Mostrando postagens com marcador Evangélicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Evangélicos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Lutero e a Igreja da Etiópia


*Esse texto é uma tradução, original encontra-se aqui

Em 2017 comemorou-se os 500 anos do início da Reforma Protestante na Alemanha, ao redor do Brasil e do mundo houveram muitas comemorações, encontros e palestras a respeito desse tema. Porém, a maioria desses encontros e dos livros feitos a respeito da Reforma o fazem sem fazer nenhuma referência aos cristãos africanos.

Esse silencio é profundo, e eu gostaria de quebrá-lo mostrando-lhe conexões entre a Etiópia, a Reforma e Lutero.

Lutero deu inicio a Reforma em 1517, mas iniciou aquele ano fascinado pelo cristianismo etíope, o que pode ser surpresa pra muitos cristãos hoje, até mesmo acadêmicos, tão acostumados a discutirem Lutero e a Reforma Protestante como questões singularmente europeias.

Mas Lutero estimava a Igreja da Etiópia porque ele via a Etiópia como a primeira nação a se converter ao Cristianismo.

Localizado longe da orbita da Igreja Católica Romana, esse primeiro reino cristão, de acordo com Lutero, serviu como um irmão mais velho, mais sábio e negro dos reinos cristãos brancos da Europa.

Em certo sentido, a Igreja da Etiópia foi o “sonho” para Lutero, a verdadeira precursora do Protestantismo. Como uma igreja antiga com ligações diretas com os Apóstolos, a Igreja da Etiópia conferiu legitimidade a visão protestante emergente de uma igreja fora da autoridade do papado Católico Romano.

Como uma precursora da Reforma, a Igreja da Etiópia incorporou a mensagem do evangelho de forma mais robusta e fiel.

Cristãos etíopes praticavam elementos de fé ausentes no Catolicismo, elementos que os protestantes adotariam mais tarde: pão e vinho na Ceia, leitura da bíblia na língua local e o casamento permitido aos membros do clero. Ausente do cristianismo etíope estavam as práticas que os protestantes rejeitariam: a primazia do papa, indulgencias, purgatório e casamento como um sacramento.

O fascínio teológico de Lutero pelo Cristianismo etíope ascendeu em 1534 em seu diálogo face a face como um clérigo etíope, Michael the Deacon (ou, talvez, Miguel, o diácono), no qual Lutero testou seu retrato teológico da Igreja etíope.

Lembrando do diálogo com o Diácono, Lutero mais tarde afirmou: “Nós também aprendemos com ele, que o rito que nós observamos na Ceia do Senhor e na Missa, concorda com a Igreja Oriental.(…) Por essa razão nós pedimos que as boas pessoas demonstrem amor cristão a este visitante (Etíope).


Foto de Michael, o Diácono.


De sua parte, depois de interpretar os artigos de Lutero sobre a fé cristã, o diácono proclamou: “Este é um bom credo de fé.”

Lutero estendeu uma comunhão plena com o Diácono e a Igreja da Etiópia, um convite que Lutero negou aos irmãos da Boemia(os hussitas) e as igreja reformadas conectadas a Zuinglio.

Em seu diálogo com o Diácono, Lutero deve ter ficado emocionado ao saber que aquilo que ele redescobriu nas escrituras já estava presente na igreja da Etiópia.

Sua reforma não foi meramente baseada na igreja primitiva que existia na sua imaginação. Para Lutero, a igreja etíope foi a prova histórica que a reforma tinha uma clara base bíblica e histórica.

A revelação que o cristianismo etíope tem possíveis ligações com a Reforma Protestante muda toda a perspectiva de que esta foi um fenômeno particularmente europeu.

O reconhecimento de que essa troca transcultural de visões moldou o início do protestantismo derruba a narrativa de que a Reforma foi um produto apenas da Civilização Ocidental.

Ao reconhecer a contribuição do cristianismo etíope a Reforma Protestante, podemos nos juntar a Lutero, reconhecendo os cristãos etíopes como precursores da Reforma.

Fonte:https://thinkagoodname.wordpress.com/2019/01/19/lutero-e-a-igreja-da-etiopia/


sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Semelhanças e diferenças entre protestantes e ortodoxos

Perguntaram-me recentemente sobre a relação entre Igreja Ortodoxa e Protestantismo, embora este blog seja voltado à análise do catolicismo romano e não do ortodoxo. Como eu achei a pergunta muito boa, não poderia ter deixado apenas poucas linhas em uma caixa de comentários, e decidi escrever um artigo com base naquilo que eu entendo serem as qualidades e os defeitos da ortodoxia. Este artigo, obviamente, apresentará a Igreja Ortodoxa sob o viés protestante. Se o leitor entrar num site papista, verá a mesma analisada sob um prisma romanista, e se quiser ver o que os ortodoxos creem de si mesmos e dizem acerca de sua própria história, doutrina e visão de mundo pode conferir neste extenso artigo:




Explanarei aqui dez pontos que considero positivos, e dez pontos que considero negativos. Importante ressaltar: este artigo não vai refutar nem defender doutrina nenhuma. Cada um dos pontos que eu considero negativos já foram devidamente explanados em dezenas e dezenas de artigos no blog, especificamente sobre eles. O que eu farei aqui é apenas acentuar cada um, sob meu ponto de vista. Comecemos com os pontos positivos.

DEZ QUALIDADES DA IGREJA ORTODOXA

1º A Igreja Ortodoxa não tem um tirano ou ditador como líder supremo

Enquanto a Igreja Romana tem o papa, que é considerado infalível e a quem o Catecismo Católico arroga que possui “poder pleno, supremo e universal”[1] na Igreja, a Ortodoxa possui patriarcas para cada uma das 14 igrejas autocéfalas, aos quais não é dado qualquer título de infalibilidade “ex cathedra”, nem é dito ser um “vigário” (substituto) de Cristo, nem alegam ser eles os únicos representantes de Deus na terra. E seu bispo maior, o patriarca da igreja de Constantinopla, não é considerado um “bispo universal” com poderes ilimitados, mas apenas um primus inter pares, ou seja, “primeiro entre iguais”.

2º A Igreja Ortodoxa não tem imagens de escultura em seus templos

Seguindo a tradição da igreja primitiva, que não cultuava imagens, as igrejas ortodoxas não admitem imagens de escultura nos templos, mas apenas ícones, ou seja, figuras, pinturas, como também ocorre em algumas igrejas protestantes. Ela entende que as imagens de escultura católicas proporcionam “um passo para antropomorfizar a representação e deslizar para a idolatria” (veja aqui).

3º A Igreja Ortodoxa não tem uma mariologia tão forte como a Romana

Embora exista o culto aos santos (incluindo a Maria) na Igreja Ortodoxa, a mariologia não é tão “desenvolvida” quando é na Igreja Romana. Os ortodoxos não creem na imaculada conceição de Maria, por exemplo, a qual é considerada tão importante na Igreja Romana que a descrença no dogma tem pena de excomunhão. Você dificilmente vai ver um ortodoxo com slogans tão toscos e tacanhos como “pede à mãe que o filho atende”. Embora entendam Maria como intercessora no Céu, não chegaram ao ponto (ainda) de afirmar que ela é co-redentora, onipotência suplicante ou superior a todos os homens e anjos juntos. Se existe idolatria a Maria, é em um nível bem mais moderado do que a coisa exacerbada, descarada e totalmente fora de controle que há na Igreja Romana.

