sexta-feira, 26 de abril de 2024
O cristianismo sempre foi uma religião de paz.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
90% de todos os animais da Terra surgiram ao mesmo tempo, aponta estudo
Crianças que enxergam espíritos
O neo-ateísmo já tem até igreja
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
A imagem mais absurda que eu já vi?
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
O Brasil é mesmo o segundo país mais religioso do mundo?
O post acima foi produzido por uma página ateísta do Facebook chamada "Consciência Ateísta". Nele podemos ver o velho e manjado argumento de que quanto mais religioso for o país, menos qualidade de educação ele terá. É bem comum encontrarmos posts de ateus na internet querendo associar ateísmo com inteligência ou com conhecimento e educação. Mas será que as informações do post estão corretas?
De acordo com o site da BBC NEWS, o segundo país mais religioso do mundo é a Armênia, que fica atrás apenas da Tailândia (o país mais religioso do mundo). O Brasil está em vigésimo terceiro lugar. O Brasil também não está em penúltimo lugar no ranking da educação... essa foi mais uma mentirinha do post para enganar os incautos. O ateu de internet foi tão preguiçoso que nem se deu ao trabalho de fazer uma pesquisa de cinco minutos antes de criar o post dele (fonte).
Sabe o que eu acho mais engraçado nesse tipo de argumentação ateísta? Eles dizem que a religião atrapalha no aprendizado dos alunos, porém, quem constrói escolas e faculdades são as instituições religiosas, não as associações ateístas. A ATEA, por exemplo, que é a maior associação ateísta brasileira, nunca construiu sequer uma sala de aula, mas já fez várias escolas públicas serem multadas porque tinham crucifixos pendurados nas paredes ou estátuas de santos católicos. O fato do povo de um país ser religioso não atrapalha o aprendizado, isso é mito. A Letónia, por exemplo, tem um índice de alfabetização altíssimo, o segundo melhor do mundo, e tem mais da metade de sua população dividida entre luteranos e católicos. Os ateus na Letónia representam menos que 2% da população.
Fonte:https://neoateismodelirante.blogspot.com/2023/11/o-brasil-e-mesmo-o-segundo-pais-mais.html
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Se o aumento da riqueza em uma sociedade gera ateísmo porque os Estados Unidos são tão religiosos?
Mas esse não será o foco da postagem de hoje o foco será a diferença entre a igreja europeia e a igreja Americana.
Nas últimas décadas a igreja protestante vem enfrentando uma verdadeira queda em todos os seus sentidos na Europa tanto no número de pessoas que se dizem protestantes quanto no número de pessoas que frequentam a igreja protestante.
Porém em contrapartida nós vemos o contrário acontecer na América Latina e nos Estados Unidos.
Os Estados Unidos é a maior potência econômica do mundo porém diferente dos outros países que são ricos eles apresentam um alto índice de pessoas religiosas mas por que isso acontece na América e não na Europa.
A resposta é mais fácil do que se possa imaginar a maioria dos países europeus de maioria protestante optaram por um único ramo do protestantismo por exemplo a Suécia a religião oficial é o luteranismo sendo que a profunda interferência de políticos em questões religiosas.
Nos Estados Unidos há prevalência de denominações protestantes livres enquanto na Europa a prevalência de igrejas estatais controladas pelos governos.
Os líderes judeus nos tempos de Jesus eles eram corruptos porque eles não eram eleitos segundo a lei de Moisés mas segundo a conveniência política dos romanos e o mesmo acontece nos dias de hoje os bispos da igreja anglicana da Inglaterra não são escolhidos segundo o seu conhecimento teológico mas segundo a conveniência política de quem está no poder.
Em outras palavras essas igrejas nada mais são do que uma extensão do Estado o mesmo não se encontra nos Estados Unidos aonde nós vemos vários ramos do protestantismo luteranismo anglicanismo metodismo e pentecostalismo.
Enquanto alguns Ramos do protestantismo estão morrendo nos Estados Unidos outros estão em pleno crescimento.
