segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A Lenda da Baba Yaga a bruxa canibal?

Você já ouviu falar da Baba Yaga? Saiba que ela é uma personagem muito conhecida do folclore eslavo e suas histórias são contadas para as criancinhas. 

No entanto, não há nada de fofinho nessas narrativas — na verdade, são contos bem assustadores.


Baba Yaga é uma bruxa que mora em uma casa que se eleva sobre pernas de galinha e é rodeada por uma cerca feita com crânios humanos. 

Uma de suas histórias conta que, certa vez, uma madrasta expulsou seus dois enteados de sua casa e, vagando pela floresta, as crianças acabaram chegando na casa da Baba Yaga, uma vovozinha bem estranha. 


Mas ao invés de acolhê-los, ela fez uma ameaça aos pequenos: eles deveriam satisfazer todos os seus desejos; caso contrário, ela os comeria no jantar.

Além de aterrorizante, Baba Yaga é muito feia: ela é ossuda, frágil e tem um nariz tão comprido que, quando ela se deita, ele bate no teto. 

Algumas lendas dizem que seus dentes são de ferro e que ela mora com três irmãs, igualmente malignas.

A tradição complexa da Baba Yaga

Por mais que pareça difícil imaginar que histórias desse tipo sejam compartilhadas com crianças eslavas, a verdade é que a lenda da Baba Yaga é bem mais complexa (e interessante) do que se imagina inicialmente. 

Em algumas histórias, ela é uma espécie de fada madrinha que costuma ajudar os heróis.

Baba Yaga foi mencionada pela primeira vez em um livro de gramática russa de 1755. 

Acredita-se que, antes disso, suas histórias circulassem apenas pela oralidade, sendo espalhadas de geração em geração. "Baba Yaga", aliás, significa "vovó bruxa".

Uma de suas histórias mais conhecidas é o conto "Vasilisa, a Bela", em que ela liberta uma menina da tirania de sua madrasta e suas meias-irmãs (lembrando, claro, a história da Cinderela). 

Baba Yaga aparece ali como uma madrinha meio sinistra: ela dá tarefas impossíveis para a garota, mas também dá a ela uma boneca que passa a ajudá-la.

Mas a bruxa também surge como uma personagem que ensina sobre valores, como o da obediência. 

Na história Baba Yaga's Black Geese, Olga e Sergei, duas crianças bastante desobedientes que fogem de casa quando sua mãe vai ao mercado, embora ela tivesse recomendado que eles não saíssem enquanto os gansos estivessem voando no céu, Sergei é capturado por um destes gansos e levado para a casa de Baba Yaga, que irá jantá-lo. 

Entretanto, sua irmã Olga consegue usar magia para salvá-lo. Assim, eles finalmente aprendem a lição de nunca desobedecer a sua mãe.

Baba Yaga como representação do feminino


Por conta de suas características como alguém que vive fora da sociedade e obedece apenas suas próprias regras, ela passou a ser vista também como um símbolo do feminino intocado e, portanto, selvagem. 

Assim, Baba Yaga representaria a natureza das mulheres que, quando olhada pelos homens, tem sempre algo de ameaçador.

Ela seria, portanto, uma espécie de "anti-mulher" — pelo menos de acordo com os papéis que são socialmente esperados dela. 

Ao invés de casar e ter filhos, Baba Yaga vive isolada e come as crianças; ao invés de cultivar a beleza, ela é feia e não parece se importar com isso.

Por tudo isso, alguns estudos sobre a sua lenda a identificam como uma força da natureza, que pode ser gentil ou cruel, calmaria ou tempestade, de acordo com a época do ano.

Fonte:https://www.megacurioso.com.br/educacao/121971-baba-yaga-a-historia-da-bruxa-que-come-criancinhas.htm

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Os Mistérios da Mansão Winchester

Estados Unidos, 1862. Sarah Pardee casa-se com Willian Wirt Winchester, o milionário proprietário da fábrica de armas Winchester. A fábrica estava a pleno vapor investindo em uma nova arma. Um novo rifle que seria usado em muitas batalhas e acabaria com a vida de milhares de pessoas. Simultaneamente com esse acontecimento que consagrava a fábrica, nasce a filha do casal. Anne Pardee Winchester.




A felicidade do casal durou pouco. Com apenas um mês de vida, morre a pequena Anne de uma doença rara e não diagnosticada. Sarah Winchester teve depressão muito forte em função de sua perda e não quis ter outros filhos. Quando estava quase recuperada, dez anos depois, mais uma tragédia chega ao seio da família: morre Willian Winchester vítima de tuberculose.