4º A Igreja Ortodoxa não tem uma doutrina formal de transubstanciação

Eles creem naquilo que chamam de “presença real” de Cristo na eucaristia, mas não criaram nenhum dogma formal como a transubstanciação, preferindo considerar um “mistério” a forma pela qual isto se dá. Os luteranos também creem na presença real de Cristo, mas em consubstanciação, em vez de transubstanciação. Os calvinistas também creem na presença real de Cristo, mas de forma espiritual, em vez de física. Só a visão pentecostal se distancia categoricamente da ortodoxa neste quesito, pois entende a eucaristia como mera lembrança ou simbolismo. Além disso, eles fazem a comunhão em ambas as espécies (pão e vinho), e não apenas com o pão (como em Roma).

5º A Igreja Ortodoxa nega a existência de limbo e purgatório

Não há muito o que expandir neste ponto. Nas vezes em que algum teólogo ortodoxo fala sobre um estado pós-morte que não é nem Céu e nem inferno, eles não estão falando do purgatório católico, mas de uma especulação ou hipótese teológica, nunca como um dogma formal (como ocorre na Igreja Romana em relação ao purgatório). E a maioria dos ortodoxos crê apenas em Céu e inferno, assim como os protestantes.

6º A Igreja Ortodoxa não possui celibato obrigatório

Assim como no protestantismo, a questão do celibato é opcional para o sacerdote ortodoxo, ou seja, o padre casa se quiser, e não casa se não quiser. Ninguém é obrigado a ser solteiro para ser sacerdote.

7º A Igreja Ortodoxa crê em apenas um juízo para cada indivíduo

Enquanto a Igreja Romana inventou a existência de um “juízo individual” que precede o “juízo geral”, a Igreja Ortodoxa mantém a crença em um único juízo para cada indivíduo.

8º A Igreja Ortodoxa crê em batismo por imersão

O título é auto-explicativo.

9º As doutrinas da Igreja Ortodoxa não estão “em andamento”

Assim como os evangélicos, os ortodoxos também não creem em “desenvolvimento da doutrina”, como os romanistas creem. Isso significa que a doutrina que eles creem hoje será a mesma que eles crerão daqui mil anos, sem mutação. No romanismo nada é seguro – basta ver que no século passado dogmatizaram a assunção de Maria, e no anterior fizeram o mesmo com a imaculada conceição e com a infalibilidade papal. O católico romano tem que estar sempre preparado para encarar qualquer novidade pela frente e de ser obrigado a aceitá-la mesmo se atestar contra sua consciência individual, e neste caso terá que optar entre abdicar à razão ou desobedecer ao papa. Felizmente, o ortodoxo e o protestante não correm este risco.

10º A Igreja Ortodoxa nunca se envolveu nos escândalos e sandices romanas

Exemplos: a Igreja Ortodoxa, diferentemente da Romana, nunca vendeu indulgências para o perdão dos pecados, nunca inventou um tribunal do Santo Ofício para exterminar quem não fosse ortodoxo, nunca vendeu relíquias “sagradas” (ex: dez toneladas de pedaços da cruz de Cristo) para enganar os trouxas, nunca fez uma Cruzada para saquear e matar romanos (enquanto os romanos saquearam Constantinopla na Quarta Cruzada), não tem um exército de padres pedófilos, etc. Se por um lado ela possui doutrinas errôneas, por outro lado é uma igreja decente, digna, que leva a fé com seriedade.

Vamos agora aos defeitos.

DEZ DEFEITOS DA IGREJA ORTODOXA

1º A Igreja Ortodoxa cultua os mortos

Ela crê em intercessão dos santos, e faz preces aos mortos para obter a intercessão deles no Céu. Ela também tem uma lista de “santos canonizados”, embora em muitos casos diferente da lista da Igreja Romana.

2º A Igreja Ortodoxa também restringe a consciência individual

Embora não tanto como na Igreja Romana, também há um certo grau de negação à consciência individual na Igreja Ortodoxa. Dificilmente alguém que não crê em imortalidade da alma (como eu) seria aceito na Igreja Ortodoxa, uma vez que isso é tido como dogma fundamental de fé (que dá base à sua crença no culto aos mortos). Embora em tese o patriarca não tenha todos os poderes que o papa tem, na prática torna-se muito difícil ser um ortodoxo discordando do patriarca, muito mais do que um evangélico que discorde de seu pastor.

3º A Igreja Ortodoxa batiza bebês

Ignore este ponto se você for presbiteriano :)

4º A Igreja Ortodoxa rejeita a Sola Fide

Semelhantemente aos romanos, os ortodoxos não creem na justificação pela fé, mas na justificação pela soma de fé + obras, onde as obras são vistas não como um produto da salvação, mas como parte dela.

5º A Igreja Ortodoxa rejeita a Sola Scriptura

O conceito de autoridade na Igreja Ortodoxa se distingue tanto do paradigma romano quanto do protestante. Eles não creem na Sola Scriptura, mas na soma de Escritura + Tradição. No entanto, não definem a tradição como sendo um conjunto de doutrinas ensinadas oralmente que não se encontram em parte nenhuma da Bíblia (tal como os romanos definem), mas sim de interpretações daquilo que está na Bíblia (o que se aproxima do conceito reformado sobre “tradição”). No entanto novamente, eles acabam usando essa tradição como uma forma de decidir o que a Bíblia diz e o que ela não diz, ao invés de usar a exegese da própria Bíblia.

No fim das contas, não é a Bíblia que serve de critério para a tradição, mas a tradição que serve de critério para validar algo da Bíblia. Assim sendo, em enquanto os protestantes creem em “Sola Scriptura” (tudo condicionado à Bíblia), na prática os romanistas creem em “Sola Eclesia” (tudo condicionado à interpretação do papa) e os ortodoxos em “Sola Tradição” (tudo condicionado à tradição do oriente). Este conceito ortodoxo sobre tradição e Escritura pode ser visto neste artigo do arcipreste George Florovsky.

6º A Igreja Ortodoxa não crê na atualidade de todos os dons

Embora neste quesito os ortodoxos estejam de acordo com os evangélicos mais tradicionais, é importante ressaltar que eles não creem no dom de línguas da forma como é manifesto nas igrejas evangélicas pentecostais, o que será um ponto negativo da perspectiva do pentecostal.

7º A Igreja Ortodoxa tem uma visão distorcida de “Igreja”

Não vou discorrer muito sobre isso porque já escrevi dezenas de artigos sobre o significado primordial de “Igreja”. Basicamente, basta dizer que o ortodoxo crê na Igreja no mesmo sentido institucional que o romano também crê. A diferença é que o ortodoxo crê que essa instituição é a ortodoxa, e o romano crê que é a dele (é claro). Isso conflita com o sentido primário e fundamental de “Igreja” à luz da Bíblia – a reunião de todos os crentes em Jesus Cristo, em qualquer parte do mundo.

8º A Igreja Ortodoxa crê em oração pelos mortos

E, além disso, creem que é possível ganhar ou perder a salvação depois da morte (mesmo pra quem foi ao inferno), o que pode ser bastante esquisito para quem tem uma mente ocidental, seja protestante ou papista.