Podemos dizer que existe no meio protestante uma certa seleção natural as igrejas que melhor desempenha o seu papel crescem na sociedade mas aquelas que fazem um caminho errado acabam sendo penalizadas e desaparecendo.
Na Europa décadas de politicagem mataram as igrejas protestantes pois em sua maioria são igrejas estatais que pregam não as escrituras sagradas mas política.
Essas igrejas estatais matam a fé das pessoas ensinando que a fé é uma coisa do privado não há vento participação pública nela porém não é bem assim.
Se os cristãos são minoria em um determinado lugar é óbvio que a bíblia só deve influenciar a vida deles e nada mais.
Mas se esses vierem a crescer em número até o ponto que ele cheguem a ser 80 ou 90% da população mesmo que eles não queiram é óbvio que a sua fé vai influenciar questões políticas sociais e culturais da sociedade isso é chamado de força numérica.
A fé é uma coisa que primeiramente é vivida no privado mas ela também não é vivida só no privado ela é vivida na comunidade em público a sua fé ela deve influenciar o que você come o que você bebe a forma como você se veste fala e se comunica dentro da sociedade ou pelo menos deveria ser assim para aqueles que se dizem verdadeiramente cristãos.
São esses os dois elementos principais que vem matando a igreja europeia igrejas estatais e a ideia de que a fé é uma coisa exclusivamente do privado se as igrejas europeias quiserem evitar a sua morte elas deveriam buscar consertar esse tipo de coisa e buscar diversificar o número de denominações em seus países além de é claro acabar com a influência política em questões que deveriam ser meramente bíblicas.
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
Qual é a diferença entre estado laico e estado ateu?
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
A vitória do socialismo?
Friedrich Engels viu três grandes obstáculos para a visão socialista: “propriedade privada, religião e esta presente forma de casamento”
A Guerra comunista contra a religião
Paul Kengor
Como Mikhail Gorbachev afirmou com muito acerto, o Estado comunista empreendeu uma patente “Guerra contra a Religião.” 1 Ele lamentara que os bolcheviques, seus predecessores, mesmo após a guerra civil terminada no começo da década de 1920, durante uma época de “paz”, “continuou a demolir as igrejas, a prender e matar sacerdotes”. 2
A União Soviética, modelo do comunismo mundial como um todo, era oficialmente hostil à religião e oficialmente ateísta. A União Soviética não era irreligiosa, sem nenhuma posição quanto à religião. A União Soviética queria fazer crer que não havia Deus. Além disso, esse ateísmo se transformou numa espécie de vício anti-religioso. Essa prática começou com a alvorada do Estado comunista e hoje continua sob várias formas nos países comunistas, desde a China até a Coréia do Norte e até Cuba.
Ensinamento Comunista
A origem desse ódio e intolerância à religião está na essência da ideologia comunista. Marx alcunhou a religião como o "ópio das massas" e afirmou que "o comunismo começa onde o ateísmo começa". 3 Num discurso em prol dos bolcheviques, em 2 de Outubro de 1920, Lênin declarou abertamente: "Nós não cremos em Deus." Lênin insistiu que "Todo culto a uma divindade é uma necrofilia." 4 Ele escreveu uma carta em Novembro de 1913 dizendo "qualquer idéia religiosa, qualquer idéia de algum deus, qualquer aproximação com um deus é a idiotice mais inexpressível ... a burrice mais perigosa, a infecção mais vexatória." James Thrower, da Universidade de Virgínia (especialista em Rússia e tradutor), diz que a infecção à qual Lênin se refere é a de doença venérea. 5
"Não pode haver nada mais abominável do que a religião," escreveu Lênin em uma carta para Maxim Gorky em Janeiro de 1913. 6 N dia dia 25 de Dezembro de 1919, o Camarada Lênin, com suas próprias palavras, emitiu a seguinte ordem: "Participar do 'Nikola' (natal russo) será estúpido - toda a Cheka (futura KGB) deve estar alerta para não deixar de atirar em todo aquele que não aparecer para trabalhar por causa do 'Nikola'". 7 Estes não foram fatos isolados sob o mando de Lênin.
