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sexta-feira, 26 de abril de 2024

O cristianismo sempre foi uma religião de paz.



Muitos ateus iluminados adoram dizer que as guerras no mundo são todas ou em sua maioria causadas pela religião seria isso verdade.


Resposta: Deve haver uma distinção entre o que a bíblia ensina e as ações praticados pelas pessoas que dizem ser cristas.


A violência e as guerras no mundo na tem como principal causa a religião e para provar isso eu sito um versículo bíblico e um link de uma matéria da exame que fala sobre as principais causas da violência no mundo.


“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4:1-3).



quarta-feira, 24 de abril de 2024

Ola pessoal ....Será que é täo dificil assim de entender que EVANGELHO é uma coisa e RELIGIÄO é outra coisa ??????


Sim porque é tudo a mesma coisa.

Jesus não tinha nenhum problema com religião ou com as pessoas serem religiosas afinal ele não era ateu e sim judeu.

O que ele tinha problema era com a hipocrisia e com o abuso de poder.

O próprio Jesus ia nas sinagogas e não tinha problema nenhum com religião organizada.

Mateus 4:23 E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e males entre o povo.

Cristo nuca teve problema com a organização afinal quem gosta de bagunça é o Diabo.

Concordo que a igreja não é uma parede mas isso não muda nada pois Cristo e seus apóstolos nos deram o seu exemplo de sempre congregar seja em casa ou no templo ou nas a sinagogas.

Cristo diferente do que muitos ensina-o dava sim uma grande importância as reuniões oficiais do judaísmo como nos vemos em todo o novo testamento.

Lucas 21:37-38 NVT Todos os dias, Jesus ia ao templo ensinar e, à tarde, voltava para passar a noite no monte das Oliveiras. Pela manhã, o povo se reunia bem cedo no templo para ouvi-lo falar.

João 8:2  E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. 

Mateus 21:14 E foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os. 

João 18:20 Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Existem evidências históricas de que os hebreus estiveram no Egito?

Existem. Registros, notas, informações, abundantes e nada elogiosos.

Durante o Médio Império, o Egito incentivou a migração e assentamento de povos asiáticos para o Delta do Nilo, de modo a desenvolver uma região até então pobre, vazia e com povoamento esparso. Falavam uma língua estrangeira, e foram responsáveis por introduzir o cavalo no Egito.


Quando o Médio Império entrou em crise, em 1803 A.E.C., os colonos se rebelaram, e tomaram o poder. Passariam para a História como os "Hekau Khasut" - Hicsos - ou "Soberanos Estrangeiros", que tomaram, primeiro o Delta do Nilo, e depois, o restante do país. Reinariam soberanos pelos 150 anos seguintes.

As fontes egípcias indicam claramente a origem geográfica desses povos - Retenu, que os hebreus denominavam Canaã. Baseados em Avaris, adequaram os costumes egípcios aos seus, e criaram uma religião sincrética, combinando Set com Baal, que, segundo algumas fontes, era a única divindade que veneravam.

E aqui os relatos divergem bastante da evidência concreta. Segundo os relatos egípcios, especialmente aqueles que nos chegaram por Maneto e Flávio Josefo, os Hicsos foram derrotados e expulsos. A evidência arqueológica, contudo, demonstra que não foram expulsos, mas permaneceram em território egípcio, migrando gradualmente. Perderam a condição de mando, e muitos possivelmente foram escravizados. Os seus templos pararam de ser mantidos, e eventualmente, no reinado de Ramsés I, Avaris foi demolida para dar lugar a Pi-Ramesses.

E os hebreus? Os hebreus eram, nesse momento, virtualmente indistinguíveis dos cananitas. Falavam a mesma língua, tinham os mesmos costumes, e no mais, não é claramente possível distingui-los nos relatos egípcios. Mas há certos indícios de diferenciação, no século XV A.E.C. - quando fontes egípcias falam dos Shashu, pastores nômades da terra de Retenu, ou os Habiru, conforme relatos de cidades-estado cananitas que estavam sob vassalagem do Faraó.

Aqui entra uma dúzia de fontes conflitantes e muito posteriores a essa época, que falam de Moisés, ou Osarseph (s. Maneto); um sacerdote que tentou estabelecer uma fé monoteísta e se insurgiu contra a religião egípcia, no fim abandonando o Egito e "colonizando a Judéia" (Hecateu de Abdera), ou que teria sido "expulso com seu exército de leprosos" (Maneto). Há também um relato original, na Estela de Elefantine, referente ao reino de Setnakhte (1189–1186 A.E.C.) sobre um Shashu que teria se insurgido contra os deuses egípcios, comandado a destruição de templos, eventualmente "sendo expulso" do Egito. Esta figura recebe o nome de Irsu no Papiro Harris, e ambos os documentos atestam que ele próprio e seus seguidores eram asiáticos, caracterização que está presente também em Maneto.

Juntando os indícios, temos que:Os Hicsos não foram propriamente expulsos; perderam status, e migraram aos poucos para Canaã, que veio a cair sob vassalagem egípcia nos séculos seguintes. Conforme os relatos egípcios, tinham uma religião henoteísta (isto é, reconheciam vários deuses, mas admitiam a veneração de apenas um), centrada em Set-Baal.
Sob o Novo Império, ocorreram ao menos duas tentativas de estabelecer uma fé monoteísta no Egito; uma sob Akhenaton (1346–1334 A.E.C.), e outra sob Irsu, no reinado de Setnakhte (1189–1186 A.E.C.). A primeira foi quase apagada da História, e a segunda parece ter implicado numa migração, ou expulsão, dos adeptos, que são textualmente identificados como asiáticos.
Pastores semi-nômades aparecem nos textos do século XV A.E.C., denominados Shashu, cuja presença é identificada desde Retenu até o Baixo Egito. Nas Cartas de Amarna, conjunto de correspondências entre os vassalos cananitas e os suseranos egípcios, pastores semi-nômades também são descritos nas zonas de fronteira, mas pelo nome Habiru.

Basicamente, a partir de 1500 A.E.C., pastores semi-nômades começaram a aparecer aos montes em Retenu. Quando o Cataclisma da Idade do Bronze ocorreu, e o Egito e seus domínios foram engolfados pelos ataques dos Povos do Mar, os Habiru desaparecem de cena, e os Hebreus tomam o controle de Canaã.

Parece-me não ser irrazoável supor que esses Habiru ou Shashu, descritos em estelas, tabuletas, e mesmo papiros que chegaram aos dias de hoje, cuja presença no Egito e em Canaã é atestada em diferentes momentos e circunstâncias, sejam os próprios Hebreus.

Cabe mencionar aqui também a Estela de Merneptá, datada de 1208 A.E.C. (portanto antes de Irsu), que afirma, entre os feitos do Faraó Merneptá, que "Israel foi devastada - sua semente se perdeu". É a mais antiga menção a Israel que existe; não é claro, contudo, o que Israel é nesse texto - se um povo, uma tribo, uma cidade, ou uma região. Mas o restante dos feitos relatados tratam de vitórias militares na Líbia, contra os Hititas, e contra Canaã.


O Cataclisma da Idade do Bronze fez o domínio egípcio sobre Canaã retroceder. Perderiam o controle sobre a região até a Era dos Ptolomeus. Sabe-se que, a por volta de 1200 A.E.C., diversas novas vilas foram fundadas nas regiões de colinas de Canaã, na região hoje correspondente à Cisjordânia. E sabe-se - pelos resíduos alimentares desses assentamentos - que diferentemente dos cananeus, não comiam porco.

Os assentamentos se multiplicaram ao longo do Cataclisma, cada vez mais se aproximando das cidades cananitas. Ainda não se sabe como, mas os costumes dentro das cidades cananitas foi se transformando. Foi se tornando mais parecido com os povos circundantes; a cerâmica, mais austera, a alimentação, regrada, e a arquitetura passou a incorporar pátios centrais nas cidades e vilas. Surge nesse período a figura do Shofet, ou juiz, que está presente tanto na organização política judaica, quanto na fenícia.

Posteriormente, com o avanço dos Filisteus (que, conforme relatos egípcios, foram um dos "Povos do Mar"), a população local criou uma unidade política para melhor resistir.

Para resumir: Sim, existem indícios. Eles são esparsos, misturam diversos elementos, mas quando examinados em conjunto, permitem uma percepção mais clara.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Atos 2:44-47 os primeiros cristãos eram comunistas?

"Atos 2:44-47 - NVI - Nova Versão Internacional - Bíblia Online

44 Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. 45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. 46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo."