9º A Igreja Ortodoxa crê em alguns dogmas marianos

Os ortodoxos não creem que os irmãos de Jesus tenham sido “primos” dele (como a crença romanista proveniente da tese de Jerônimo), mas acham que os irmãos de Jesus eram filhos de José de um casamento anterior, e por isso creem na virgindade perpétua de Maria. Eles tiraram isso principalmente de um livro apócrifo do século II, que ficou muito famoso nos primeiros séculos e que influenciou o pensamento de alguns Pais da Igreja. Eles também creem na assunção de Maria, embora de forma distinta dos romanos. A assunção é na verdade mais propriamente uma ressurreição, que teria ocorrido três dias após a morte dela, e essa crença não é tida como um dogma, como é na Igreja de Roma.

10º A Igreja Ortodoxa crê em sete sacramentos

Os sete sacramentos são os mesmos da Igreja Romana. As igrejas reformadas entendem que há apenas dois sacramentos: a Ceia e o batismo.

• Considerações Finais

A pergunta final que me foi feita foi: “Por que os Reformadores não se aproximaram da Igreja do Oriente?”. Na verdade, eles tentaram fazer isso. Melanchthon, pelo menos, escreveu uma carta ao patriarca Joasaph II, a qual nunca foi respondida. Atualmente, a Igreja Ortodoxa mantém distância das igrejas protestantes, com exceção à Igreja Anglicana, a qual possui mais ligações doutrinárias com a ortodoxa, e tem tido uma constante aproximação.

De qualquer forma, uma aproximação maior ao ponto de unir as duas em uma só seria impossível, visto que a Igreja Ortodoxa, embora conserve em grande parte o conteúdo da fé apostólica e seja muito melhor que a Romana, ainda assim defende doutrinas contrárias aos principais pilares da Reforma – em especial à Sola Fide e à Sola Scriptura. Se unir aos ortodoxos num sentido ecumênico do termo implicaria em abrir mão de dois pontos importantíssimos para os reformados, o que com certeza nenhum protestante estaria disposto.

Definir em que ponto se encontra a Igreja Ortodoxa não é tarefa tão simples. Embora possa parecer fácil dizer que ela é um intermediário entre o protestantismo e o romanismo, isso vai depender de qual igreja evangélica e de qual movimento católico que se tem como parâmetro. Uma igreja protestante como a anglicana possui muito mais proximidade com a ortodoxia do que a Igreja Romana, mas uma igreja neopentecostal possui certamente uma distância monumental. Da mesma forma, embora o papa tenha se mostrado bem disposto a assinar acordos ecumênicos (não apenas com os ortodoxos, mas também com os evangélicos), há uma legião de romanos tridentinos que consideram os ortodoxos tão “hereges” quanto os “protestantes satânicos”. Por isso essa tarefa não é nada fácil, mas depende de pontos de vista.

Em todo caso, e falando agora apenas por mim, não vejo qualquer razão consistente para deixar o protestantismo para se unir à Igreja Ortodoxa, por maior que seja nossa consideração para com os irmãos orientais. Há erros grosseiros em algumas igrejas protestantes? É claro que sim. Mas um erro não se resolve com outro erro, mas com um acerto. E eu não entendo que o acerto seja aderir à Igreja Ortodoxa – que também tem erros sérios – mas voltar ao Cristianismo primitivo puro e simples, ou ao mais próximo que possamos chegar dele.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.lucasbanzoli.com)

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

A chave para evangelizar progressistas

Scott Lively

No meu último artigo, abordei o problema dos pastores cristãos sendo levados à apostasia por “evangelistas progressistas” usando temas de “justiça social,” principalmente a “teologia gay,” para capturar um número crescente de líderes cristãos que são intimidados pelos ataques implacáveis da nossa cultura contra a verdade bíblica e que desejam ser admirados pelo mundo e ser “relevantes” para as gerações mais jovens doutrinadas pelo marxismo.



Nesta coluna, quero explicar como os cristãos fiéis à Bíblia podem virar o feitiço contra os feiticeiros e evangelizar com sucesso “progressistas” e as gerações mais jovens influenciadas pela cosmovisão esquerdista (e potencialmente derrubar os mestres de elite que governam os dois através da polarização dividir para conquistar).

Os progressistas são um campo missionário particularmente desafiador para os cristãos que usam métodos evangelísticos tradicionais, porque eles foram em grande parte “imunizados” contra o Cristianismo desde a infância através de propaganda anti-bíblica e pontos de discussão empurrados em escolas e faculdades públicas. Perdemos algo como 85% dos jovens de lares cristãos nessa concorrência e ganhamos muito poucos jovens de lares progressistas.

Mas há uma forma de testemunho cristão que ainda tem grande potência porque 1) o inimigo só recentemente começou a minininá-lo (para servir à agenda transgênera), e 2) compartilha uma base lógica comum com uma ideologia central do movimento progressista. Esse testemunho é a natureza auto-evidente das coisas. Deixe-me dizer como descobri essa verdade e a desenvolvi como uma ponte para estabelecer relacionamento com progressistas.

Logo depois da virada do milênio, eu estava dirigindo meu Centro de Mediação Cristã com sede em Sacramento (o qual fundei como o primeiro negócio da minha carreira de direito) e servindo como Diretor Estadual da Califórnia para a American Family Association nas horas vagas. Eu também estava lutando contra a agenda LGBT como palestrante público e figura de mídia. Todas as três especialidades se entrelaçavam quando me perguntavam pelo Fórum de Eagle de Phyllis Schlafly para ajudar a parar uma grande escalada na doutrinação pró-homossexualismo na escola secundária de Santa Rosa.

Um dos meus eventos naquele esforço foi uma apresentação noturna em um centro comunitário local. Quando cheguei, a sala estava lotada com estudantes da escola e universitários hostis. (Nós tínhamos sido enganados por organizadores LGBT locais.) Não querer suportar outra sessão de anúncios desagradáveis e infantis que geralmente dominam essas reuniões, coloquei meu chapéu de “mediador” (enquanto o moderador estava me apresentando) e orei silenciosamente por orientação do Espírito Santo sobre como me conectar com essas crianças.

Tive uma revelação imediata sobre as afinidades que os ativistas pró-família têm em comum com ambientalistas: o reconhecimento de uma ordem natural que deve ser respeitada por humanos para evitar danos. Eu abandonei minhas notas preparadas e com a orientação do Espírito Santo em tempo real (conforme Mateus 10:19) expliquei que conceitos ambientais como “biodiversidade,” “ecossistemas” e “a interdependência de espécies” dependem dos pressupostos da lei natural que o movimento pró-família também sustenta: As coisas devem ser de certa maneira na natureza, e se você fizer coisas como envenenar a água do mar com produtos químicos, ou desmatar a floresta, coisas ruins acontecerão. Eu então disse: “Tudo o que estou pedindo para vocês fazerem é abrir um pouco de suas mentes e reconhecer que a humanidade tem seu próprio ecossistema chamado de família natural. Se você transtornar isso por exemplo, removendo um dos pais, é o equivalente de derrubar metade da floresta tropical. Conseqüências negativas virão.”

