Scott Lively
No meu último artigo, abordei o problema dos pastores cristãos sendo levados à apostasia por “evangelistas progressistas” usando temas de “justiça social,” principalmente a “teologia gay,” para capturar um número crescente de líderes cristãos que são intimidados pelos ataques implacáveis da nossa cultura contra a verdade bíblica e que desejam ser admirados pelo mundo e ser “relevantes” para as gerações mais jovens doutrinadas pelo marxismo.
Nesta coluna, quero explicar como os cristãos fiéis à Bíblia podem virar o feitiço contra os feiticeiros e evangelizar com sucesso “progressistas” e as gerações mais jovens influenciadas pela cosmovisão esquerdista (e potencialmente derrubar os mestres de elite que governam os dois através da polarização dividir para conquistar).
Os progressistas são um campo missionário particularmente desafiador para os cristãos que usam métodos evangelísticos tradicionais, porque eles foram em grande parte “imunizados” contra o Cristianismo desde a infância através de propaganda anti-bíblica e pontos de discussão empurrados em escolas e faculdades públicas. Perdemos algo como 85% dos jovens de lares cristãos nessa concorrência e ganhamos muito poucos jovens de lares progressistas.
Mas há uma forma de testemunho cristão que ainda tem grande potência porque 1) o inimigo só recentemente começou a minininá-lo (para servir à agenda transgênera), e 2) compartilha uma base lógica comum com uma ideologia central do movimento progressista. Esse testemunho é a natureza auto-evidente das coisas. Deixe-me dizer como descobri essa verdade e a desenvolvi como uma ponte para estabelecer relacionamento com progressistas.
Logo depois da virada do milênio, eu estava dirigindo meu Centro de Mediação Cristã com sede em Sacramento (o qual fundei como o primeiro negócio da minha carreira de direito) e servindo como Diretor Estadual da Califórnia para a American Family Association nas horas vagas. Eu também estava lutando contra a agenda LGBT como palestrante público e figura de mídia. Todas as três especialidades se entrelaçavam quando me perguntavam pelo Fórum de Eagle de Phyllis Schlafly para ajudar a parar uma grande escalada na doutrinação pró-homossexualismo na escola secundária de Santa Rosa.
Um dos meus eventos naquele esforço foi uma apresentação noturna em um centro comunitário local. Quando cheguei, a sala estava lotada com estudantes da escola e universitários hostis. (Nós tínhamos sido enganados por organizadores LGBT locais.) Não querer suportar outra sessão de anúncios desagradáveis e infantis que geralmente dominam essas reuniões, coloquei meu chapéu de “mediador” (enquanto o moderador estava me apresentando) e orei silenciosamente por orientação do Espírito Santo sobre como me conectar com essas crianças.
Tive uma revelação imediata sobre as afinidades que os ativistas pró-família têm em comum com ambientalistas: o reconhecimento de uma ordem natural que deve ser respeitada por humanos para evitar danos. Eu abandonei minhas notas preparadas e com a orientação do Espírito Santo em tempo real (conforme Mateus 10:19) expliquei que conceitos ambientais como “biodiversidade,” “ecossistemas” e “a interdependência de espécies” dependem dos pressupostos da lei natural que o movimento pró-família também sustenta: As coisas devem ser de certa maneira na natureza, e se você fizer coisas como envenenar a água do mar com produtos químicos, ou desmatar a floresta, coisas ruins acontecerão. Eu então disse: “Tudo o que estou pedindo para vocês fazerem é abrir um pouco de suas mentes e reconhecer que a humanidade tem seu próprio ecossistema chamado de família natural. Se você transtornar isso por exemplo, removendo um dos pais, é o equivalente de derrubar metade da floresta tropical. Conseqüências negativas virão.”
Observando os jovens ponderarem visivelmente essa ideia — um estudante universitário com cabelo roxo literalmente coçando a cabeça em sua profundidade, lâmpadas ligando atrás de seus olhos enquanto olhava para o ar — era um dos momentos mais satisfatórios em toda a minha carreira pró-família.
Alguns anos depois, fui convidado a debater o casamento do mesmo sexo no Universidade da Califórnia em Berkeley (que é tão liberal que o “moderador” era o diretor do norte da Califórnia da entidade ultra-esquerdista ACLU). Eu usei esse conceito de ecossistema natural e construi todo o meu argumento sobre ele. Para resumir uma história longa: Comecei com uma multidão 100% extremamente hostil, mas no final havia mudado cerca de 25% deles para uma atitude de atenção respeitosa — uma enorme vitória sob as circunstâncias.
Indo rápido para 2014. No último dia da minha campanha de “concorrendo apenas para ter uma plataforma” de tempo parcial para governador de Massachusetts, decidi me divertir e ir às ruas da ultra-esquerdista Northampton com um panfleto com um tema de “ecossistema da família natural” ainda mais desenvolvido, enquanto eu estava sendo acompanhado por uma equipe de filmagem hostil do programa “Vice” da HBO esperando por alguma briga. Em vez disso, tive um dia tão surpreendente de interações harmoniosas com estranhos aleatórios, inclusive um professor de filosofia da Faculdade Smith que realmente gostava do conceito, que quando fui para casa depois enviei por fax uma cópia para o Partido Verde do Arco-Íris, cuja pessoa encarregada se ofereceu para enviar meu panfleto para toda a sua lista — até que outros líderes o destivessem depois de descobrirem que eu era o autor.
Dois anos depois, em outubro de 2016, eu estava no Quirguistão em minha condição como consultor de direitos humanos, ajudando (com sucesso) a aprovar uma alteração constitucional nacional defendendo o casamento. Para destacar o apelo universal do tema da “vida natural,” enquanto lá no hemisfério oriental com meus hospedeiros muçulmanos, formamos o Movimento da Vida Natural, e publiquei a Declaração do Movimento da Vida Natural para enquadrar seus princípios de uma forma final e concisa.
A chave para o “evangelismo da vida natural” é mudar sua discussão para longe dos argumentos e perspectivas tradicionais “direita versus esquerda” para o paradigma completamente diferente de “natural versus artificial.” O objetivo não é mudá-los de “liberais” para “conservadores” (uma distinção explorada pelas elites), mas estabelecer terreno comum nas verdades mais básicas e universais da lei natural. Uma vez que você atinge esse terreno comum nas “leis da natureza,” é um pivô fácil para uma discussão sobre “Deus da natureza” — e, dependendo da pessoa, voltando-se para a Declaração de Independência dos EUA (onde “as leis da natureza e o Deus da natureza” forneceram a lógica para a fundação dos Estados Unidos), ou diretamente para a Bíblia, onde há muitas passagens de cura mental enraizada no testemunho da natureza (por exemplo, Romanos 1:19-20).
Além disso, para compreender a potência do paradigma da vida natural como ferramenta para resgatar a esfera política, considere a facilidade com que poderíamos ganhar todas as nossas principais batalhas de guerra cultural se a grande maioria da população mundial que já abraça pressupostos da vida natural estivesse unida nesse meta em vez de (como agora) ser polarizada através de linhas escolhidas pelas elites para nos mantermos lutando entre nós em vez de derrubar seu governo de uma pequena minoria.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): The key to evangelizing progressives
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