Com a ajuda de Trotsky, Lênin começou a se envolver na criação de grupos com nomes como A Sociedade dos Sem-Deus, também conhecida como a Liga dos Sem-Deus Militantes, que foi responsável pela disseminação da propaganda anti-religiosa na URSS. 8 Essa intolerância institucionalizada continuou a prosperar sob os discípulos de Lênin, com destaque para Stálin, e até mesmo sob os líderes mais benévolos, como Nikita Khrushchev.
Este ateísmo era endêmico para o experimento comunista. Mesmo os comunistas impedidos de se manter no poder — perdendo, portanto, a habilidade de perseguir crentes — eles deram o seu melhor para perseguir os ensinamentos da religião organizada e para ridicularizar a existência de Deus. Até nos Estados Unidos, não é surpresa parar numa banca de jornais da cidade e ver escrito na primeira página palavras como estas no Daily Worker (Diário dos Operários), o órgão comunista publicado pelo CPUSA: "NÃO HÁ DEUS". 9 Os comunistas têm orgulho do seu ateísmo e militam por ele.
Discriminação Igualitária
Este assalto à fé religiosa não foi dirigidas apenas a cristãos - protestantes, católicos, ortodoxos - mas também contra judeus, muçulmanos, budistas e outras crenças. 10 Para cada cardeal Mindszenty na Hungria havia um cardeal Wyszynski na Polônia, um Richard Wurmbrand na Romênia, um Natan Sharansky ou um Walter Ciszek na Rússia, um Vasyl Velychkovsky ou um Severian Baranyk ou um Zenobius Kovalyk na Ucrânia, um clã Moaddedi no Afeganistão, um missionário luterano ou metodista ou um seguidor do Dalai Lama na China, uma freira presa em Cuba, um monge budista forcado a renunciar seus votos no Camboja.
Fosse o déspota Fidel Castro, Pol Pot ou Stalin, o sentimento era o mesmo: "Religião é veneno", segundo disse Mao Tsé-Tung. Onde quer que eles fossem, de Leste a Oeste, da África à Ásia, de Phnom Penh a São Petesburgo, comunistas empreenderam uma luta pela extinção da religião. Os comunistas muito debateram sobre os detalhes da maneira pela qual implementariam a visão marxista, mas eram unânimes em uma coisa: a religião era a inimiga, uma rival para o controle mental marxista e deveria ser aniquilada, não importam os custos e dificuldades.
Moscou foi a fonte e o cume para a maior parte desse esforço. Mesmo assim, funcionários soviéticos desejaram repetir a campanha usando os mais ávidos camaradas que estavam em cargos de liderança em outros lugares. A repressão começara, em vários graus, por toda a Europa Ocidental. Por exemplo, a doutrinação anti-religiosa de alunos de escola foi especialmente rigorosa na Tchecoslováquia nos anos 70. A Tchecoslováquia tinha conhecida má-reputação por conta do seu ateísmo.
Entre as nações mais perseguidoras à religião no império comunista estava a Romênia. Lá o ódio à religião era evidente por causa dos terríveis meios usados na tentativa de bani-la.
Romênia: a experiência de Richard Wurmbrand
Como parte da educação atéia, Estados comunistas publicaram e disseminaram abertamente literatura anti-cristã. Na Romênia, o trabalho daquele que talvez seja o maior escritor romeno, Sadoveanu, "A Vida dos Santos", foi publicado novamente como "A Lenda dos Santos".
Significantemente, os comunistas não apenas tentaram bloquear ou deter a fé religiosa, mas também revertê-la. Isto foi verdade particularmente para a Romênia, mesmo antes da era Nicolai Ceasescu. Isto não implica apenas a proibição da prática religiosa e a prisão de ministros e crentes, mas o emprego de tortura para forçá-los a renunciar a fé. Nada disso foi eficiente o bastante para conter, silenciar ou punir os crentes presos; foi decidido que eles deveriam ser torturados de maneira inimaginavelmente degradante com o intuito de desfazer a fé religiosa.