Observando os jovens ponderarem visivelmente essa ideia — um estudante universitário com cabelo roxo literalmente coçando a cabeça em sua profundidade, lâmpadas ligando atrás de seus olhos enquanto olhava para o ar — era um dos momentos mais satisfatórios em toda a minha carreira pró-família.

Alguns anos depois, fui convidado a debater o casamento do mesmo sexo no Universidade da Califórnia em Berkeley (que é tão liberal que o “moderador” era o diretor do norte da Califórnia da entidade ultra-esquerdista ACLU). Eu usei esse conceito de ecossistema natural e construi todo o meu argumento sobre ele. Para resumir uma história longa: Comecei com uma multidão 100% extremamente hostil, mas no final havia mudado cerca de 25% deles para uma atitude de atenção respeitosa — uma enorme vitória sob as circunstâncias.

Indo rápido para 2014. No último dia da minha campanha de “concorrendo apenas para ter uma plataforma” de tempo parcial para governador de Massachusetts, decidi me divertir e ir às ruas da ultra-esquerdista Northampton com um panfleto com um tema de “ecossistema da família natural” ainda mais desenvolvido, enquanto eu estava sendo acompanhado por uma equipe de filmagem hostil do programa “Vice” da HBO esperando por alguma briga. Em vez disso, tive um dia tão surpreendente de interações harmoniosas com estranhos aleatórios, inclusive um professor de filosofia da Faculdade Smith que realmente gostava do conceito, que quando fui para casa depois enviei por fax uma cópia para o Partido Verde do Arco-Íris, cuja pessoa encarregada se ofereceu para enviar meu panfleto para toda a sua lista — até que outros líderes o destivessem depois de descobrirem que eu era o autor.

Dois anos depois, em outubro de 2016, eu estava no Quirguistão em minha condição como consultor de direitos humanos, ajudando (com sucesso) a aprovar uma alteração constitucional nacional defendendo o casamento. Para destacar o apelo universal do tema da “vida natural,” enquanto lá no hemisfério oriental com meus hospedeiros muçulmanos, formamos o Movimento da Vida Natural, e publiquei a Declaração do Movimento da Vida Natural para enquadrar seus princípios de uma forma final e concisa.

A chave para o “evangelismo da vida natural” é mudar sua discussão para longe dos argumentos e perspectivas tradicionais “direita versus esquerda” para o paradigma completamente diferente de “natural versus artificial.” O objetivo não é mudá-los de “liberais” para “conservadores” (uma distinção explorada pelas elites), mas estabelecer terreno comum nas verdades mais básicas e universais da lei natural. Uma vez que você atinge esse terreno comum nas “leis da natureza,” é um pivô fácil para uma discussão sobre “Deus da natureza” — e, dependendo da pessoa, voltando-se para a Declaração de Independência dos EUA (onde “as leis da natureza e o Deus da natureza” forneceram a lógica para a fundação dos Estados Unidos), ou diretamente para a Bíblia, onde há muitas passagens de cura mental enraizada no testemunho da natureza (por exemplo, Romanos 1:19-20).

Além disso, para compreender a potência do paradigma da vida natural como ferramenta para resgatar a esfera política, considere a facilidade com que poderíamos ganhar todas as nossas principais batalhas de guerra cultural se a grande maioria da população mundial que já abraça pressupostos da vida natural estivesse unida nesse meta em vez de (como agora) ser polarizada através de linhas escolhidas pelas elites para nos mantermos lutando entre nós em vez de derrubar seu governo de uma pequena minoria.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): The key to evangelizing progressives

Elite global “gosta de pedofilia,” acusa proeminente pesquisadora

Equipe WND

A diretora de uma organização inter-religiosa mundial que ajuda os cristãos a defender a família diz que o abuso sexual de crianças é um “escândalo crescente” e a “elite global” é uma grande parte do problema.

“Não há outra maneira de descrever isso: a elite global gosta de pedofilia,” disse Jennifer Roback Morse, presidente do Ruth Institute (Instituto Rute).
Ela disse que vários acontecimentos recentes apoiam sua afirmação.
“Primeiro, o Partido Democrata nomeou Kamala Harris para vice-presidente dos Estados Unidos. Nos sete anos em que ela foi promotora pública na cidade de São Francisco, ela não processou um único padre acusado de abuso sexual. Ela não conseguiu encontrar um único padre, vivo ou morto, cujo comportamento precisava ser examinado em toda a arquidiocese de San Francisco. Inacreditável,” disse ela.
Jennifer citou um livro recente de Peter Schweizer, “Profiles in Corruption: Abuse of Power by America’s Progressive Elite” (Perfis Corruptos: Abuso de Poder Praticado pela Elite Progressista dos Estados Unidos), que comentou que das 50 maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos, San Francisco foi a única em que nenhum padre foi processado.
Em segundo lugar, a Netflix começou a promover o filme “Cuties,” que vai ao ar em 9 de setembro.
“O filme é sobre um grupo de meninas pré-adolescentes fazendo coreografias altamente erotizadas para vencer uma competição,” disse Jennifer. “Desde a maneira como se vestem até seus movimentos, ‘Cuties’ sexualiza meninas que brincavam de boneca até pouco tempo atrás. Essas representações preparam as mulheres para serem vítimas. Que tipo de mente concebe esse programa de TV?”
Por último, um comitê da Assembleia Legislativa da Califórnia votou recentemente por 6-2 para enfraquecer a proibição do estupro estatutário. O projeto de lei isenta de ser registrado obrigatoriamente no registro de agressores sexuais do estado um adulto que fez sexo com um menor se as idades da vítima e do agressor forem inferiores a 10 anos, disse Jennifer.
“Os patrocinadores dessa legislação entendem que isentaria um jovem de 20 anos que tivesse relações sexuais com um de 12?” perguntou Jennifer. “Sempre que você reduz as penas para estupro estatutário, você incentiva. O fato de a Califórnia estar na vanguarda desse movimento perigoso não é de surpreender. De todos os demônios liberados pela Revolução Sexual, a exploração de crianças é o mais depravado,” disse ela.
“As evidências são esmagadoras. O abuso sexual de crianças é um escândalo crescente em nossa sociedade. Em nossa Cúpula para Sobreviventes da Revolução Sexual, eu declarei categoricamente: ‘A Classe Governante Global gosta de pedofilia.’ Nas seis semanas desde que fiz aquela palestra, mais três incidentes apontam para a mesma conclusão. A mesma elite que afirma estar horrorizada com a pedofilia fica indiferente quando confrontada com esse mal. Sexo com crianças é um dos poucos tabus restantes. Os radicais estão determinados a varrê-lo para que nada interfira em satisfazer seus apetites, por mais pervertidos que sejam,” ela disse.
“As seitas pagãs do mundo antigo sacrificavam a vida de crianças para apaziguar a sede de sangue dos deuses,” observou Jennifer. “Hoje estamos sacrificando a inocência das crianças para apaziguar o apetite sexual dos adultos.”
Na Cúpula para Sobreviventes da Revolução Sexual, ela apontou que o público provavelmente nem conhece “a ponta do iceberg” no que se refere aos esforços das elites para fazer mal às crianças.
A recente morte do pedófilo condenado Jeffrey Epstein, que era amigo de líderes mundiais, destacou a conexão com a elite.
Ghislaine Maxwell está agora na prisão aguardando julgamento por acusações relacionadas à obtenção de meninas para Epstein.
A história da revolução sexual inclui campanhas para reconhecer a homossexualidade como um estilo de vida sexual alternativo e, recentemente, o transgenerismo.
Muitos defensores da pedofilia acreditam que ela deve ser tratada da mesma forma.
A revista USA Today fez uma reportatem de uma campanha que foi lançada online usando a sigla LGBTP, que significa “lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e pedossexuais.” O lema da campanha é “igualdade e aceitação.”
Importantes ativistas gays e transgêneros rejeitaram o link pedófilo, inclusive Rich Ferraro de GLAAD.
“Nenhuma organização LGBTQ tolera a pedofilia ou defende que um ‘P’ seja adicionado à sigla em apoio aos pedófilos,” disse ele.
Atos homossexuais, mesmo entre adultos consentidos, ainda são ilegais em dezenas de nações ao redor do mundo. Até 1973, a Associação Americana de Psiquiatria listava a homossexualidade em seu “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.”
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): Global elite 'like pedophilia,' top researcher charges