Em atos 2:44-47 o texto bíblico nos relata que os primeiros cristãos tinham tudo em comum vendendo tudo o que tinham para dar aos pobres.

Segundo a interpretação de algumas pessoas isto provaria que Jesus e os primeiros cristãos eram comunistas mas será que tais alegações procedem.

Não o comunismo não deve ser confundido com que a igreja primitiva praticava que o nome correto é comunismo.

Comunitarismo não deve ser confundido com o comunismo ambos são sistemas semelhantes mas totalmente diferentes.

O comunismo é um sistema político ateu e autoritário que busca controlar todos os aspectos da sociedade principalmente o aspecto econômico.

O comunitarismo ele é um sistema que não é político mas é baseado no amor no qual várias pessoas voluntariamente desistem de suas vidas seculares para viver uma vida em comunidade compartilhando tudo o que tem de forma amorosa sem imposição mas por amor.

O amor não é algo impositivo pois ninguém pode ser obrigado a amar e é essa a ideia que define muito bem o comunismo que nada mais é do que a ideia de que uma pessoa pode ser obrigada a amar ou ser caridosa por meio de  uma lei do estado.

O comunismo se resume em uma palavra hipocrisia os que defendem esse sistema alegam que são contra a exploração dos trabalhadores por parte da burguesia.

Mas a verdade é que as pessoas que defendem o comunismo não estão zangadas com a burguesia mas estão zangados porque estes não são a burguesia.

O desejo real dessas pessoas é substituir a burguesia e acabar com qualquer possibilidade que as pessoas tenham de ascensão social para que esta se mantenha no topo para sempre.

No comunitarismo você pode entrar e sair a hora que você quiser no socialismo não.

Vejam que há uma clara de extinção entre ambos sistemas um é um sistema autoritário que busca imposição e o outro é um sistema baseado em boa vontade.

Esta é Jericó: a cidade mais antiga do mundo habitada há 11.000 anos?


Jericó é uma das cidades mais antigas do mundo, com evidências de assentamentos que remontam a cerca de 10.000 a.C. No entanto, a ideia de uma ocupação contínua por 11.000 anos é contestada, já que houve períodos em que a cidade foi abandonada.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Lutero e a Igreja da Etiópia


*Esse texto é uma tradução, original encontra-se aqui

Em 2017 comemorou-se os 500 anos do início da Reforma Protestante na Alemanha, ao redor do Brasil e do mundo houveram muitas comemorações, encontros e palestras a respeito desse tema. Porém, a maioria desses encontros e dos livros feitos a respeito da Reforma o fazem sem fazer nenhuma referência aos cristãos africanos.

Esse silencio é profundo, e eu gostaria de quebrá-lo mostrando-lhe conexões entre a Etiópia, a Reforma e Lutero.

Lutero deu inicio a Reforma em 1517, mas iniciou aquele ano fascinado pelo cristianismo etíope, o que pode ser surpresa pra muitos cristãos hoje, até mesmo acadêmicos, tão acostumados a discutirem Lutero e a Reforma Protestante como questões singularmente europeias.

Mas Lutero estimava a Igreja da Etiópia porque ele via a Etiópia como a primeira nação a se converter ao Cristianismo.

Localizado longe da orbita da Igreja Católica Romana, esse primeiro reino cristão, de acordo com Lutero, serviu como um irmão mais velho, mais sábio e negro dos reinos cristãos brancos da Europa.

Em certo sentido, a Igreja da Etiópia foi o “sonho” para Lutero, a verdadeira precursora do Protestantismo. Como uma igreja antiga com ligações diretas com os Apóstolos, a Igreja da Etiópia conferiu legitimidade a visão protestante emergente de uma igreja fora da autoridade do papado Católico Romano.

Como uma precursora da Reforma, a Igreja da Etiópia incorporou a mensagem do evangelho de forma mais robusta e fiel.

Cristãos etíopes praticavam elementos de fé ausentes no Catolicismo, elementos que os protestantes adotariam mais tarde: pão e vinho na Ceia, leitura da bíblia na língua local e o casamento permitido aos membros do clero. Ausente do cristianismo etíope estavam as práticas que os protestantes rejeitariam: a primazia do papa, indulgencias, purgatório e casamento como um sacramento.

O fascínio teológico de Lutero pelo Cristianismo etíope ascendeu em 1534 em seu diálogo face a face como um clérigo etíope, Michael the Deacon (ou, talvez, Miguel, o diácono), no qual Lutero testou seu retrato teológico da Igreja etíope.

Lembrando do diálogo com o Diácono, Lutero mais tarde afirmou: “Nós também aprendemos com ele, que o rito que nós observamos na Ceia do Senhor e na Missa, concorda com a Igreja Oriental.(…) Por essa razão nós pedimos que as boas pessoas demonstrem amor cristão a este visitante (Etíope).


Foto de Michael, o Diácono.


De sua parte, depois de interpretar os artigos de Lutero sobre a fé cristã, o diácono proclamou: “Este é um bom credo de fé.”

Lutero estendeu uma comunhão plena com o Diácono e a Igreja da Etiópia, um convite que Lutero negou aos irmãos da Boemia(os hussitas) e as igreja reformadas conectadas a Zuinglio.

Em seu diálogo com o Diácono, Lutero deve ter ficado emocionado ao saber que aquilo que ele redescobriu nas escrituras já estava presente na igreja da Etiópia.

Sua reforma não foi meramente baseada na igreja primitiva que existia na sua imaginação. Para Lutero, a igreja etíope foi a prova histórica que a reforma tinha uma clara base bíblica e histórica.

A revelação que o cristianismo etíope tem possíveis ligações com a Reforma Protestante muda toda a perspectiva de que esta foi um fenômeno particularmente europeu.

O reconhecimento de que essa troca transcultural de visões moldou o início do protestantismo derruba a narrativa de que a Reforma foi um produto apenas da Civilização Ocidental.

Ao reconhecer a contribuição do cristianismo etíope a Reforma Protestante, podemos nos juntar a Lutero, reconhecendo os cristãos etíopes como precursores da Reforma.

Fonte:https://thinkagoodname.wordpress.com/2019/01/19/lutero-e-a-igreja-da-etiopia/


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Números 31 interpretação de um leigo?

Alguns dos versículos mais utilizados para atacar Deus se encontram em números 31.

Nesta postagem eu tentarei  explicar o contexto de tais versículos e explicá-los à luz da Bíblia.

Em números 31 Deus ordena que os israelitas se vinguem dos Midianitas pois este aviam introduzido no meio do povo a idolatria e a prostituição e tentaram desviar o povo de Deus do senhor.

Deus havia criado Israel para que por meio deles pudessem abençoar todas as nações mas isso não seria possível se ele se desviasse dos seus caminhos por isso o senhor ordena que Moisés castigue os Midianitas.

Mais quando os soldados voltam e Moisés ver que eles não mataram todas as mulheres ele os repreende e ordena que eles matem todas as mulheres que se deitaram com homens e os meninos, só deixando as virgens vivas.

As mulheres que se deitaram com outros homens tiveram que morrer pois elas foram as culpadas por introduzir a idolatria e imoralidade no meio do povo de Deus.

Os meninos não poderiam ser deixados vivos pois quando eles crescerem poderiam se tornar um problema para o povo de Israel.

Já as meninas virgens elas foram poupadas por causa do amor de Deus mas o correto também é que estas perecessem para que não mais representassem um perigo para o povo de Deus.

Se nós analisarmos as escrituras nós veremos que muito tempo depois os Midianitas voltam a atacar o povo de Deus, provavelmente houveram pessoas que escaparam da punição de Divina, e que voltaram para se vingar dos israelitas.

Alguns argumentam dizendo que Deus foi muito cruel e violento com os Midianitas porém não é bem assim os Midianitas junto com os outros povos da região eram  extremamente violentos mesmo para aquela época.