Uma das melhores fontes sobre como os comunistas usaram sofrimentos extraordinários para reverter a crença é Richard Wurmbrand, um pastor que viveu um inferno na terra enquanto estava numa prisão romena. Após o ocorrido, ele detalhou algumas das crueldades testemunhadas em um relato ante ao congresso americano e em seu famoso Torturado por amor de Cristo, em 1967. A seguir há alguns trechos do emocionante livro de Wurmbrand:
Milhares de crentes de todas as denominações foram presos naquela vez. Não apenas sacerdotes foram enclausurados, mas também simples camponeses, moços e moças, que testemunharam por sua fé. Os presídios estavam lotados, e na Romênia, assim como em todos os países comunistas, estar preso significa ser torturado...
Um pastor que se chama Florescu foi torturado com tições de ferro incandescente e com facas. Ele foi agredido dolorosamente. Então ratos famintos foram conduzidos às suas celas por um largo cano. Ele não conseguia dormir porque era obrigado a se defender todo o tempo. Se ele toscanejasse por um só momento, os ratos o atacariam.
Ele foi forçado a ficar acordado por duas semanas, dia e noite... Eventualmente eles traziam seu filho de 14 anos e começavam a chicoteá-lo em frente ao seu pai, dizendo que continuariam a fazê-lo até que o pastor dissesse aquilo que eles queriam ouvir da sua boca. O pobre homem estava meio louco. Ele agüentou o tanto quanto pôde, então ele clamou ao seu filho, "Alexander, eu preciso dizer o que eles querem! Eu não posso mais agüentar seu sofrimento!" O filho então respondeu "Pai, não me faça a injustiça de ter um traidor como genitor. Resista! Se eles me matarem, eu morrerei com as palavras: 'Jesus e minha pátria'." Os comunistas, enfurecidos, investiram contra a criança e espancaram-na até a morte, com sangue espalhado pelas paredes da cela. Nosso querido irmão Florescu nunca mais foi o mesmo após ter visto isto. 11
Wurmbrand se lembrava de história após história sobre as torturas que ele testemunhou. Ele não apenas viu a tortura dos seus companheiros crentes, mas ele mesmo também as experimentou. Seus captores o entalharam em doze partes do seu corpo. Queimaram 18 buracos nele. Entre as muitas formas de torturas que ele sofreu, estava "O Refrigerador" — uma grande caixa de gelo. O crente seria preso com pouca ou nenhuma roupa. Os médicos da prisão sondavam por uma abertura até que vissem sinais de morte por hipotermia, então eles chamavam os guardas, que se apressavam para descongelar a vítima. Eles seriam descongelados e congelados novamente entre os minutos da morte. O processo era então repetido.
Tudo isso, obviamente, exigia esforços consideráveis dos carcerários. "O que os comunistas fizeram aos cristãos suplanta... o conhecimento humano," escreveu Wurmbrand. "Eu vi comunistas cujas faces mostravam alegria entusiástica enquanto torturavam crentes. Eles diziam enquanto torturavam os cristãos, 'nós somos o demônio!'". Ele chamou o comunismo de "a força do mal", que poderia ser combatido apenas por uma força espiritual, "O Espírito Santo." Ele acrescentou:
Os torturadores comunistas freqüentemente [me diziam]: "Não há Deus, nem além, nem punição pelo mal. Nós podemos fazer o que quisermos." Eu ouvi um torturador dizer, "Eu agradeço a Deus, em quem não creio, por viver até este momento em que pude expressar toda a maldade do meu coração."