A Agenda Gay e a Sabotagem dos Direitos Humanos

Em 2004, o Brasil foi pioneiro ao apresentar na ONU a primeira resolução classificando o homossexualismo como um direito humano inalienável. O Brasil estava então sob o governo do presidente socialista Luís Inácio “Lula” da Silva. Lula liderou a campanha na ONU para avançar o homossexualismo, e eu, como evangélico conservador brasileiro, autor do primeiro livro brasileiro contra o movimento homossexual (“O Movimento Homossexual,” publicado originalmente pela Editora Betânia em 1998), liderei uma campanha pró-família contra a iniciativa de Lula. Publico novamente meu principal artigo contra essa iniciativa por ver no Brasil o governo do Presidente Jair Bolsonaro dando espaço para o ativismo gay. Publico também porque o Presidente Donald Trump tem também dado espaço para o ativismo gay. Os evangélicos conservadores no Brasil e nos EUA se angustiaram com Lula e Obama por causa de seu ativismo homossexual. Bolsonaro e Trump não deveriam tentar dar espaço para esse ativismo. Eis meu artigo original, do mesmo jeito que foi publicado em 2004. Foi a principal oposição brasileira à resolução de Lula na ONU, mas mesmo sendo tão antigo tem muitas lições para Bolsonaro e Trump:

I. O Propósito do Sistema Internacional de Direitos Humanos

O sistema inteiro das leis de direitos humanos se baseia no fato de que cada ser humano tem direitos inalienáveis por causa de sua dignidade intrínseca. Esses direitos existem porque cada ser humano foi criado conforme a imagem de Deus. A origem dos direitos humanos não está nos governos nem nas organizações internacionais, mas nas leis de Deus.
Em reação às atrocidades que o governo nazista cometeu, países de comum acordo criaram um sistema para proteger os direitos humanos fundamentais. O principal alicerce desse sistema é a Declaração Universal dos Direitos Humanos que, de acordo com René Cassin (um de seus principais autores), se baseou nos Dez Mandamentos da Bíblia.
Hoje, a Declaração é o ponto de referência mais importante quando se debate maneiras de colocar ordem num mundo interdependente cada vez mais cheio de conflitos.
Conforme diz o Artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
* Os homens e as mulheres de plena idade, sem nenhuma limitação devido à raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de se casar e estabelecer uma família.
* A família é a unidade fundamental da sociedade e tem o direito à proteção da sociedade e do Estado.
Conforme o Artigo 18:
Todos têm o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião…
Infelizmente, em nossa época os direitos fundamentais que a Declaração Universal expressa estão sob constante ataque de grupos que estão tentando destruir a proteção da família e a liberdade religiosa. Esses grupos estão promovendo a aceitação de vários conceitos pervertidos, inclusive o homossexualismo como um direito humano reconhecido no mundo inteiro.
Referindo-se aos principais autores da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Habib C. Malik escreveu:
“Um dos fenômenos mais preocupantes que está avançando hoje pode ser descrito como o seqüestro sistemático dos direitos humanos para servir a interesses especiais e promover agendas duvidosas de natureza política e, de modo geral, secular”.

II. O Sistema de Direitos Humanos em Todo o Continente Americano

A maioria esmagadora das leis da América Latina também reconhece a proteção da família e a liberdade religiosa como direitos fundamentais.
De acordo com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem:
“Considerando que a conduta moral constitui o nobre florescimento da cultura, é dever de todo homem sempre mantê-la em elevado respeito”. (Preâmbulo.)
“Toda pessoa tem o direito de expressar livremente uma fé religiosa e manifestá-la e praticá-la em público e em particular”. (Artigo III.)
“Toda pessoa tem o direito de estabelecer uma família, o elemento básico da sociedade e assim receber proteção”. (Artigo VI.)
Conforme a Convenção Americana dos Direitos Humanos:
“Todos têm o direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito inclui a liberdade de manter ou mudar de religião ou crenças, e a liberdade de professar ou disseminar a própria religião ou crenças, individualmente ou junto com outros, em público ou em particular”. (Artigo 12.1.)
“A família é a unidade natural e fundamental da sociedade e tem o direito à proteção da sociedade e do Estado”. (Artigo 17.1.)
Muito embora na Europa a família e os valores cristãos tenham cada vez menos proteção contra a hostilidade dos ativistas pró-homossexualismo, na América Latina a família e os valores cristãos sempre tiveram direito a uma proteção acima dos grupos de interesses especiais. Por vários anos, parecia que o avanço da ideologia gay no sistema legal era um problema que afetava exclusivamente os Estados Unidos, o Canadá e as nações da Europa, onde os militantes gays desafiam todas as leis que não favorecem seu modo de vida. No entanto, talvez por causa da globalização cultural geral, agora as leis e a cultura dos países da América Latina estão também sob constante ataque dos mesmos grupos que estão avançando na Europa e na América do Norte. Esses grupos estão tentando impor o homossexualismo como um direito humano e corromper o significado da proteção da família e a liberdade religiosa.

III. A Subversão dos Direitos Humanos Internacionais

Para entender as campanhas atuais para promover a conduta homossexual como direito humano e destruir a proteção da família e a liberdade religiosa, é importante saber que os ativistas pró-homossexualismo abordam as questões legais com uma visão distorcida da realidade.
Como conseqüência de sua perspectiva distorcida e devido à crescente influência da ideologia gay e feminista, há uma tendência de manipular o significado objetivo dos direitos humanos, colocando até mesmo o ato médico de provocar aborto e a prática do homossexualismo como questão de direito humano fundamental! Na verdade, essas ações são ataques diretos contra o conceito de direitos humanos. Se tiverem êxito, essas distorções levarão a uma deturpação do sentido dos direitos humanos.

