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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A lenda de Kelpie, o cavalo d'água

Kelpie na mitologia céltica escocesa é uma espécie de cavalo que habita os lagos e rios da Escócia. Essa entidade sobrenatural pode ser encontrada também no folclore irlandês. 

Sua descrição pode variar conforme as lendas, por vezes descrito como branco, ou cinza, de pele macia e gelada, podendo também adotar uma forma humana. 

Muitos rios e lagos na Escócia tem alguma história relacionada com Kelpie, mas a mais extensiva que se conhece é a do Lago Ness, que tem seu primeiro registro no século 6.

A lenda de Kelpie tem também muitas variações pelo mundo, como a de Wihwin na América Central, a de bäckahäst na Escandinávia, e a de bunyip na Austrália.



A origem da crença em cavalos d'água malignos pode ter sido a partir de sacrifícios humanos feitos antigamente para acalmar os deuses da água, mas também servia como prática para assustar crianças a fim de mantê-las longe do perigo nas margens de rios e lagos, e prevenir mulheres jovens para tomarem cuidado com rapazes bonitos desconhecidos.

Em algumas histórias, Kelpie é conhecido como antropomórfico, ou seja, pode mudar sua forma física. Pode se transformar em uma bela mulher para seduzir e capturar homens, ou se transformar em um belo homem para seduzir e capturar moças. Porém, ele pode apresentar perigo principalmente á crianças quando está sob a forma de cavalo, pois costuma induzi-las a montá-lo e então as leva para dentro da água, onde as come.

Nas ilhas Órcades (Orkney em inglês), há menção de uma criatura semelhante chamada "Nuggle", que também tem a forma de um cavalo e vive debaixo d'água. 

Qualquer humano que montar essa criatura é levado para as profundezas do rio ou lago onde a criatura vive, e morre afogado. 

Nas Ilhas de Shetland, a nordeste das Ilhas Órcades, o cavalo d'água é conhecido como "Shoopiltie".Outras versões dessa criatura existem em outras nações célticas. 

No país de Gales há uma lenda de um outro espírito antropomórfico associado á água chamado "Ceffyl Dŵr", que também pode assumir a forma de um cavalo, ás vezes com asas, que pode capturar qualquer infortunado para montar, mergulhá-lo na água e o afogar. 

Na mitologia manesa também há um cavalo d'água conhecido no Gaélico Manês como "Cabbyl-Ushtey" que também é associado com uma outra criatura chamada "Glashtyn".



Fonte:https://tavernadascebolas.blogspot.com/2014/07/a-lenda-de-kelpie-o-cavalo-dagua.html

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Hel a deus nórdica da morte?




Hel, quem é a deusa do Reino dos Mortos da Mitologia Nórdica



Na mitologia nórdica, o reino dos mortos é governado pela deusa Hel, responsável por acolher e decidir sobre qual destino cada alma terá após a morte.

De acordo com a mitologia nórdica, a morte é algo natural e não assustadora, ou seja, faz parte do ciclo natural da vida. Dessa forma, cabe a Hel ou Hella, a deusa do mundo dos mortos, receber e julgar a alma daqueles que não pereceram em batalha.

Então, conforme os seus feitos em vida, o espírito vai para um dos nove níveis de Helheim, que vão desde locais paradisíacos e bonitos até locais horrorosos, escuros e gelados. Vamos saber mais sobre Hel e o seu papel na mitologia nórdica neste artigo.
Quem é Hel na mitologia nórdica


Em suma, Hel é a deusa da morte, filha de Loki, o deus da trapaça. Dessa forma, é retratada como uma divindade indiferente às preocupações dos seres vivos ou mortos.

No entanto, Hel não é uma deusa boa e nem má, apenas justa, pois, possui um papel importante a ser prestado, papel esse que a deusa faz com muito esmero e justiça.

Enfim, o nome Hel, em nórdico antigo, significa ‘escondida’ ou ‘aquela que se esconde’ e, provavelmente, seu nome tem a ver com sua aparência. Que é descrita como uma pessoa com duas partes diferentes em seu corpo, sendo metade viva e metade morta.