Em seu testemunho de Maio de 1966 ao Subcomitê de Segurança Interna do Senado americano, Wurmbrand descreveu a crucificação pelas mãos dos comunistas. Cristãos eram atados a cruzes por dias e noites. Isto era mau o bastante. Mas os comunistas eram criativos, e queriam se assegurar de que os crucificados sofreriam maior humilhação do que o próprio Cristo:
As cruzes eram colocadas no chão e milhares de prisioneiros tinham que satisfazer suas necessidades básicas nos rostos e nos corpos dos crucificados. Então as cruzes eram argüidas novamente e os comunistas zombavam e escarneciam: "Olhe para o seu Cristo! Quão belo ele é! Que fragrância ele traz do céu!"... Após serem quase levados à loucura pelos torturadores, um padre foi obrigado a consagrar excremento e urina humanos e fazer a Santa Comunhão aos cristãos nesta forma. Isto aconteceu na prisão romena de Pitesti., Após isto, eu decidi então perguntar ao padre porque ele não preferiu morrer ao participar dessa zombaria. Ele respondeu, "Por favor, não me julgue! Eu sofri mais do que Cristo!" Todas as descrições bíblicas sobre o inferno e as dores do Inferno de Dante não são nada comparadas às torturas nas prisões comunistas.
Esta é apenas uma pequena parte daquilo que aconteceu em um domingo e em muitos outros domingos na prisão de Pitesti. Outras coisas simplesmente não podem ser ditas. Meu coração falharia se eu tivesse que contá-las repetidamente. Elas são muito terríveis e obscenas para serem escritas...
Se eu fosse continuar a contar todos os horrores das torturas comunistas e todos os auto-sacrifícios dos cristãos, eu nunca terminaria.
Nós vemos aqui uma dedicação quase inacreditável para desfazer e reverter a fé pelos comunistas. Isto envolveu não apenas abusos extraordinários, mas também a atenção do Estado. O fato de o Estado comunista devotar tanto tempo e esforço demonstra a sua notável devoção — ironicamente, uma devoção quase religiosa — em alcançar a aniquilação da fé religiosa. Estes fatos também refletem a convicção comunista que a religião era inevitavelmente uma ameaça incompatível ao marxismo-leninismo.
Às vezes, esta perseguição viciada sai pela culatra. Para cada Richard Wumrbrand, ou para cada Severian Baranyk que os comunistas mataram com um corte em forma de cruz no peito, ou um Zenobius Kovalyk, executado numa crucificação de escárnio, surgia uma albanesa chamada Agnes Gonxha Bojaxhiu (Madre Teresa), que orava por suas almas, ou um Karol Wojtyla (Papa João Paulo II), que trabalhou com homens como Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Lech Walesa, e Vaclav Havel - entre outros — pelo colapso pacífico do império ateu.
Relevância atual
Porque estas informações são importantes hoje, sendo que a guerra fria e o império soviético comunista não mais existem? Ao nível do humano, é muito importante para aqueles que sofreram a perseguição. Muitos ainda estão vivos; eles querem que esta história seja contada; eles querem que o mundo saiba o que sofreram. Eles sabem que a História, pelo bem da História, precisa ser bem definida e não repetida. Em outro nível, a próxima geração de estudiosos da Guerra Fria tem pouco conhecimento e menos ainda reconhecimento do papel da religião na experiência da Guerra Fria. Eles não são apenas desinformados no que diz respeito às fontes e ao grau da perseguição, eles não contemplam a maneira que o ateísmo institucionalizado da URSS ajudou e propeliu oposição bipartidária americana a Moscou no começo da Guerra Fria. Democratas como Harry Trumann, John F. Kennedy e Republicanos como John Foster Dulles e Ronald Reagan condenaram o flagelo do "comunismo soviético sem-Deus assim como figuras bastante populares como Francis Cardinal Spellman, o Bispo Fulton Sheen, e o Dr. Fred Schwarz por meio de sua Cruzada Anti-Comunista Cristã. 12 Religiosamente falando, o esforço eventual para derrotar o comunismo ateu foi um esforço duplo de protestantes e católicos americanos.