IV. A Questão da Orientação Sexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU

No mundo pós-moderno em que estamos, a manipulação das palavras é constante, mesmo na ONU, onde nem tudo é como parece ser. Para os ativistas que estão sempre criando um “novo” significado para certos termos, “interrupção voluntária da gravidez” quer dizer fazer aborto, “saúde reprodutiva” ou “direito reprodutivo” e “saúde sexual” ou “direito sexual” incluem o controle da natalidade e o aborto médico (inclusive para adolescentes), “orientação sexual” significa a homossexualidade, “gênero” inclui o homossexualismo e outras anormalidades sexuais e o conceito de “família” abrange “famílias” de variados tipos, inclusive homossexuais. Assim, esses e outros termos aparentemente inocentes usados em documentos da ONU e de muitas ONGs (organizações não-governamentais) trazem significados disfarçados que abrem espaço para interpretações e aplicações nada inocentes.
Um dos exemplos mais importantes da influência dos ativistas pró-homossexualismo em seus esforços para alterar o modo como entendemos a questão dos direitos humanos pode ser visto no empenho de alguns países membros da Comissão de Direitos Humanos da ONU (CDHONU) para aprovar uma resolução que reconhece a “orientação sexual” (ou homossexualidade) como direito humano.
Durante a reunião de abril de 2003 da CDHONU, o governo brasileiro (com o apoio do Canadá e da União Européia) apresentou a Resolução sobre Direitos Humanos e Orientação Sexual. Essa resolução reconhece a conduta homossexual como direito humano. Obviamente, o Brasil, o Canadá e a União Européia sabiam que a grande maioria da opinião pública internacional é contra a atitude de dar direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo, pois a maior parte das nações não deseja ajudar a facilitar o casamento homossexual e a criação de leis de ação afirmativa. (No sistema de ação afirmativa, empregam-se medidas sociais e legais para favorecer indivíduos unicamente por causa de sua condição de membro de uma minoria.) Portanto, a utilização astuta do termo “orientação sexual” no documento brasileiro ocultou com todo o cuidado a estratégia do Brasil, Canadá e Europa de promover esses direitos especiais para o homossexualismo.
A resolução foi uma surpresa para o Congresso Nacional em Brasília, que só veio a tomar conhecimento algum tempo depois que a delegação brasileira na ONU já a havia apresentado. Foi também uma surpresa para os líderes evangélicos, pois antes das eleições presidenciais Lula havia se comprometido, em reunião com importantes pastores, a não deixar que seu governo promovesse questões ligadas ao aborto e ao homossexualismo.[1] Apesar disso, a delegação brasileira na ONU, que representa os interesses e opiniões do governo brasileiro, tem defendido exatamente essas questões, sob a linguagem cuidadosamente disfarçada de “direitos reprodutivos” e “orientação sexual”.[2]
O deputado federal Dr. Elimar Damasceno solicitou diretamente do governo federal explicação sobre a resolução brasileira na ONU, afirmando que “trata-se de um tema sobre o qual não há legislação aprovada no País, não havendo consenso em nossa sociedade visto suas implicações religiosas e culturais”.[3] O Ministério das Relações Exteriores em Brasília rebateu:
…em resposta à última pergunta sobre “quem autorizou aos representantes para apresentar o Projeto de Resolução mencionado”, cabe assinalar que, além de a Constituição Federal de 1988 dispor, em seu artigo 3º, inciso IV, que constitui objetivo fundamental do Estado brasileiro “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, e em seu artigo 4º orientar para que as relações internacionais do Brasil sejam regidas, entre vários princípios norteadores, pela “prevalência dos direitos humanos”, a política do Brasil em matéria de direitos humanos é explicitamente favorável à promoção e proteção dos direitos das minorias. (O texto em negrito foi salientado pelo editor.)[4]
Então, na visão do governo brasileiro, os praticantes do homossexualismo são uma minoria “desprotegida”. Conforme declara a resolução brasileira:
…os direitos humanos e as liberdades fundamentais são inatos de todo ser humano, que a natureza universal desses direitos e liberdades está acima de qualquer dúvida e que a satisfação de tais direitos e liberdades não deve ser obstruída de forma alguma com base na orientação sexual.
Na verdade, o reconhecimento da orientação sexual como direito humano demolirá a natureza universal dos direitos humanos. Se a orientação sexual (homossexualidade) for reconhecida como direito humano, as leis que protegem a família em todos os países sofrerão uma séria agressão e precisarão ser mudadas a fim de que os praticantes do homossexualismo possam ter o direito de se casar, adotar crianças, se alistar no serviço militar e gozar a proteção de leis de ação afirmativa, entre muitos outros privilégios. Se o modo de vida gay receber proteção como questão de direito humano, então o significado universal da família desaparecerá. Tal aceitação do homossexualismo violará os direitos da família e o significado legal do casamento da maioria esmagadora das pessoas no mundo inteiro. Se direitos humanos forem reconhecidos com base na conduta sexual dos indivíduos que praticam os atos homossexuais, então por que deixar de fora os pedófilos e outros pervertidos? Esse tipo de abordagem, extremamente subjetiva, abate a essência dos direitos humanos. O homossexualismo não é um direito humano, nem é uma necessidade humana, mas apenas um desejo de se conduzir e viver contra a natureza, e tais desejos e condutas não podem receber privilégios e proteção legal.
A resolução do governo brasileiro também diz: “Chama a todos os Estados para promoverem e protegerem os direitos humanos, independente da orientação sexual”. Essa ação será uma ameaça séria à liberdade religiosa, um direito humano fundamental universalmente reconhecido. O Cristianismo e outras grandes religiões mundiais consideram a conduta homossexual uma violação das leis de Deus. Assim, se a resolução for aprovada na reunião da CDHONU de 2004, o direito à liberdade religiosa será colocado em perigo e milhões de cristãos no mundo inteiro poderão sofrer perseguição apenar por expressar suas convicções sobre a conduta homossexual e por citar trechos da Bíblia que condenam os atos sexuais de homens que se relacionam com homens. Mesmo sem a aprovação da resolução, já é praticamente impossível tratar do problema da propagação da conduta homossexual sem sofrer, principalmente por parte da imprensa liberal, acusações de homofobia (um termo inventado para desanimar os que querem debater o problema com seriedade), intolerância e extremismo religioso. No entanto, a promoção da conduta gay, principalmente entre os homens, inevitavelmente promove a propagação de doenças atrozes.[5]
A resolução também declara: “Note-se a atenção dada à violação dos direitos humanos na base da orientação sexual, por procedimentos especiais nos relatórios da Comissão de Direitos Humanos, bem como no monitoramento a ser feito, e encoraja a CDHONU a dar uma merecida atenção à matéria”.
A Comissão de Direitos Humanos da ONU não foi criada para apoiar os desejos e condutas sexuais anormais de grupos de interesses especiais que promovem o homossexualismo e não deveria gastar seu tempo implementando normas que vão contra a liberdade religiosa e ameaçam a proteção da família natural da maioria esmagadora das pessoas ao redor do mundo.