Se Deus não tivesse tratado eles com esse rigor ele estaria sinalizando para todos os outros povos de Canaã que estes poderiam ser violentos para com os filhos de Deus pois não haveria uma punição severa para eles.



sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Cientistas Famosos Crentes em Deus

1. Francis Collins (1950-)



O biólogo americano Francis Collins é um dos cientistas mais notáveis da atualidade. Diretor do Projeto Genoma, bancado pelo governo americano, foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Desde então, tornou-se o cientista que mais rastreou genes com vistas ao tratamento de doenças em todo o mundo. Collins também é conhecido por pertencer a uma estirpe rara, a dos cientistas cujo compromisso com a investigação do mundo natural não impede a profissão da fé religiosa. Alvo de críticas de seus colegas, cuja maioria nega a existência de Deus, Collins decidiu reagir. Ele lançou há pouco nos Estados Unidos o livro The Language of God (A Linguagem de Deus). Nas 300 páginas da obra, o biólogo conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão aos 27 anos e narra as dificuldades que enfrentou no meio acadêmico ao revelar sua fé. “As sociedades precisam tanto da ciência como da religião. Elas não são incompatíveis, mas complementares”, explica o cientista.

2. Nicolau Copérnico (1473-1543)


Copérnico foi o astrônomo polonês que propôs o primeiro sistema de planetas matematicamente baseado ao redor do sol. Ele lecionou em várias universidades europeias, e tornou-se um cônego da igreja Católica em 1497. Seu novo sistema foi apresentado realmente pela primeira vez nos jardins do Vaticano, em 1533, ao Papa Clemente VII, que o aprovou, e Copérnico foi encorajado a publicá-lo sem demoras. Copérnico nunca esteve sob qualquer ameaça de perseguição religiosa – e ele foi encorajado a publicar a sua obra tanto pelo Bispo Católico Guise, como também pelo Cardeal Schonberg e pelo Professor Protestante George Rheticus. Copérnico se referia às vezes a Deus em suas obras, e não via seu sistema como em conflito com a Bíblia.

3. Johannes Kepler (1571-1630)


Kepler foi um brilhante matemático e astrônomo. Ele primeiramente trabalhou com a luz, e estabeleceu as leis do movimento planetário em torno do sol. Ele também chegou perto de atingir o conceito Newtoniano da gravidade universal – bem antes de Newton nascer! Sua introdução da ideia de força na astronomia, a mudou radicalmente numa direção moderna. Kepler era um luterano extremamente sincero e piedoso, cujas obras sobre a astronomia continham escritos sobre como o espaço e os corpos celestiais representam a Trindade. Kleper não sofreu perseguição por causa de sua aberta confissão de um sistema heliocêntrico, e, deveras, foi lhe permitido, mesmo sendo um protestante, permanecer na Universidade Católica de Graz como um professor (1595-1600), quando outros protestantes tinham sido expulsos!

4. Galileu Galilei (1564-1642)


Galileu é freqüentemente lembrado por seu conflito com a Igreja Católica Romana. Sua obra controversa sobre o sistema solar foi publicada em 1663. Ela não tinha provas de um sistema solar heliocêntrico (as descobertas do telescópio de Galileu não indicavam uma terra em movimento), e sua única “prova”, baseada sobre as marés, era inválida. Ela ignorou as órbitas elípticas corretas dos planetas, publicadas há vinte e cinco anos atrás, por Kepler. Visto que sua obra acabou colocando o argumento favorito do Papa na boca do tolo no diálogo, o Papa (um velho amigo de Galileu) ficou muito ofendido. Após o “teste” e, tendo sido proibido de ensinar o sistema heliocêntrico, Galileu fez sua obra teórica mais útil, que foi sobre dinâmica. Galileu disse expressamente que a Bíblia não podia errar, ele viu seu sistema relacionado ao assunto de como a Bíblia deve ser interpretada.

5. René Descartes (1596-1650)


Descartes foi um matemático, cientista e filósofo francês, que tem sido chamado o pai da filosofia moderna. Seus estudos escolares fizeram com que ele ficasse insatisfeito com a filosofia precedente: Ele tinha uma profunda fé religiosa como um Católico, que ele reteve até o dia de sua morte, junto com desejo resoluto e apaixonado de descobrir a verdade. Aos 24 anos de idade teve um sonho, e sentiu o chamado vocacional para buscar trazer o conhecimento num único sistema de pensamento. Seu sistema começou perguntando o que se pode ser conhecido, se tudo mais for duvidoso – sugerindo o famoso “Penso, logo existo”. Realmente, é freqüentemente esquecido que o próximo passo para Descartes foi estabelecer a mais próxima certeza da existência de Deus – porque somente se Deus existe e não queira que sejamos enganados pelas nossas experiências, podemos confiar em nossos sentidos e processos lógicos de pensamento. Deus é, portanto, central em toda a sua filosofia. O que ele realmente queira, era ver sua filosofia adotada como padrão do ensino Católico. René Descartes e Francis Bacon (1561-1626) são geralmente considerados como as figuras-chave no desenvolvimento da metodologia científica. Ambos tinham sistemas nos quais Deus era importante, e ambos pareciam mais devotos do que o normal para a sua era.

6. Isaac Newton (1642-1727)


Na ótica, mecânica e matemática, Newton foi uma figura de gênio e inovação indisputável. Em toda sua ciência (incluindo a química), ele viu a matemática e os números como centrais. O que é menos conhecido é que ele foi devotamente religioso e via os números como envolvidos no entendimento do plano de Deus, na Bíblia, para a história. Ele produziu uma grande quantia de trabalho sobre numerologia bíblica, e, embora alguns aspectos de suas crenças não fossem ortodoxos, ele estimava a teologia como muito importante. Em seu sistema de física, Deus é essencial para a natureza e a perfeição do espaço. Em Principia ele declarou: “Este magnífico sistema do sol, planetas e cometas, poderia proceder somente do conselho e domínio de um Ser inteligente e poderoso. E, se as estrelas fixas são os centros de outros sistemas similares, estes, sendo formados pelo mesmo conselho sábio, devem estar todos sujeitos ao domínio de Alguém; especialmente visto que a luz das estrelas fixas é da mesma natureza que a luz do sol e que a luz passa de cada sistema para todos os outros sistemas: e para que os sistemas das estrelas fixas não caiam, devido à sua gravidade, uns sobre os outros, Ele colocou esses sistemas a imensas distâncias entre si.”.


“A gravidade explica o movimento dos planetas, mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.”

“Devemos crer em um Deus e não ter outros deuses além dele. Ele é eterno, onipresente, onisciente, onipotente, criador de todas as coisas, sábio, justo, bom e santo. Devemos amá-lo, temê-lo, honrá-lo e confiar nele, orar a ele, dar-lhe graças, louvá-lo e santificar seu nome, cumprir seus mandamentos e dispor de tempo para honrá-lo em culto.”

7. Robert Boyle (1791-1867)


Um dos fundadores e um dos primeiros membro-chave da Sociedade Real, Boyle deu seu nome à “Lei de Boyle” para os gases, e também escreveu uma obra importante sobre química. A Enciclopédia Britânica diz dele: “Por sua vontade ele doou uma série de leituras, ou sermões, que ainda continuam, para defender a religião Cristã contra os infiéis notórios…Como um Protestante devoto, Boyle teve um interesse especial na promoção da religião Cristã no exterior, dando dinheiro para traduzir e publicar o Novo Testamento para o irlandês e turco. Em 1690, ele desenvolveu suas visões teológicas no The Christian Virtuoso (O Cristão Virtuoso), que ele escreveu para mostrar que o estudo da natureza era um dever religioso central”. Boyle escreveu contra os ateus em seus dias (a noção de que o ateísmo é uma invenção moderna é um mito), e foi claramente um Cristão muito mais devoto do que a maioria em sua época.

8. Michael Faraday (1791-1867)


O filho de um ferreiro que se tornou um dos maiores cientistas do século XIX. Sua obra sobre a eletricidade e magnetismo não somente revolucionou a física, mas conduziu à muitas coisas que fazem parte do nosso estilo de vida hoje, as quais dependem dela (incluindo computadores, linhas de telefone e web sites). Faraday foi um Cristão devoto, membro do Sandemanianismo [Nota do tradutor: seita cristã fundada em aproximadamente 1730, na Escócia, por John Glas (1695-1773), um ministro presbiteriano da Igreja da Escócia, juntamente com o seu genro, Robert Sanderman, de quem é derivado o nome da seita], o que significativamente o influenciou e fortemente afetou a maneira na qual ele se aproximou e interpretou a natureza. Os Sandemanianos se originaram dos presbiterianos que rejeitaram a ideia de igrejas estatais, e tentaram voltar ao tipo de Cristianismo do Novo Testamento.

