expressão.

Não se trata de negar que a desinformação exista ou que o ódio seja uma realidade digital preocupante. Mas quando juízes se tornam censores, quando decisões judiciais atropelam o devido processo legal, e quando a liberdade de expressão é tratada como uma ameaça em vez de um pilar da democracia, algo está gravemente errado.

O STF, ao adotar essa postura, fere não apenas o Marco Civil da Internet, mas os fundamentos constitucionais que jurou defender. Em uma democracia madura, o combate à mentira não pode ser feito pela supressão da verdade — ainda que incômoda. Não é papel de ministros do Supremo determinar o que pode ou não ser dito em uma sociedade plural. É o debate público, a imprensa livre e a cidadania consciente que devem definir os limites do aceitável, não a caneta de um magistrado investido de autoridade irrestrita.

Censura com verniz jurídico continua sendo censura. E quando ela parte do topo do Judiciário, o perigo para a democracia é ainda maior.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Por que não plantamos árvores frutíferas nas ruas, já que assim, pessoas que não tem o que comer poderiam se beneficiar?

Se já é difícil limpar folhas, imagine frutos podres… teríamos que ter um sistema de limpeza pública muito eficiente para que as árvores frutíferas não causassem proliferação de insetos.

Mas, falando sério, você já esteve em Belém? A cidade é coberta por mangueiras. Os mendigos sempre tem consigo um punhado de mangas para não passar fome. A população em geral tem suas técnicas de colher as frutas. Mas é um risco para qualquer pessoa ser atingida por uma manga na rua. O seguro de veículos tem um adicional que cobre amassados de manga.