Novamente Sarah Winchester voltou a cair em profunda depressão. Mas desta vez foi mais grave. Junto com a depressão, Sarah começou a ouvir vozes e coisas estranhas passaram a acontecer pela mansão. Cansada e com medo, ela decide procurar um médium. Este, por sua vez, conta a Sarah que encontrou o espírito de seu esposo vagando pela casa juntamente com as almas das pessoas que foram mortas por suas armas. E não era só. Também contou que os espíritos mataram sua filha e seu marido. E ela seria a próxima.


A indicação do vidente: que Sarah procurasse casas para comprar para acomodar os espíritos. Um lugar que seria indicado pelo espírito do marido morto e que serviria como abrigo para as almas mortas pelas armas fabricadas pela família Winchester. E foi exatamente isso que Sarah fez. Após encontrar a casa perfeita, o médium falou a Sarah que ele deveria reformar a casa para que apenas os espíritos bons ficassem e os maus fossem embora.





Sarah contratou uma equipe de pedreiros e as obras começaram. Quartos, banheiros, salas e até escadas e portas que levavam a lugar nenhum foram acrescentados a casa. Porém nada disso estava resolvendo, pois ela continuava a escutar os espíritos. Sons eram ouvidos o tempo todo e as obras aconteciam 24 horas por dia. A loucura de Sarah era tanta que havia escadas que acabavam em pareces, portas que abavam em um abismo e salas sem portas. Muitas vezes, Sarah mandara destruir uma peça recém construídas e construir outra no lugar. Tudo com uma única finalidade: espantar os espíritos maus. Também fora construído o quarto azul, local onde aconteciam, diariamente, as sessões de espiritismo e justamente de onde Sarah tirava os projetos dos novos cômodos que seriam construídos na casa. Segundo ela, os espíritos falavam como deveria ser tal cômodo e se não ficasse como Sarah descrevia aos pedreiros, mandava derrubar e começar novamente.


Foram 38 anos interruptos de construção diária. A casa já possuia vida própria. No máximo de sua construção, pouco antes da morte de Sarah, a Mansão Winchester tinha 7 andares, cerca de 160 quartos e tantas salas que não se soube ao certo o número de cômodos e portas que havia na mansão. Em 1906 um terremoto destruiu boa parte da construção. Nem mesmo o terremoto parou Sarah. Continuou construindo até 1922, ao falecer logo após uma sessão espírita.


Tempos depois, a casa foi vendida a um grupo que faria da casa um ponto truístico, afinal as histórias acerca de possível possessão espírita eram famosas pelo mundo todo. Numa primeira contagem, foram numerados 148 cômodos. Numa segunda, 160. Várias contagens foram feitas, mas os números nunca eram os mesmos. Parecia que a casa crescia e diminua conforme sua vontade própria.




A mansão Winchester é considerada o lugar mais mal assombrado da América e tem registrado como desconhecido o número de cômodos. A casa, atualmente, está aberta a visitação e há relados (dos visitantes) de vozes e gritos, de cômodos que aparecem e desaparecem em um piscar de olhos, num fechar de portas.

Fonte:https://cova-do-inferno.blogspot.com/2013/07/mansao-winchester-o-refugio-dos.html

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Azathoth - O Deus Idiota, o Caos Primordial, Soberano do Universo?

 


No Universo inclemente dos Mitos Ancestrais existem forças e entidades capazes de desequilibrar a balança de poderes cósmicos a um nível perigoso. São entidades tão inacreditavelmente poderosas e tão inconcebivelmente influentes que um mero movimento poderia aniquilar realidades, partir dimensões e destruir a existência como nós conhecemos.

São seres de tanta potência e capacidade que sua existência reúne princípios da própria natureza. Eles são aquilo que nós aprendemos a aceitar como noções norteadoras do que existe de fato - vida, tempo, espaço, gravidade...

Mas acima deles, acima destas entidades incompreensíveis, existe algo mais... existe, é claro, Azathoth.

Chamar Azathoth de Deus Exterior é simplificar demasiadamente seu conceito.