9. Gregor Mendel (1822-1884)


Mendel foi o primeiro a lançar os fundamentos matemáticos da genética, o qual veio a ser chamado “Mendelianismo”. Ele começou sua pesquisa em 1856 (três anos antes de Darwin publicou sua Origens das Espécies) no jardim do Monastério no qual ele era um monge. Mendel foi eleito Abade de seu Monastério em 1868. Sua obra permaneceu comparativamente desconhecida até a virada do século, quando uma nova geração de botânicos começaram a achar resultados similares e a “redescobri-lo” (embora suas idéias não fossem idênticas às suas). Um ponto interessante é que 1860 foi a década da formação do X-Clube, dedicado à diminuição das influências religiosas e propagação de uma imagem de “conflito” entre ciência e religião. Um simpatizante foi Francis Galton, primo de Darwin, cujo interesse científico estava na genética (um proponente da eugenia – aperfeiçoamento da raça humana para “melhorar” o estoque). Ele estava escrevendo sobre como a “mente sacerdotal” não era propícia à ciência, enquanto que, quase ao mesmo tempo, um monge australiano estava dando um santo inovador na genética. A redescoberta da obra de Mendel veio tarde demais para afetar a contribuição de Galton.

10. Kelvin (William Thomson) (1824-1907)


Kelvin foi o primeiro dentre um pequeno grupo de cientistas britânicos que ajudaram a lançar os fundamentos da física moderna. Sua obra cobriu várias áreas da física, e é dito ele ter mais cartas com o seu nome do que qualquer outra pessoa na Comunidade Britânica, visto que ele recebeu numerosos graus de honorários das Universidades Europeias, que reconheceram o valor de sua obra. Ele foi um Cristão muito comprometido, certamente mais religioso que a maioria de sua época. Interessantemente, seus companheiros físicos, George Gabriel Stokes (1819-1903) e James Clerk Maxwell (1831-1879), foram também homens de profundo comprometimento Cristão, numa era quando muitos eram Cristãos nominais e apáticos, ou simplesmente anti-Cristãos. A Enciclopédia Britânica diz: “Maxwell é considerado por muitos dos físicos modernos como o cientista do século XIX que teve a maior influência sobre os físicos do século XX; ele é posto ao lado de Sir Isaac Newton e Albert Einstein, por causa da natureza fundamental de suas contribuições”. Lord Kelvin foi um criacionista da Terra antiga, que estimava a idade da Terra como sendo algo entre 20 milhões e 100 milhões de anos, com um limite máximo de 500 milhões, baseado nas taxas refrescantes.

11. Max Planck (1858-1947)


Planck fez muitas contribuições para a física, mas é mais conhecido pela teoria quantum, a qual tem revolucionado nosso entendimento dos mundos atômicos e sub-atômicos. Em sua palestra “Religião e Ciência Natural”, Planck expressou a visão de que Deus está presente em todos os lugares, e sustentou que “a santidade da Deidade inteligível é transmitida pela santidade de símbolos”. Os ateus, ele pensava, dão muita atenção ao que são meramente símbolos. Planck foi um representante da igreja de 1920 até a sua morte, e cria num Deus todo-poderoso, onisciente e beneficente (embora não necessariamente um Deus pessoal). Tanto a ciência como a religião travaram uma “incansável batalha contra o ceticismo e dogmatismo, contra a incredulidade e a superstição”, com o objetivo “direcionado para Deus!”

12. Wernher von Braun ( 1912-1977)


Wernher Magnus Maximilian von Braun (Wirsitz, Império Alemão, 23 de março de 1912 — Alexandria, Estados Unidos, 16 de junho de 1977) foi um engenheiro alemão e uma das figuras principais no desenvolvimento de foguetes na Alemanha Nazista e nos Estados Unidos, além de um pioneiro e visionário das viagens espaciais.
Ele é mundialmente conhecido por sua participação como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos EUA à Lua, em julho de 1969.

Ele não negava sua fé em Deus: “Minhas experiências com ciência conduziram-me a Deus. Desafiam a ciência a provar a existência de Deus. Mas precisamos realmente acender uma vela para ver o sol?”

13. Louis Pasteur (1822-1895)


Louis Pasteur foi um cientista francês que fez descobertas que tiveram uma grande importância tanto na área de química quanto na de medicina. Foi ele quem criou a técnica conhecida hoje como pasteurização.

Pasteur também não negava sua fé:

“Quanto mais eu estudo a natureza mais fico impressionado com a obre do Criador. Nas menores de suas criaturas Deus colocou propriedades extraordinárias…”

“Proclamo Jesus como filho de Deus em nome da ciência. Meu espírito científico, que dá grande valor à relação entre causa e efeito, compromete-me a reconhecer que, se ele não o fosse, eu não mais saberia quem ele é. Mas ele é o filho de Deus. Suas palavras são divinas, sua vida é divina, e foi dito com razão que existem equações morais assim como existem equações matemáticas.”

14. William Daniel Phillips (1948- )


William Daniel Phillips é um físico estadunidense. Foi laureado com o Nobel de Física de 1997, pelo desenvolvimento de método para esfriar e fixar átomos com laser de luz.

Phillips também não negava sua fé: “Muitos cientistas são também pessoas com uma fé religiosa bastante convencional. Eu, um físico, sou um exemplo. Creio em Deus como Criador e como Amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco.”

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Para obtermos a salvação nos precisamos guarda todos os mandamentos de Cristo?

Não um cristão não precisa guardar todos os mandamentos de Deus para ser salvo.

Pois os mandamentos de Deus não nos foram dados para que nós sejamos salvos mas para que nós saibamos o que é certo e o que é errado e possamos viver uma vida de retidão diante de Deus.

Quando nós nos arrependemos de nossos pecados e aceitamos Jesus como nosso salvador nós já estamos salvos.

Um cristão não guarda a lei para ser salvo mas ele guarda por amor a Deus.

Na lei está escrito que seis dias você trabalhará e no sétimo descansará.

Este é um dos muitos mandamentos de amor de Deus nesse seu ensinamento ele nos revela a importância do descanso e de que nós não devemos ser escravos do trabalho.

Guardá-lo não nos dará a salvação mas irá nos fazer bem e melhorar a nossa qualidade de vida.

Pois a lei é boa santa e justa se guardar da forma correta sem extremismos.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Estudo científico de Harvard infere que existe consciência após a morte (imortalidade da alma)

 

O que ocorre após a morte? Será que o falecimento marca o término absoluto, ou há algo que perdura além do corpo? Essas indagações têm intrigado a humanidade ao longo dos tempos. A crença na imortalidade da alma é compartilhada por diversas religiões em todo o mundo. Agora, um estudo realizado em colaboração com várias universidades, incluindo a renomada Universidade de Harvard, lança novas perspectivas sobre esse tema.

    Este artigo fala sobre as Experiências de Quase Morte (EQMs), que são experiências vividas por pessoas que estiveram próximas da morte devido a paradas cardíacas, comas, danos cerebrais, intoxicação, asfixia ou outros eventos traumáticos. Essas experiências são descritas como muito reais, com características como uma mente mais alerta, memórias claras da experiência e a sensação de que ela é mais real do que a vida cotidiana.

    Nas EQMs, as pessoas frequentemente relatam sair de seus corpos, encontrar familiares falecidos, passar por túneis escuros e ver uma luz brilhante que emana amor e aceitação. Essas experiências podem levar a mudanças profundas na vida das pessoas, incluindo maior espiritualidade, compaixão, e uma apreciação renovada pela vida. Além disso, as EQMs desafiam a compreensão científica, pois ocorrem em momentos em que o cérebro não parece funcionar.

    O artigo se concentra em EQMs induzidas por paradas cardíacas, que são o modelo mais próximo da morte física. Durante uma parada cardíaca, o cérebro para de funcionar e o EEG se torna plano em questão de segundos. Isso desafia a ideia de que a mente está ligada ao funcionamento cerebral.

    Além disso, o estudo discute a validação objetiva das EQMs, especialmente as experiências fora do corpo, que podem ser corroboradas por testemunhas. Existem dois tipos de experiências fora do corpo: aquelas que ocorrem na realidade física consensual e aquelas que acontecem fora dela.

    No geral, o artigo revisa estudos prospectivos sobre EQMs induzidas por paradas cardíacas, discute modelos fisiológicos e psicológicos propostos para explicar as EQMs e explora as implicações dessas experiências para o conceito de mente não local, desafiando a compreensão convencional da relação entre mente e cérebro.