V. Brasil, Canadá e União Européia: Principais Promotores da Questão Homossexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU

Não é surpresa para ninguém o fato de que entre os membros da CDHONU que patrocinaram a resolução estão a Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, França, Irlanda, Liechtenstein, Grã-Bretanha e Suécia. Os outros países não membros da Comissão que patrocinaram a resolução foram Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal e República Tcheca. Em contraste, nenhum país da América Latina a patrocinou. Aliás, os países latino-americanos que haviam escolhido não votar mudaram de posição e prometeram votar contra a resolução logo que perceberam tudo o que está em jogo. O maior patrocinador da resolução brasileira foi o governo canadense, que vem adotando uma posição radical favorecendo o homossexualismo em seu próprio país. Em 2003 os tribunais canadenses decidiram conceder a condição legal de casamento às uniões homossexuais.
O Canadá e os países da Europa sistematicamente promovem planos e políticas que são contrários aos valores legais, históricos e morais da América Latina. A promoção do aborto e direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo é parte desses planos e políticas. O que é realmente de surpreender é a posição do governo brasileiro, o principal defensor dos “direitos” homossexuais na Comissão de Direitos Humanos da ONU. O novo governo socialista do Brasil está imitando o radicalismo pró-homossexualismo da Europa e tal radicalismo desrespeita as leis e a cultura da maioria das nações da América Latina.
É muito difícil de entender como um país grande como o Brasil, com sua imensa população católica e evangélica, está liderando, como prioridade de sua política externa, a invenção de direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo. Muito embora os outros países da América Latina pudessem ver a posição pró-homossexualismo do governo brasileiro como uma maneira totalmente inovadora de tratar as questões de direitos humanos, essa posição, além de não ser nova, não teve origem em nenhum país da América Latina. Há vários anos os países moralmente decadentes da Europa Ocidental têm, sob a (o)pressão dos ativistas pró-homossexualismo, promovido tais idéias e eles sempre buscaram influenciar os países menos desenvolvidos. O atual governo brasileiro tem demonstrado sua disposição de seguir e se adaptar a essas influências.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar seu governo petista como um governo socialista que favorece os interesses das nações menos desenvolvidas e não aceita a influência da Europa e dos EUA. Apesar disso, não consegue deixar de imitá-los. Propôs sua resolução de orientação sexual na ONU e, no próprio País, seus camaradas petistas vêm adotando várias ações “inovadoras”: têm facilitado a introdução de leis pró-homossexualismo e defendem vigorosamente políticas de ação afirmativa com base em preferências raciais para as minorias. Assim, pela primeira vez a sociedade brasileira vê um presidente agindo de um modo político totalmente novo. Contudo, suas ações não são realmente novas nem tiveram origem no próprio Brasil. Devido à (o)pressão de grupos de interesses especiais, as sociedades americanas e européias conhecem há muitos anos tais experiências políticas. O que é interessante é que na questão racial os defensores de ações afirmativas na Europa, no Canadá e nos EUA são rápidos para indicar e condenar a escravidão dos brancos contra os negros no passado e explorar tal situação para sua extrema vantagem política, mas o que é estranho é que eles são igualmente rápidos para negligenciar, desculpar ou ocultar a atual e passada escravidão violenta dos negros contra os negros nas próprias nações da África, inclusive o atual Sudão. Portanto, a noção de ação afirmativa, conforme foi inventada pelos grupos de interesses especiais nos países desenvolvidos e conforme é imitada em países como o Brasil, é uma forma de opressão ideológica que acabará levando a outras formas de opressão, inclusive dos ativistas pró-homossexualismo.
O próprio governo do Brasil, que costuma ver os praticantes do homossexualismo como minoria desprotegida, reconhece que se uma minoria recebe direitos especiais, todas as outras minorias também devem receber. Em sua defesa da resolução pró-homossexualismo do governo na ONU, o Ministro Samuel Guimarães, do Ministério das Relações Exteriores, declarou: “O objetivo principal do projeto, portanto, é afirmar o princípio da não-discriminação — pedra fundamental da arquitetura da promoção e proteção dos direitos humanos desde a origem do sistema das Nações Unidas — em relação a grupos discriminados mundialmente em razão da orientação sexual. Essa posição se funda na idéia de que avanços na área dos direitos humanos que beneficiem uma minoria discriminada representam ganho para outros grupos que sofrem discriminação e para toda a espécie, na medida em que se trata de um exercício de tolerância e respeito que promove os direitos humanos em seu conjunto”.[6] (O texto em negrito foi salientado pelo editor.)
Ao defender a condição de direito humano para a conduta homossexual, o Brasil está estimulando a redefinição do conceito de família, casamento e liberdade religiosa. A linguagem de orientação sexual que o governo brasileiro propôs na ONU será a ferramenta ideal para os ativistas pró-homossexualismo poderem promover internacionalmente o casamento gay e um conceito relativo de família que inclui homossexuais, transexuais e bissexuais formando uniões e adotando crianças. Se a conduta homossexual for favorecida com tal proteção, a família natural se tornará mais vulnerável e menos protegida contra as ações de grupos de interesses especiais, inclusive os ativistas pró-homossexualismo. Todos eles querem provocar o enfraquecimento e a ruína da família natural. Portanto, a resolução brasileira é um ataque direto contra as igrejas evangélicas e católicas e seu direito à liberdade religiosa. De acordo com essas religiões, a conduta homossexual é pecado e o casamento é válido e legítimo somente entre um homem e uma mulher.
O consenso da América Latina é a favor da liberdade religiosa. O consenso da maioria da população brasileira, que é católica e evangélica, é contra direitos e privilégios para a conduta gay ou qualquer outro comportamento errado. Por isso, o governo brasileiro deveria respeitar tal consenso e parar de defender os valores pervertidos da Europa e do Canadá. O Brasil deveria também renunciar à sua resolução pró-homossexualismo por seu desrespeito às leis e cultura da América Latina. É hora de se levantar a favor dos valores latino-americanos e parar de seguir as políticas neo-culturais, pró-homossexualismo e imperialistas da Europa Ocidental. Não deveríamos deixar que os ativistas pró-homossexualismo tenham êxito em seus esforços para recriar o conceito de “família” e “liberdade religiosa” conforme a sua imagem distorcida da realidade.

VI. A Influência das Resoluções da ONU nas Leis de Cada País

Se a Comissão de Direitos Humanos aprovar a resolução brasileira em sua reunião de março e abril de 2004, então as Nações Unidas e os países do mundo serão obrigados a considerar a conduta homossexual um direito humano fundamental.
Tal mudança dará liberdade para os defensores mundiais da agenda gay defenderem o comportamento gay e exigirem o casamento homossexual, a adoção de crianças e leis de ação afirmativa. Então os praticantes do homossexualismo serão protegidos como um grupo oprimido, e a proteção à conduta gay será reconhecida nas leis internacionais. As leis de cada país, inclusive do Brasil, serão obrigadas a reconhecer a força das leis internacionais.
Se os diplomatas da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas apoiarem a resolução do governo brasileiro em sua promoção da linguagem de “orientação sexual” nos documentos da ONU, então suas ações poderão contribuir para que o “direito” ao comportamento homossexual seja respeitado e aceito nas leis internacionais. Thomas Jacobson, analista de políticas da ONU na ONG Focus on the Family, disse que a resolução poderia não só ajudar a dar aceitação mundial ao homossexualismo, mas também colocaria milhões de crianças em risco. “Isso levaria à promoção mundial da pedofilia, pois nos documentos internacionais da ONU não há restrições de idade, sexo ou casamento na questão dos direitos sexuais”.