Ele é mais do que os outros Deuses Exteriores, talvez ele seja mais do que a soma de todos os outros Deuses reunidos. Para alguns filósofos que ousam discutir o papel de Azathoth no contexto cósmico, ele é o Início, o Meio e o Fim de tudo no Universo. Tudo que existiu já foi parte de Azathoth, tudo o que existe é um fragmento dele, tudo o que existirá será gerado por ele. E um dia, o Caos Primordial irá consumir tudo em uma conflagração de aniquilação que terminará de vez com o Universo como conhecemos. Pois ele é o fim de todas as coisas, assim como foi o início.


Não por acaso, os teóricos dos Mitos o chamam em reverência de o Sultão Demoníaco e em temor de o Caos Primordial. O termo Sultão, foi usado provavelmente pela primeira vez pelo célebre árabe louco Abdul Al Hazred. É oriundo de seu compêndio transcendental, o Al Azif, posteriormente batizado de Necronomicom. Em seu tratado, Hazred dispõe o papel de preponderância de Azathoth como o Soberano de Todas as Forças Cósmicas. Ele ocupa o Trono, naquilo que se convencionou chamar de Corte Cósmica, o local no Centro do Universo. Ungido, Glorioso e Imponente, os Deuses Exteriores giram ao seu redor em uma espécie de órbita planetária. Eles jamais se aproximam para que o Caos Derradeiro não os alcance com seus tentáculos. O toque de Azathoth equivale a erradicação de tudo que existe, e nem mesmo os Deuses podem se dar ao luxo de se aproximar dele. Imóvel no Centro da Corte, o Sultão preside sua hoste infinita, com seu séquito de divindades evoluindo, girando, se aproximando e se afastando. Yog-SothothShub-NigurathNyarlathotep e todos os demais colossos universais rendem a ele homenagem nesse Balé Cósmico. Nenhum deles é seu igual.

Uma procissão de sátrapas laboriosos, seres batráquios multi tentaculares conhecidos apenas como Servos dos Deuses Exteriores são os únicos com permissão de se aproximar. Eles portam grandes flautas metálicas sopradas em notas monótonas que compõem a Canção das Esferas - a "música de ninar" dos Deuses. Seu som monocórdio não pode ser registrado pela percepção humana sem causar a loucura e a danação. Talvez ela sirva para acalmá-lo e contê-lo. O som se propaga pela corte, mesmo ocupando ela um vácuo espacial. Leis convencionais do tempo e espaço nada significam ali. O que é a natureza senão material a ser pervertida por estes seres?


Azathoth raramente abandona seu Trono, a não ser nas poucas ocasiões em que é invocado por rituais complexos que escancaram portais dimensionais ligando o Centro do Universo a algum outro ponto. Os templos dos Insetos de Shagghai permitiam tal evocação, assim como os ritos de alguns seres propensos a venerar o Caos em matéria bruta. Mas mesmo num universo tão vasto, são poucas as espécies dispostas a prestar culto a essa entidade. Azathoth é temível demais, imprevisível demais... há rumores de que planetas inteiros foram incinerados pela invocação intencional ou acidental dele. Num piscar de olhos Sistemas Planetários inteiros foram fulminados pela mera presença de Azathoth. Por esse motivo, as raças superioras, as mais iluminadas do cosmos evitam qualquer contato com o Caos Primordial constituindo tal prática uma blasfêmia. Os Mi-Go, a Grande Raça, a Raça Ancestral, todas elas o conhecem e temem, nenhum se sentindo compelida a louvá-lo, pois nada bom pode vir disso.

A razão para esse temor disseminado entre as espécies preponderantes é que Azathoth não possui consciência de seu real poder. Não por acaso ele é chamado de Deus Cego e Estúpido, uma vez que é incapaz de interagir com qualquer coisa de forma inteligente. Azathoth é apenas reação, não há sequer instinto guiando suas ações. A noção de um ser tão poderoso, incapaz do mais modesto pensamento é terrivelmente assustadora, uma demonstração da natureza indiferente do universo diante das formas de vida que nele habitam. A ironia cósmica de que a mais poderosa entidade no cosmos possui uma mente vazia, levou mais de uma civilização à completa ruína por desesperança. 

Impossibilitado de fazer qualquer coisa por conta própria, Azathoth carece da intromissão de sua entourage de Servos batráquios flautistas para as tarefas servis e daquele que exerce a função de Arauto e Mensageiro, ninguém menos do que o Caos Rastejante, Nyarlathotep. Ele que é chamado de Coração e Alma dos Deuses Exteriores, é incumbido de cumprir missões em nome do Sultão, de satisfazer suas necessidades e executar seus menores desígnios. É dito que apenas Nyarlathotep é capaz de interpretar as vontades obtusas de Azathoth e agir imediatamente, preservando assim o Trono da cólera do Sultão Demoníaco. Se Nyarlathotep não cumprisse esse importante papel, acreditam alguns, o universo já teria sido aniquilado pela agitação desvairada de Azathoth contrariado diante da menor situação.