    Estamos acostumados com a ciência convencional, que sempre analisa tudo com um olhar naturalista e materialista. É difícil imaginar que um estudo científico pudesse concluir que SIM! Pode haver consciência fora do corpo. O estudo em questão concluiu que: a ocorrência de experiências mentais e percepções vívidas durante as Experiências Fora do Corpo (EFC) durante uma parada cardíaca desafia a visão predominante, chamada fisicalismo, que sugere que a mente e a consciência são puramente produtos da atividade cerebral. Isso significa que a maioria das pessoas acredita que a mente está intrinsecamente ligada ao funcionamento do cérebro.

    No entanto, a ocorrência de EFC durante uma parada cardíaca, quando o cérebro está inativo e não mostra atividade em exames, sugere que a mente pode existir de forma independente do cérebro. Isso levanta a ideia de que o cérebro atua como um filtro que normalmente restringe nossa percepção e experiência a níveis puramente físicos da realidade.

    A implicação final é que as Experiências de Quase Morte (EQM) durante paradas cardíacas apoiam a ideia revolucionária de que a mente é "não local", ou seja, não está ligada ao cérebro. Se essa ideia fosse reconhecida pela comunidade científica, poderia potencialmente levar a uma grande mudança de paradigma na ciência, desafiando as crenças estabelecidas sobre a relação entre mente e cérebro. Em resumo, a conclusão destaca a importância dessas experiências para a compreensão da mente e da consciência humanas.

Link para o estudo: https://www.scielo.br/j/rpc/a/X4qkcGZS4N8DwthdQBPhBHg/?lang=en


quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Oklahoma, no EUA, aprova uso de armas dentro de igrejas?

Fiéis poderão usar força letal contra invasores violentos sem se preocupar com a Justiça




Em novembro de 2017, um homem invadiu uma Igreja Batista na cidade de Sutherland Springs, no Texas, Estados Unidos, e abriu fogo contra os fiéis. O tiroteio chocou o país e acabou gerando diversas medidas para evitar que se repita. Em um delas, o estado de Oklahoma aprovou o uso de armas de fogo dentro de igrejas como resposta a ameaças violentas sem que haja a possibilidade de responder na Justiça.

A medida foi assinada pela governadora do estado, Mary Fallin, e alterou uma legislação já existente em Oklahoma chamada de “defenda seu espaço”. A mudança incluiu templos e locais religiosos como os permitidos para o uso de força letal contra invasores.


Com isso, ficará proibido que sejam instaurados processos ou acusações penais contra qualquer um que efetue disparos em defesa própria dentro de igrejas ou em outros lugares em que ocorram cultos. A lei já era válida para residências e locais de trabalho.

Fonte:https://pleno.news/mundo/oklahoma-no-eua-aprova-uso-de-armas-dentro-de-igrejas.html

Se o aumento da riqueza em uma sociedade gera ateísmo porque os Estados Unidos são tão religiosos?


Um dos argumentos mais utilizados pelos ateus para defender os seus pontos de vista de que o ateísmo é bom para a sociedade é de que os países mais prósperos são de maioria ateia de fato eu não concordo com isso na verdade os ateus são minoria em todos os países geralmente os ateus eles usam pesquisas enviesadas para provar o seu ponto de vista dando a entender que a maioria dos países desenvolvidos são ateus o que é falso.

Mas esse não será o foco da postagem de hoje o foco será a diferença entre a igreja europeia e a igreja Americana.

Nas últimas décadas a igreja protestante vem enfrentando uma verdadeira queda em todos os seus sentidos na Europa tanto no número de pessoas que se dizem protestantes quanto no número de pessoas que frequentam a igreja protestante.

Porém em contrapartida nós vemos o contrário acontecer na América Latina e nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos é a maior potência econômica do mundo porém diferente dos outros países que são ricos eles apresentam um alto índice de pessoas religiosas mas por que isso acontece na América e não na Europa.

A resposta é mais fácil do que se possa imaginar a maioria dos países europeus de maioria protestante optaram  por um único ramo do protestantismo por exemplo a Suécia a religião oficial é o luteranismo sendo que a profunda interferência de políticos em questões religiosas.

Nos Estados Unidos há prevalência de denominações protestantes livres enquanto na Europa a prevalência de igrejas estatais controladas pelos governos.

Os líderes judeus nos tempos de Jesus eles eram corruptos porque eles não eram eleitos segundo a lei de Moisés mas segundo a conveniência política dos romanos e o mesmo acontece nos dias de hoje os bispos da igreja anglicana da Inglaterra não são escolhidos segundo o seu conhecimento teológico mas segundo a conveniência política de quem está no poder.

Em outras palavras essas igrejas nada mais são do que uma extensão do Estado o mesmo não se encontra nos Estados Unidos aonde nós vemos vários ramos do protestantismo luteranismo anglicanismo metodismo e pentecostalismo.

Enquanto alguns Ramos do protestantismo estão morrendo nos Estados Unidos outros estão em pleno crescimento.

Podemos dizer que existe no meio protestante uma certa seleção natural as igrejas que melhor desempenha o seu papel crescem na sociedade mas aquelas que fazem um caminho errado acabam sendo penalizadas e desaparecendo.

Na Europa décadas de politicagem mataram as igrejas protestantes pois em sua maioria são igrejas estatais que pregam não as escrituras sagradas mas política.

Essas igrejas estatais matam a fé das pessoas ensinando que a fé é uma coisa do privado não há vento participação pública nela porém não é bem assim.

Se os cristãos são minoria em um determinado lugar é óbvio que a bíblia só deve influenciar a vida deles e nada mais.

Mas se esses vierem a crescer em número até o ponto que ele cheguem a ser 80 ou 90% da população mesmo que eles não queiram é óbvio que a sua fé vai influenciar questões políticas sociais e culturais da sociedade isso é chamado de força numérica.

A fé é uma coisa que primeiramente é vivida no privado mas ela também não é vivida só no privado ela é vivida na comunidade em público a sua fé ela deve influenciar o que você come o que você bebe a forma como você se veste fala e se comunica dentro da sociedade ou pelo menos deveria ser assim para aqueles que se dizem verdadeiramente cristãos.

São esses os dois elementos principais que vem matando a igreja europeia igrejas estatais e a ideia de que a fé é uma coisa exclusivamente do privado se as igrejas europeias quiserem evitar a sua morte elas deveriam buscar consertar esse tipo de coisa e buscar diversificar o número de denominações em seus países além de é claro acabar com a influência política em questões que deveriam ser meramente bíblicas.

Conheça a Guerra dos Trinta Anos, suas causas e consequências?



*Nota: o artigo é extraído do meu livro sobre a Reforma, que será publicado nas próximas semanas, se tudo der certo. Boa leitura!

***

A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi de longe a maior guerra religiosa da história, na qual estiveram envolvidas, de uma maneira ou de outra, “não menos de cem milhões de pessoas”[1]. Apologistas católicos mal-intencionados têm tentado colocar a culpa dessa guerra na conta do protestantismo, quando ela foi mais uma expressão da intolerância e do fanatismo católico que teve por consequência milhões de mortes. Os papistas que se apropriam da Guerra dos Trinta Anos para atacar a Reforma costumam utilizar para isso dois meios desonestos. O primeiro é sustentar que a culpa é dos protestantes porque se eles não existissem não haveria guerra(!), o qual deixarei para comentar mais tarde. O segundo é atribuir toda a guerra à Defenestração de Praga, quando dois regentes católicos foram lançados de uma janela direto a uma pilha de esterco (eles não morreram, mas eu não gostaria de estar na pele deles).

Esse tipo de argumento ignora todo o cenário mais amplo, incluindo tudo de muito mais importante que havia acontecido até ali, tudo que gerou aquela situação e também tudo o que ocorreu depois. Na verdade, a guerra foi “o resultado da união dos governos católicos da Alemanha para destruírem o protestantismo no império”[2], como afirma Nichols. Desde muito antes os jesuítas planejavam uma recatolização da Alemanha por meio de conspirações políticas e a imposição do Estado, como comenta Bleye:

A Igreja aspirava a restaurar o catolicismo em todas as terras do Império, e a Companhia de Jesus proporcionou ao pontificado os grupos de combate que necessitava. Protegidos pelo imperador, os jesuítas se estabeleceram em Colônia, Tréveris, Munich, Ingolstadt, Innsbruck, Viena e Praga, e educaram em seus colégios aos chefes da futura restauração católica. O êxito foi se afirmando durante os reinados de Maximiliano II (1564-1576) e Rodolfo II (1576-1612). O catolicismo defendeu briosamente seu predomínio no sul do império e nas províncias romanas, ganhou os bispados do Mein e disputou com o protestantismo a Baixa Saxônia; Rodolfo, por sua vez, proibia o culto protestante na Baixa Áustria, enquanto os jesuítas criavam na Boêmia novos colégios e favoreciam o matrimônio dos senhores tchecos com austríacas, italianas ou espanholas católicas.[3]

Mas a bomba só estourou na Boêmia, quando “o imperador Matias (1612-1619) proíbe os protestantes de construir templos, a despeito de promessa inicial de tolerância”[4]. Como tudo que é ruim pode piorar, Matias tomou providências para que seu primo Fernando, um “católico militante”[5], fosse eleito seu sucessor. Fernando era o “cabeça dos Habsburgos”[6], e, como se não bastasse, foi educado pelos jesuítas[7], que o tornaram um “católico romano ardoroso”[8], determinado a “eliminar o protestantismo”[9]. Fernando era cognominado “o homem dos jesuítas”[10], que o ensinaram “a odiar os protestantes”[11]. Cantú, historiador católico, afirma que “Fernando não se sujeitou nunca a permitir aos reformados o livre exercício da sua religião em seus Estados hereditários”[12].

