segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Torres marítimas fortificadas na Inglaterra




Em 1943 a posição da Inglaterra na Segunda Guerra Mundial, alvo de bombardeamentos e ataques constantes por parte das tropas alemãs, era mais frágil do que nunca e chegou-se mesmo a recear uma invasão. Por esse motivo as defesas foram ampliadas e reforçadas.


Uma das obras realizada foi a edificação de torres fortificadas ao longo do rio Tamisa, precisamente uma das vias de penetração do inimigo em território britânico. Essas torres teriam a capacidade de detectar e responder a possíveis ataques. O projeto foi encomendado a um engenheiro civil, Guy Maunsell, que o concluiu e construiu nesse mesmo ano.




Maunsell foi escolhido pela sua experiência com betão pré-esforçado, sistema que já tinha utilizado em diversas pontes e a que recorreu para este projeto. Para o Tamisa planeou diversos conjuntos e tipos de fortificações imaginativas, entre os quais se conta este insólito grupo de torres, o Shivering Sands Army Fort, também conhecido como U7 devido ao número de elementos que o compõem.




Cada uma das torres, construída em ferro, foi montada isoladamente em terra e depois fundeada no local, assente numa estrutura de quatro pilares de betão armado. O conjunto possuía vários sistemas defensivos (canhões, metralhadoras, radar, etc.) e interligava-se por passadiços metálicos. Durante a guerra desempenhou um importante papel, detectando ataques aéreos, lançamento de minas e abatendo também diversos aviões e bombas voadoras.




Após o fim do conflito armado o Shivering Sands Army Fort permaneceu em atividade até 1958, ano em que foi abandonado pelas tropas inglesas. A partir daí, sem manutenção e sob a ação corrosiva das águas, foi-se degradando progressivamente. Já foi abalroado por barcos, transformado em estação meteorológica e serviu até de local de emissão de rádios piratas. Houve quem propusesse a sua demolição pura e simples mas até hoje permanece de pé, ameaçando a navegação. É uma ruína magnífica, grave, fantasmagórica...








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