Com efeito, um lado do seu corpo, é de uma bela mulher de cabelos longos, enquanto a outra metade é um esqueleto. Por causa da sua aparência, a deusa foi enviada para governar Helheim, já que outros deuses se sentiam desconfortáveis ao olhar para a deusa Hel.

Hel: a deusa do reino dos mortos

                                 

De acordo com a mitologia nórdica, Hel ou Hela, é a deusa do reino dos mortos, chamado de Helheim, formado por nove círculos. Onde Hel recebe e julga aqueles que morreram de doença ou velhice, pois, os que morrem em batalha são levados para Valhalla ou Fólkvangr pelas Valquírias.

Inclusive, o nome de Hel foi usado pelos missionários cristãos como símbolo do inferno. Mas, ao contrário do conceito judaico-cristão, seu reino também serve para o amparo e encontro das almas prestes a reencarnar.

Ademais, Hel é filha de Loki com a giganta Angrboda e irmã mais nova de do lobo Fenrir, responsável pela morte de Odin no Ragnarok. E da serpente Jörmungandr, que vive no oceano de Midgard.

Geralmente, a deusa dos mortos é representada como duas versões de uma mesma pessoa, sendo uma mulher linda de um lado do corpo e do outro um ser em decomposição.
Onde vive a deusa nórdica da morte


Devido a sua aparência, Odin a baniu para o mundo das névoas, chamado Niflheim, localizado às margens do Rio Nastronol (o equivalente ao rio Aqueronte da mitologia grega).


Em suma, Hel vive em um palácio chamado Elvidner (miséria), com uma ponte por cima de um precipício, uma grande porta e paredes altas com uma soleira chamada Ruína. E diante aos portões, um cão de guarda chamado Garm fica de vigia.

Após ouvir terríveis profecias envolvendo os filhos de Loki, Odin e outros deuses de alto nível, resolvem fazer algo com os irmãos antes que causassem problemas. Então, a serpente Jörmungand foi jogada no mar de Midgard, o lobo Fenrir foi preso em correntes inquebráveis.

E, quanto a Hel, ela foi enviada para reinar Helheim para que ficasse ocupada.
A deusa Hel: receptora e guardiã das almas

Segundo a mitologia nórdica, é Hel que decide, de forma imparcial e justa, o destino de cada alma após a morte. Dessa forma, as não merecedoras vão para o reino gelado de tortura eterna.

Entretanto, a deusa trata com compaixão, carinho e condescendência aqueles que morrem de doença ou velhice, principalmente com as crianças e com mulheres que morreram durante o parto.


Em suma, Hel é a receptora e guardiã dos segredos da pós-morte, responsável por destruir os medos e lembrar o quanto a vida é passageira, com seus ciclos de vida e morte.

Tanto para os humanos, quando para os deuses, que não são imunes à morte. No entanto, o reino de Hela não é o da realidade comum, mas sim do inconsciente e simbolismos. Dessa forma, a morte precisa fazer parte da vida para que algo novo nasça.
Símbolos de Hel

A deusa sempre aparenta uma figura dualista, onde uma parte simboliza o lado sombrio da Grande Mãe, o túmulo aterrorizante. Enquanto que o outro lado representa o útero da Mãe Terra, onde a vida nutre, germina e nasce.

Além disso, a deusa Hel se alimenta de um prato que se cha,a ‘fome’, cujo garfo se chama ‘penúria’, que é servida pelos servos ‘senilidade’ e ‘decrepitude’. Dessa forma, o caminho até Hel é a ‘provação’ e passa pela ‘floresta de ferro’ repleta de árvores metálicas com folhas afiadas como punhais.

Por fim, Hel possui um pássaro vermelho escuro, que quando chegar a hora, irá anunciar o início do Ragnarok. E nessa última batalha, a deusa vai ajudar seu pai Loki a destruir os deuses Aesir, além de espalhar fome, miséria e doenças por Midgard enquanto cavalga sua égua de três patas, mas, morrerá juntamente com as deusas Bil e Sol.