Sua obstinação, intolerância e fanatismo em querer suprimir o protestantismo a despeito dos votos de tolerância que então prevaleciam na Boêmia suscitou a guerra, que começou na Boêmia e depois ganhou proporções maiores. Mousnier comenta que “o imperador, discípulo dos jesuítas, mostrava-se disposto a exterminar o protestantismo do império”[13]. Como o «campeão da Contrarreforma», Fernando exigia em seus estados a conversão ou o exílio, buscando de todas as formas restaurar o catolicismo romano como a única religião do império e suprimir o protestantismo. Anos antes, o imperador Rodolfo II (1575-1612) havia assinado a Carta de Majestade, em que defendia as liberdades religiosas. Mas Fernando, querendo governar como um ditador totalitarista, “quis revogar as cartas-régias que garantiam as liberdades da Boêmia”[14].

Nessa época, a Boêmia 90% protestante[15], e mesmo assim “se mantinha firmemente apegada à liberdade de cultos”[16]. Ninguém era incomodado por ser católico ou protestante, em um clima de tolerância e pluralidade incomum para aqueles dias. Mas Fernando, por influência dos jesuítas, detestava essa pluralidade mais do que tudo e “quis lhes impor, com o absolutismo, a unidade católica”[17]. Isso não foi o pior: Fernando ainda queria “fazer do reino da Boêmia a base de sua potência monárquica”[18] – ou seja, o centro do seu império teocrático católico. Essa era uma verdadeira declaração de guerra aos protestantes, esmagadora maioria da população do estado. Não demorou para os massacres começarem e, com eles, a resistência dos boêmios, acostumados a pegar em armas para se defender desde os tempos de João Huss.

Rodríguez escreve:

Não tardaram efetivamente em surgir as consequências da proclamação de Fernando como sucessor no trono boêmio. Depois de algumas mudanças realizadas na administração e desfavoráveis aos protestantes, a minoria católica adotou uma atitude em extremo arrogante. Negou-se autoridade abertamente à Carta Majestade e a seus autores; alguns camponeses, estabelecidos em terras do domínio real, que se negaram a declarar-se católicos, sofreram o desterro; e nas cidades propriamente reais se dificultou aos protestantes a obtenção dos privilégios de cidadania, e em consequência o acesso aos cargos responsáveis administrativos nos domínios reais. Na mesma Praga regia a quase completamente protestante Altstadt (cidade velha) um Conselho municipal em que mais da metade de seus membros eram católicos; e a inquietude reinante se tornou em pânico, quando o dito Conselho declarou (novembro de 1617) necessária sua vinda para nomear ou destituir qualquer indivíduo do clero paroquial, e quando os documentos de fundação das numerosas igrejas de Praga (em sua maior parte utraquistas) foram submetidos à autoridade inspetora de juízes reais, e se recusou ao clero protestante o pagamento das dotações católicas. Procedimentos análogos se seguiram em outras cidades reais; e se tornou claro que, como nos domínios reais, seus moradores perderiam a liberdade de praticar sua religião. Ademais, o chanceler Lobkowitz logo encontrou oportunidade para tomar a seu cargo a censura de toda classe de impressos.[19]

Malucelli confirma que “o pretexto para iniciar o conflito foi dado pela Boêmia, onde a maioria da população, protestante, era oprimida por um monarca católico”[20], e Goldstone assegura que “a Guerra dos Trinta Anos começou com o aniquilamento das elites protestantes na província austríaca da Boêmia”[21]. Roberts, na mesma linha, declara que “as brigas religiosas irromperam novamente quando um imperador do século XVII, da família Habsburgo, fortemente imbuído dos princípios da Contrarreforma, tentou de novo fomentar o catolicismo. O resultado foi a apavorante Guerra dos Trinta Anos”[22]. Pirenne também comenta que “os imperialismos de Fernando II e de Filipe IV provocaram a guerra dos Trinta Anos”[23].

Dickens aborda os acontecimentos seguintes:

Mais violenta ainda é a reação eclesiástica dirigida pelo núncio João Caraffa. Os pastores são banidos da Boêmia, as escolas protestantes fechadas, a famosa Universidade de Charles e outros estabelecimentos de ensino superior entregues aos jesuítas. Muitas prisões fazem sujeitar as cidades, pelo menos aparentemente. Cerca de 36.000 famílias – um quarto talvez dos proprietários rústicos e da população urbana – preferem partir a aceitar o catolicismo, enquanto aos servos não é permitido escolher. A Alta Áustria é purgada da heresia, mediante medidas semelhantes.[24]

O estopim para a guerra em si foi a destruição de duas igrejas luteranas, em 1618[25]. Rodríguez diz que “em Klostergrab, o abade coroou uma série de arbitrariedades, mandando derrubar a igreja protestante, e manifestando assim a toda a população protestante da Boêmia que a Carta de Majestade era já um documento sem valor algum”[26]. Foi só depois de todas essas ações repressivas e ditatoriais que os boêmios rejeitaram Fernando como imperador e provocaram a Defenestração de Praga[27], como escreve Martinez:

Os protestantes haviam construído dois templos no arcebispado de Praga. Ambos os templos foram demolidos. Exasperados por este feito, os boêmios assaltaram o castelo de Praga e lançaram pela janela a dois governadores que administravam a Boêmia.[28]

Em síntese, a Guerra dos Trinta Anos é um acontecimento causado pela intolerância e fanatismo de um imperador germânico manipulado pelos jesuítas, o qual tentou suprimir à força o protestantismo mesmo contra as leis de tolerância então vigentes, e cujo tiranismo gerou represálias. A guerra que começou na Boêmia logo tomou proporções continentais, pois o imperador contava com o apoio da Liga Católica no extermínio dos protestantes boêmios, que por sua vez suplicaram a ajuda dos estados protestantes. Estava assim desenhada a primeira grande guerra europeia, que teria como principais proponentes do lado católico Espanha, Áustria, Hungria e Polônia (além dos estados católicos da Alemanha), e do lado protestante Suécia, Holanda, Inglaterra, Escócia e Prússia (além dos estados protestantes da Alemanha, entre eles a própria Boêmia).

Entendendo este panorama, fica patente e notório o sofisma daqueles que jogam nas costas do protestantismo a culpa pela Guerra dos Trinta Anos, só porque ela não ocorreria se a Reforma não tivesse existido. Essa é a mesma “lógica” de quem afirma que só existe estupro porque existem mulheres, ou que só existem assaltos porque existem vítimas. É literalmente uma inversão grosseira e criminosa para se culpar a vítima em lugar do malfeitor. Um imperador facínora e tirano exige conversão ou morte da parte dos protestantes, começa a destruir igrejas reformadas e a matar seu povo, e mesmo assim a culpa é dos protestantes por se defenderem e tentar garantir sua sobrevivência. É realmente um argumento canalha, que expressa bem o caráter e índole de seus proponentes.


• A guerra

Fernando logo conseguiu o apoio de Filipe III da Espanha em sua guerra contra os boêmios. Com esse apoio, ele “capturou terras protestantes e fechou igrejas e escolas luteranas e reformadas na Boêmia, Áustria e Morávia”[29]. Isso se deu em novembro de 1620, quando o exército do imperador comandado por Maximiliano, o duque da Baviera, derrotou o exército de Frederico V na Montanha Branca, em Praga. Bleye diz que “a Boêmia se submeteu e o imperador derrogou a Constituição deste reino e proibiu a religião protestante”[30]. Enquanto isso, o exército espanhol invadiu e conquistou o Palatinado, um “tradicional bastião reformado”[31], onde agora estava proibida a pregação evangélica[32].