 VII. Uma Resposta Lógica

A grande maioria da opinião pública internacional (principalmente na América Latina, Oriente Médio, África, Ásia e EUA) apóia a posição de que a conduta homossexual não deve receber privilégios mediante a condição de direitos humanos. Portanto, precisamos lembrar aos ativistas pró-homossexualismo que de acordo com as leis da natureza e as leis da maioria dos países, o casamento só é válido e legítimo entre homens e mulheres e que o comportamento gay é um desejo e conduta anormal, não um direito ou necessidade humana normal. Esse desejo e conduta levam muitos a uma vida de solidão, depressão, doenças e a destruição das qualidades essenciais das relações sexuais humanas.
Um pequeno grupo de indivíduos radicais não deveria ter espaço livre para recriar o mundo todo e suas leis conforme a sua imagem. Pessoas no mundo inteiro deveriam responder às necessidades de indivíduos oprimidos e escravizados pelos desejos e práticas homossexuais de um modo compassivo, para ajudá-los a vencer seus vícios sexuais. Precisamos também responder de maneira firme aos grupos extremistas que querem impor as políticas gays na sociedade, pois a proteção dos direitos humanos fundamentais da família, casamento e liberdade religiosa é infinitamente mais importante do que proteger uma conduta sexual que é contra a natureza e uma séria ameaça contra o bem-estar da família. Vale a pena lutar pela família. Vale a pena lutar pela orientação sexual?
De acordo com o filósofo Richard Neuhaus:
Tendo fracassado na área política em que democraticamente debatemos como devemos regular nossa vida na sociedade, o movimento homossexual não tem escolha nenhuma, exceto investir suas esperanças nos tribunais… organizações profissionais e burocracias do sistema de escolas públicas. Nessas áreas suas vitórias têm sido grandes, e eles anseiam muito mais. Em todas essas áreas, precisamos desafiar o movimento homossexual, com calma, lógica e muita firmeza. O bem-estar de todos depende disso.
Os ativistas pró-homossexualismo estão realizando importantes campanhas para alterar a linguagem dos direitos humanos e se aproveitar da condição das minorias. Eles tentarão introduzir leis para favorecer seu modo de vida com base nos conceitos de tolerância, antidiscriminação e ação afirmativa, conceitos usados para favorecer as minorias. Mas, diferente da maioria das pessoas que vêm de minorias, os gays são de modo geral mais ricos e têm mais acesso ao poder político do que maioria da população. Dan Garcia comenta:
Embora diferentes empresas de marketing e pesquisa utilizem diferentes números para a população homossexual, abrangendo do real 1 por cento aos inchados 10 por cento ou mais, as pesquisas mostram que os homossexuais estão financeiramente bem ou melhor do que o resto do país… Os homossexuais mostram poder político acima da maioria das pessoas, apesar de constituírem apenas 1 por cento da população.
Os que acreditam na justiça objetiva têm a obrigação moral de defender os conceitos de direitos humanos contra os grupos que estão tentando perverter o significado da família, casamento e direitos. Conforme comenta Richard Neuhaus:
Não há dúvida de que nos preocupamos com a justiça. Justiça para as pessoas, principalmente os jovens apanhados pela confusão sexual e atacados por dentro e por fora pelas pressões para se entregarem a um modo de vida marcado pela compulsão, solidão, depressão e doença. Justiça também pela integridade de nossa vida pública, que exige que a verdade seja falada com sinceridade e os desacordos sejam debatidos com cortesia. Finalmente, justiça para os milhões de mães, pais e crianças, que precisam de todo o apoio que puderem conseguir para sustentar agora e transmitir para o futuro a “tropinha” de amor e fidelidade que a família foi criada para ser.
O objetivo da agenda gay é destruir a essência natural que Deus deu à família e ao casamento. A luta pela justiça contra a imposição dessa agenda através de termos pró-homossexualismo nos documentos nacionais e internacionais não se baseia no preconceito, mas no conceito do amor e compaixão cristã. Baseia-se também na responsabilidade de proteger a família natural e a liberdade religiosa no mundo inteiro contra todos os tipos de ataques, inclusive dos grupos que querem promover direitos especiais para a conduta homossexual através de um Cavalo de Tróia intitulado “orientação sexual”.
Este artigo foi baseado no documento original Why ''Sexual Orientation'' is Not a Human Right, escrito por Yuri Mantilla, a quem agradeço pela permissão especial de utilizar sua preciosa pesquisa. Copyright 2004 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. E-mail: juliosevero@hotmail.com


O QUE VOCÊ PODE FAZER?

Você pode assinar a petição online para impedir a aprovação da resolução do Brasil. Para assinar a petição, visite este site:
Você pode também enviar e-mails e faxes para o presidente e embaixadores. Informe-os, de modo cortês e claro, que você gostaria que o governo brasileiro defendesse na ONU os direitos e os interesses da família, não os dos ativistas pró-homossexualismo. A seguir apresento um modelo de mensagem que você pode usar:

Prezado Sr. Presidente Lula (ou Prezado Sr. Embaixador)
Estou triste com o fato de que o governo brasileiro tenha apresentado na Comissão de Direitos Humanos da ONU a Resolução sobre Direitos Humanos e Orientação Sexual, defendendo a questão controvertida de “orientação sexual”. O consenso da maioria da população do Brasil, que é católica e evangélica, é a favor da família em sua essência, porém os ativistas gays demonstram forte agressão e oposição ao sentido natural do casamento, que só é legítimo entre um homem e uma mulher. Eles também lutam para que possam, como se fossem uma família normal, adotar crianças, pondo-as assim piscologica, física e espiritualmente em risco.
Amo as pessoas que praticam os atos homossexuais, mas não amo seus atos, não amo nenhuma violência contra elas e também não desejo apoiar nenhuma política do nosso governo para favorecer o homossexualismo.
Por favor, peço-lhe considerar o consenso do nosso país, que é contra direitos especiais baseados exclusivamente na conduta homossexual de um indivíduo. Peço-lhe renunciar à sua resolução na ONU e votar contra toda e qualquer resolução semelhante defendendo “orientação sexual”.
Que Deus, em suas misericórdias, o esclareça.
[Coloque aqui o seu nome.]

Para onde você deve enviar suas mensagens:
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Gabinete do Presidente
República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto
Praça dos 3 Poderes — 70150-900 Brasília DF
E-mail: pr@planalto.gov.br, protocolo@planalto.gov.br
Fax: 011-55-61-411-2222

Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim
Ministério das Relações Exteriores
Palácio Itamaraty — Esplanada dos Ministérios — Bloco H
70170-900 Brasília DF
E-mail: celsoamorim@mre.gov.br
Telephone: (61) 411-6350 / 6351 / 6352 / 6353
Fax: (61) 322-6275, 55 61 411 6993

Representante Permanente da ONU, Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa
Delegação Permanente em Genebra
Delegation du Bresil
Case postale 165
Avenue Louis Casaï 71 1216 Cointrin SUISSE
E-mail: mission.brazil@itu.ch, mission.brazil@ties.itu.int
Telephone: (4122) 929 09 00
Fax: (4122) 788-2505/2506

Representante Permanente da ONU, Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg
Brazil Permanent Mission to the UN, NY
747 3rd AVE 9TH FLOOR 10017-2803 New York NY USA
E-mail: braun@delbrasonu.org, brazil@un.int
Telephone: (001212) 372-2600 / 832-6868
Fax: (1212) 963-4879, (1212) 371-5716/758-9242
Portuguese version of this article: The Gay Agenda and the Sabotage of Human Rights