O Reino dos Mortos

Para se adentrar no salão do reino dos mortos, Niflhel ou Niflheim, é preciso atravessar uma ponte larga e pavimentada com cristais dourados. Além disso, abaixo da ponte há um rio congelado, chamado de Gjöll, onde é necessária a permissão de Mordgud para poder entrar no reino.

Ademais, Mordgud consiste em uma mulher alta, magra e bastante pálida, que é a guardiã da entrada do reino de Hel, e questionava a motivação de todos que queriam entrar lá.

Assim, para aqueles que estavam vivos, ela questionava sobre o seu merecimento, e se fossem mortos, pedia algum tipo de presente. Por exemplo, as moedas de ouro que eram deixadas nos túmulos de cada morto.

Os salões de Helheim

De acordo com a mitologia nórdica, Helheim estava sob as raízes da árvore de Yggdrasil, que era voltada para segurar os noves reinos, Asgard e a Primavera do conhecimento.

Desse modo, para as pessoas que morriam de velhice ou doenças, elas eram encaminhadas para Elvidner, um dos salões do reino da deusa Hel em Hellheim. Em resumo, era um lugar lindo, mas despertava sentimentos de frieza e de algo sombrio.

Além disso, havia diversos salões, onde cada um dos mortos recebia algo. Para aqueles dignos, eles recebiam ótimos tratamentos e cuidados. No entanto, para aqueles que viveram uma vida injusta e criminosa, sofriam com severas punições, como torturas com serpentes e vapores tóxicos.

Portanto, Helheim representa a parte mais profunda do subconsciente, que é repleta de sombras, conflitos, traumas e fobias.

Hel e a morte de Balder

Uma das lendas que envolvem a deusa Hel da mitologia nórdica, é sobre o seu papel na morte de Balder, o deus da luz, filho da deusa Frigga e do deus Odin.

Em suma, Loki, pai de Hel, enganou o deus cego Hodr, irmão de Balder, para que atirasse no irmão uma flecha feita de visco, única fraqueza do deus Balder.

Como resultado, Balder morre e sua alma vai para Helheim. Dessa forma, o mensageiro dos deuses, Hermodr, outro irmão de Balder, se voluntaria para ir até o reino dos mortos e trazê-lo de volta.

Então, para sua longa jornada, Odin emprestou seu cavalo de oito patas chamado Sleipnir, para Hermodr poder pular os portões de Helheim. Após nove noites viajando, ele chega até Hel, suplicando que devolva seu irmão.

Enfim, Hel concordou em devolver Balder, mas, com uma condição, que todas as criaturas da Terra chorassem por sua morte. Hermodr viajou pelo mundo pedindo a todos que lamentassem pela morte de seu irmão, todos lamentaram menos uma giganta chamada Thokk.

Contudo, na verdade, era Loki disfarçado, o que impediu que Balder fosse ressuscitado, permanecendo refém em Helheim até o dia de Ragnarok, quando ressuscitaria para governar o novo mundo.

Simbolismos da deusa HEL Planeta – Saturno

Dia da semana – Sábado
Elementos – terra, lama, gelo
Animais – corvo, égua preta, pássaro vermelho, cão, serpente
Cores – preto, branco, cinza, vermelho
Árvores – azevinho, amoreira preta, teixo
Plantas – cogumelos sagrados, meimendro, mandrágora
Pedras – ônix, azeviche, quartzo esfumaçado, fósseis
Símbolos – foice, caldeirão, ponte, portal, espiral de nove voltas, ossos, morte e transformação, a lua negra e nova
Runas – wunjo, hagalaz, nauthiz, isa, eihwaz
Palavras relacionadas à deusa Hel – desapego, libertação, renascimento.

Fonte:https://segredosdomundo.r7.com/hel-hell-hela-hella-deusa/