Fernando destituiu o rei protestante da Boêmia, retirou sua qualidade de eleitor e em seu lugar colocou justamente o chefe da Liga Católica, Maximiliano da Baviera. Como resultado, ele “tentou converter pela força os adversários da Igreja Romana, as cidades perderam os seus privilégios e avalia-se geralmente em 30.000 o número de exilados que, abandonando tudo o que possuíam, fugiram para os montes Tatras e se dispersaram através da Europa”[33]. A derrota dos protestantes neste período inicial da guerra “sacrificava a Boêmia, destruída como nação; a política local dos jesuítas – deportações e execuções – foi terrível”[34]. Sobre a devastação da Boêmia pelas forças católicas, Grimberg escreve:

Deram-se então na Boêmia horríveis perseguições contra os protestantes e os adversários do imperador. Entre os chefes da oposição, todos os que não tinham podido fugir foram executados; todos os que haviam participado na revolta viram os seus bens confiscados. Mais da metade das terras mudaram, assim, de mãos. Os pastores evangélicos foram expulsos do país ou lançados na prisão. Milhares dos seus fieis sofreram a mesma sorte. Os tchecos haviam perdido todos os seus chefes, daí resultando a germanização completa da Boêmia, da Morávia, da Silésia e da Alta e Baixa Áustria.[35]


Pirenne acrescenta:

Todas as liberdades tchecas foram derrogadas; a monarquia passou a ser hereditária; o catolicismo foi imposto como única religião, começando com isso a perseguição contra os protestantes, e os bens da nobreza tcheca foram confiscados em proveito do imperador, que os distribuiu a seus favoritos, ou os vendeu a entidades por ele constituídas.[36]

Os massacres na Boêmia continuavam, e o morticínio parecia não ter fim. Para ter uma ideia das cifras, a Boêmia contava mais de quatro milhões de habitantes no começo da guerra, e apenas 800 mil ao final dela[37]. Este verdadeiro genocídio que é muitas vezes ignorado ou pouco lembrado nas salas de aula é considerado até hoje um dos maiores crimes de guerra já cometidos, cuja proporção só consegue ser superada por regimes totalitários de muitos séculos mais tarde, quando passaram a existir armas de destruição em massa.

As regiões que mais sofreram com a guerra foram justamente as mais protestantes da Alemanha, nomeadamente Augsburgo, o Palatinado e a Boêmia[38]. Isso era em grande parte devido ao modus operandi do exército católico, que não visava apenas ganhar uma batalha ou subjugar um exército inimigo, mas recatolizar uma região inteira através da compulsão e violência. Mas não para por aí. Fernando sabia que não bastava o exílio, as conversões forçadas e os massacres, porque isso tudo já havia sido largamente colocado em prática na época de João Huss, e mesmo assim os boêmios se reergueram nas gerações futuras e mantiveram a fé reformada. Fernando compreendeu que era preciso fazer mais do que matar o corpo: a própria alma boêmia tinha que ser destruída.

Assim, Fernando, “apoiando-se na ideologia da Contrarreforma, implantou na Boêmia um regime autoritário que empreendeu a germanização das populações tchecas”[39]. De um momento para outro,

os camponeses se tornaram servos e, para impedir sua emigração, se concluíram tratados com Polônia e Hungria. O estatuto jurídico imposto aos servos era verdadeiramente desumano: proibição da língua e costumes tchecos; pena de morte para o adultério; trabalho obrigatório a partir dos quatorze anos de idade, em proveito dos senhores; impossibilidade de praticar um ofício sem sua autorização, e obtenção do consentimento dos mesmos para a celebração de matrimônios. Finalmente, a moeda nacional foi depreciada em metade e substituída por outra. Para acabar com o espírito nacional tcheco, Fernando II tratou de destruir sua cultura, o idioma alemão foi adotado como língua oficial e os livros tchecos foram requisitados.[40]

Pirenne adiciona que “a política de absoluta desnacionalização arruinou o país, e as cidades se despovoavam até o ponto de que em menos de um século a população passou de quatro milhões de habitantes a um milhão”[41]. Lamentavelmente, esse assassinato da cultura tcheca e a consequente morte da alma dos boêmios impregnada por Fernando II não pôde ser desfeito. Sob a égide de um catolicismo forte e autoritário, a Boêmia (hoje território da República Tcheca) continuou 96% católica romana até 1910, e hoje é um estado secular ateu, onde 79% da população consistem de ateus, agnósticos ou irreligiosos em geral, segundo o censo mais recente de 2011[42]. Do protestantismo ao catolicismo autoritário, e do catolicismo ao ateísmo, é no que Fernando e a Contrarreforma conseguiram transformar a Boêmia.

Mas Fernando não se contentou em aniquilar o protestantismo na Boêmia. Seu desejo, que era o anseio do papa e dos jesuítas que fizeram a sua cabeça, não era de exterminar os protestantes de um único estado, mas de exterminá-los no mundo todo. A «praga herética» tinha que ser eliminada a qualquer custo e em qualquer lugar. Este sempre havia sido o sonho do papado, desde a época de Lutero e das primeiras Dietas do império; desde Leão X e Clemente VII. Até agora eles só haviam conseguido essa façanha em grandes proporções na França, Espanha, Portugal, Itália, Áustria e em parte dos Países Baixos, mas agora tinham a chance de destruí-los ao fio da espada no continente inteiro, e não perderiam tamanha oportunidade.

Assim, a Liga Católica decidiu avançar e dar prosseguimento a seu regime totalitário também nos outros estados[43], o que suscitou a entrada de Cristiano IV da Dinamarca na guerra, com a ajuda de subsídios ingleses e tropas holandesas em auxílio dos protestantes[44]. Isso exigiu dos católicos a formação do maior exército já visto até então, o do capitão Wallenstein. Calcula-se que seu exército era composto de centenas de milhares de soldados, isso sem mencionar “o séquito de vivandeiros, comerciantes ambulantes, prostitutas e trabalhadores”[45]. Seu exército era “o maior e mais bem organizado empreendimento particular já visto na Europa antes do século XX”[46], e causou uma devastação sem igual na história da Alemanha.

Além das muitas mortes pela guerra provocadas pelos soldados a serviço de Wallenstein, milhões pereceram de fome. Huxley diz que “os sobreviventes comiam ervas e raízes, bem como as crianças e doentes, além de cadáveres há pouco enterrados”[47]. Uma das carnificinas mais conhecidas foi a de Magdeburgo, em 20 de maio de 1631, quando “seus habitantes tratados com brutal ferocidade”[48] e o exército católico assassinou “milhares dos habitantes da cidade”[49], incluindo os civis – velhos, mulheres e crianças – que não estavam envolvidos na guerra, mas que eram massacrados assim mesmo, por serem protestantes.

Coube a Wallenstein e ao conde de Tilly as maiores mortes da guerra, em sua maioria de civis assassinados covardemente, ou dos que pereceram em decorrência das indescritíveis devastações que assolavam a Alemanha. Suas centenas de milhares de soldados queimando campos, ocupando e pilhando cidades por todo o império obrigaram até os príncipes neutros a entrar na guerra para não ter que sofrer com a devastação, e os que permaneceram neutros viram suas terras serem devastadas enquanto abrigavam as tropas imperiais. Um clima geral de desolação e desesperança tomava conta da Europa protestante.

A ruína parecia estar completa. A causa protestante, perdida. Mas quando tudo indicava ser o fim da Reforma e o triunfo do papado, uma luz surge no fim do túnel. Essa luz não era uma nação protestante e nem um trem vindo em sua direção. Em vez disso, era nada a menos que a França católica, que decidiu entrar na guerra ao lado dos protestantes, embaraçar tudo e mudar drasticamente os rumos da guerra como nunca antes. Se você está se perguntando por que um país tão católico como a França – o mesmo que perpetrou a chacina da Noite de São Bartolomeu e que expulsou os huguenotes do país – entraria na guerra justamente contra a Liga Católica, recomendo que volte e leia o capítulo 3, onde já havíamos visto inúmeras vezes a França “salvar” a Reforma em seus primórdios, em uma guerra interminável com Carlos V que lhe atava as mãos e o impedia de usar toda a força contra os “inimigos internos”.