Muito pouco é estudado sobre isto hoje. Nós não podemos ignorar esse componente vital da história da Guerra Fria. Tragicamente, muitas dessas informações continuam desconhecidas não apenas para o grande público, mas também para a comunidade acadêmica. Na verdade, há pessoas na academia que estão a par desse material, mas geralmente estão despreocupados, dispensando isso como curiosidade paranóica da "direita cristã" e de anti-comunistas, que eles vêem como rude e ingênuo. "Sob os [comunistas] houve perseguição à igreja," escreve Richard Pipes, professor emérito de história russa em Harvard. "E também é verdade que o assunto tem recebido pouco ou nenhuma atenção dos acadêmicos." 13
Protestantes, católicos, muçulmanos e budistas — os comunistas torturaram a todos. E membros de todas as crenças têm grande interesse em ver essa conspiração perversa recebendo a luz da verdade. Ninguém, muito menos uma organização central, contou as histórias das vítimas. Muitas delas são amargas, e estão todas frustradas porque esta vasta rede de intolerância brutal nunca foi exposta completamente. Os livros de história das escolas estão cheios de considerações sobre as Cruzadas, mas completamente caladas sobre a guerra comunista contra a religião, que é imensamente mais repressiva. 14
Tradução: Rafael Resende Stival, do Blog Salmo 12.
Fonte: http://www.globalmuseumoncommunism.org/ e Mídia Sem Máscara
Divulgação: www.juliosevero.com
Notas
1 Mikhail Gorbachev, Memoirs (NY: Doubleday, 1996), p. 328.
2 Mikhail Gorbachev, On My Country and the World, (NY: Columbia University Press, 2000), pp. 20-1.
3 O comentário "ópio das massas" "é bem conhecido. A fonte para a citação, "o comunismo começa onde começa o ateísmo," é Fulton J. Sheen, Communism and the Conscience of the West (Indianapolis e NY: Bobbs-Merrill, 1948). Sheen, que lia e falava várias línguas, traduziu a citação em Inglês de uma obra sem tradução de Marx.
4 Lenin escreveu isso em 13 ou 14 de novembro de 1913 em uma carta para Maxim Gorky. Veja: James Thrower, God's Commissar: Marxism-Leninism as the Civil Religion of Soviet Society (Lewiston, NY: Edwin Mellen Press, 1992), p. 39.
5 Citado em Thrower, God's Commissar, p. 39. Outra tradução desta citação vem de Robert Conquest, in his "The Historical Failings of CNN," em Arnold Beichman, ed., CNN's Cold War Documentary (Stanford, CA: Hoover Institution Press, 2000), p. 57.
6 Veja: J. M. Bochenski, "Marxism-Leninism and Religion," em B. R. Bociurkiw et al, eds., Religion and Atheism in the USSR and Eastern Europe (London: MacMillan, 1975), p. 11.
7 Este item foi publicado em um livro de 2002 pela Yale University Press. Veja: Alexander N. Yakovlev, A Century of Violence in Soviet Russia (New Haven and London: Yale University Press, 2002), p. 157.
8 Veja: Daniel Peris, Storming the Heavens: The Soviet League of the Militant Godless (Ithaca, NY: Cornell University Press, 1998).
9 Veja: Bertram D. Wolfe, A Life in Two Centuries (Stein and Day, 1981), pp. 403-4.
10 A repressão foi exercida em graus diferentes entre as nações do bloco soviético. Entre elas, Romênia, Albânia, Alemanha Oriental e Tchecoslováquia foram especialmente repressivas.
11 Richard Wurmbrand, Tortured for Christ (Bartlesville, OK: Living Sacrifice Book Company, 1998), pp. 33-8.
12 Veja: Paul Kengor, God and Ronald Reagan: A Spiritual Life (NY: HarperCollins, 2004).
13 Richard Pipes speaking at Grove City College, Grove City, Pennsylvania, September 27, 2005.
14 Paul Kengor comparou o tratamento dos dois em um exaustivo e longo projeto de um ano de pesquisa que analisou os textos de história utilizada nas escolas públicas de Wisconsin, que eram os mesmos textos utilizados em todos os estados. Veja também: Paul Kengor, "Searching for Bias: World History Texts in Wisconsin Public Schools ", Wisconsin Policy Research Institute, junho de 2002. Uma cópia do estudo está publicado no site da WPRI.
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