A França era, de fato, o maior inimigo político dos Habsburgos, que dominavam a Espanha e o Sacro Império havia séculos. Suas guerras políticas, que vez ou outra ganhavam uma trégua ou uma «falsa paz», nunca cessavam realmente. Mais do que ninguém, a França sabia as consequências de se deixar a Espanha dos Habsburgos alcançar um predomínio continental tão grande, que eram muito mais sérias e graves do que o não-extermínio dos protestantes. Assim, a França preferiu priorizar a segurança de sua nação em vez da eliminação da “heresia”, como a Contrarreforma exigia. Essa mudança inesperada nos planos equilibrou de novo as forças no cenário europeu, pois a França era o único país poderoso o suficiente para fazer frente à imponente Espanha, que, embora já em crise econômica, ainda contava com o maior contingente militar da Europa.

A entrada da França na guerra não era apenas uma ajuda militar considerável, mas tinha também um efeito moral. Alguns pequenos estados protestantes que ainda não haviam entrado na guerra por medo de sofrerem o mesmo massacre impiedoso suscitado pelos católicos na Alemanha, ao verem a decisão da França, tomaram coragem e declararam guerra a Fernando II também. Entre eles se destaca os cantões suíços e a Suécia de Gustavo Adolfo, que conseguiu muitos notáveis e improváveis triunfos mesmo com um exército modesto, até ser morto em batalha. Até mesmo alguns católicos italianos, como o duque de Saboia, entraram na guerra do lado protestante a fim de se livrar do domínio espanhol[50]. Por isso este segundo período da Guerra dos Trinta Anos passava a ser, antes de tudo, político.

Essa inesperada e indesejável mudança radical nos rumos da guerra deixou a Espanha de Filipe IV furiosa e desesperada, a qual começou a exigir a entrada na guerra de estados católicos que ainda não haviam enviado soldados para as batalhas, os quais “foram convocados a contribuir com a maior quantidade possível de recursos em homens e material”[51]. Dois casos são particularmente emblemáticos e tornariam as coisas ainda mais difíceis para a Espanha: Portugal e Catalunha. Naquela época, Portugal não era um país independente da Espanha, mas “em vez de somar seus exércitos ao dos espanhois, proclamou sua independência e elevou ao trono o seu vice-rei, o duque de Bragança, que foi proclamado com o nome de João IV. Imediatamente ao assumir o cetro, o novo rei de Portugal trama uma aliança com França e Holanda e declara guerra à Espanha”[52]. Nunca antes a expressão “o tiro saiu pela culatra” fez tanto sentido.

A Catalunha tomou uma decisão similar à de Portugal, respondendo às reivindicações da Espanha “com uma insurreição análoga à das Províncias Unidas, e erigindo-se em república independente (1640)”[53]. Essa rivalidade entre Espanha e Catalunha se estendeu ao longo dos séculos e tomou proporções cada vez maiores, com o problema prosseguindo até os nossos dias. Teimosos, a Espanha e o Sacro Império permaneceram guerreando quase sozinhos até 1648, quando após múltiplos reveses foram obrigados a aceitar a derrota no Tratado de Westfália, o qual “reconheceu a independência de Portugal e dos Países Baixos em relação à Espanha, e a liberdade de culto a reformados, luteranos e católicos nos territórios envolvidos na guerra”[54].

Assim, por ironia do destino, foi justamente a divisão católica que permitiu ao protestantismo sobreviver apesar de toda a perseguição instigada pelos jesuítas e de todo o projeto papal da Contrarreforma.


• Resultados da guerra

Se por um lado os católicos exigiam o extermínio do protestantismo para encerrar a guerra enquanto venciam, por outro lado a vitória protestante não implicou em nenhuma violação das liberdades católicas. Nichols escreve sobre o acordo firmado entre a parte derrotada e a vencedora:

Concordou-se que todas as partes do império conservariam as formas de religião, protestante ou católica, que tinham em 1624. Este acordo acabou com a agressão da Contrarreforma e também com o progresso do protestantismo. Até 1930, o caráter religioso das regiões da Alemanha ainda permanecia o mesmo desde o tratado de paz. A tolerância religiosa garantida pelos governantes foi assegurada desde então, até os dias atuais. Foi uma grande conquista no terreno da liberdade de consciência. Só a Reforma conseguiria tal.[55]

Quem não gostou nada nada da paz foi, como sempre, o papado, que pretendia se aproveitar da guerra como um instrumento de elimação dos “hereges”, e por isso preferia que continuassem se matando até atingir este fim. Cantú diz que “o papa Inocêncio X protestou contra esta paz, como pouco religiosa”[56], Baker alega que a paz ocorreu “apesar da oposição oral do papa Inocêncio X”[57], Walker afirma que “o papa a denunciou”[58], Oliveira menciona a “oposição do papa Inocêncio X”[59] e acrescenta que o papa “em nenhum momento respeita os termos da Paz de Westfália, inclusive continuando nos seus esforços para recatolizar através da subversão e diplomacia”[60].

Quem também se indignou com o cessar das hostilidades foram os jesuítas, que, segundo Johnson, “desempenharam um papel fundamental na Guerra dos Trinta Anos, tanto em seu início e na ‘conversão’ forçada da Boêmia quanto no impedimento de uma paz conciliatória após as vitórias do exército protestante sueco, sob o comando de Gustavo Adolfo”[61]. Quem mais sofreu com a atuação dos jesuítas foi a Boêmia, estado protestante e livre no início do século XVII, mas “as vicissitudes políticas da Guerra dos Trinta Anos e o governante católico romano, reforçado pelo zelo missionário dos jesuítas, eliminaram quase que totalmente o protestantismo”[62].

A Guerra dos Trinta Anos deixou a Alemanha arruinada. “Por causa dela, muita coisa da Alemanha foi perdida. Cidades e vilarejos prósperos foram dizimados ou destruídos”[63]. Walker assinala que “a população decaíra de dezesseis milhões a menos de seis. Os campos estavam devastados. O comércio e a indústria, destruídos. Acima de tudo, a vida intelectual estagnara, a moral se tornara áspera e corrupta, a religião estava gravemente prejudicada”[64]. Grimberg também descreve os horrores deixados pela guerra:

Inúmeras aldeias e burgos da Alemanha tinham sido completamente aniquilados, arrasados; os campos ficavam por cultivar, estradas e pontes encontravam-se em ruínas. Em certas regiões, os lobos e outros animais ferozes podiam multiplicar-se com todo o sossego e atacavam até, em bandos, a população das cidades. A angústia da época exprimia-se nas suas visões do Apocalipse. Muitos supunham o fim do mundo muito próximo.[65]

Pirenne diz que “as lutas e miséria que havia suportado o povo alemão durante aquela guerra interminável, imposta por Fernando II para conseguir uma unidade que não possuía e nem desejava, haviam sido tão crueis como vãs, e mais de um século ia ser necessário para voltar a uma vida normal”[66]. Não é de se espantar que apologistas católicos desonestos usem a Alemanha do século XVII como um exemplo de “país protestante artrasado”, sem mencionar que este atraso foi causado justamente pelo imperador católico facínora e a Igreja que o apoiava.

Os números exatos das vítimas da guerra são desconhecidos, mas há historiadores como Cairns que falam em um terço da Alemanha[67], e outros como Curtis que apontam metade ou mais da população[68]. Este foi o preço pago pela Contrarreforma, pela intolerância papal e pela obsessão em se aniquilar os “hereges” a qualquer custo. Não surpreende que mesmo diante desse cenário tão calamitoso de ruína total, o papa e os jesuítas preferissem que se continuasse matando em vez de encerrar as hostilidades na paz de Westfália.

Mesmo sem conseguir êxito total, o papa pôde se orgulhar do fato de que “territoriamente a Igreja Católica Romana saiu da guerra em melhor situação do que quando entrou nela, às expensas do protestantismo. Foi dentro do protestantismo, e notadamente em uma de suas igrejas, a dos Irmãos Boêmios, que foi a maior vítima, na qual novos fluxos de vida, sobretudo, surgiram”[69] Não obstante, isso não foi muito comemorado em Roma, que há muito tempo esperava por muito mais. Pirenne destaca que “o fracasso da ofensiva da Contrarreforma faria a Europa adaptar-se politicamente à diversidade ideológica nascida ao calor de sua evolução religiosa, econômica e social”[70].

A guerra, que começou “pelo esforço da Igreja Romana”[71], mostraria a ela mesma que “o protestantismo não podia ser derrotado com armas”[72].
Fonte:http://www.lucasbanzoli.com/2018/08/conheca-guerra-dos-trinta-anos-suas.html