As lendas dizem que foi Azathoth quem deu a luz ao Universo. Em seus espasmos nucleares, teria sido ele quem deflagrou a Explosão do Início dos Tempos, a força detonadora que os físicos chamam de Big Bang cujo ensurdecedor estrépito pode ser ouvido até os dias de hoje. Como e porque Azathoth teria feito isso, ninguém sabe.

Pensadores e filósofos relacionam Mitos da Criação de vários povos humanos da antiguidade com a noção de que a Criação decorreu da vontade de Azathoth. Os gregos e os nórdicos acreditavam que o universo foi criado a partir do Caos Primordial. Os hindus também tem uma compreensão do papel de Azathoth e o relacionam com Shiva, o destruidor. Encontra-se paralelo na crença Judaico-Cristã que diz que no início não havia nada a não ser as Trevas e que estas foram banidas pela frase "Que se faça a Luz" dita por Deus. Chamar Azathoth de Deus seria viável? Muitos povos reputam a uma imensa explosão e ao brilho de uma luz purificadora o início dos tempos, e eles podem muito bem estar certos. 

Alguns acadêmicos traçaram uma conexão entre Azathoth e o Deus Gnóstico Achamoth, a mãe do Demiurgo que gerou o Universo. Da mesma forma, o Culto egípcio de Aten que reverencia o Disco de Luz pode ser uma representação de Azathoth. Contudo, cultos devotados ao Deus são praticamente incipientes na Terra e sempre o foram. Loucos desvairados e eremitas parecem ser os únicos que se voltam para Azathoth como seu redentor. Isso deve ao fato de Azathoth não garantir qualquer benefício ou proteção aos seus cultistas. É um mistério o que levou os Insetos de Shaggai a louvá-lo em seus templos piramidais onde ele assume a forma de um avatar bivalve chamado Xada-Hgla. Os ritos devotados a Azathoth presididos pelos Insetos são tidos como abomináveis.


Alguns textos apócrifos afirmam que nem sempre Azathoth foi um Deus mentalmente incapaz. Ele teria perdido sua consciência no momento em que o Universo nasceu. Contemplando a extensão de sua Criação, o Caos Primordial teria sido obliterado. Essa interpretação é encontrada em poucos livros, mas a repercussão dela é aterrorizante. Os textos afirmam que quando Azathoth recuperar um fiapo de sua consciência, o que pode acontecer a qualquer momento, ele irá pôr fim a sua criação fazendo-a retroceder em um onda de aniquilação, varrendo o cosmos de canto a canto. Se daí surgirá um novo universo, e que forma terá, ninguém é capaz de dizer. Tal preceito parece encontrar eco em inúmeros trabalhos metafísicos que afirmam categoricamente que o Fim dos Tempos será deflagrado por Azathoth.

Durante a história humana presume-se que Azathoth tenha sido perigosamente invocado em algumas ocasiões. Para alguns estudiosos ele teria sido o causador de grandes desastres registrados como ocorrências misteriosas em nosso passado mítico - a Grande Enchente Bíblica e a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, por exemplo. O Cataclismo que pôs fim a Chamada Era Hiboriana também pode ter sido causado pela convocação de Azathoth. Em tempos recentes a misteriosa Explosão de Tunguska, ocorrida na Rússia em 1908 pode ter sido efeito de uma breve aparição de Azathoth, ainda que muitos cientistas reputem esse evento destrutivo ao impacto de um asteroide. Alguns Videntes e Profetas que previram a destruição da Terra podem ter tido na verdade um vislumbre de Azathoth.

A aparição do Deus ainda que por poucos segundos é suficiente para deflagrar todo tipo de efeito colateral. Quilômetros quadrados de terra são devastados a partir do epicentro em que ele toca o chão. Azathoth representa a personificação da Entropia e sua visita deixa cicatrizes profundas na natureza revoltada pelo seu toque. Montanhas são rachadas e pulverizadas, tremores de terra são sentidos, rios mudam de curso, florestas inteiras são transformadas em clareiras com galhos mortos, destroçados e calcinados, lagoas são reduzidas a poças de água alcalina.

O Sultão Demoníaco está relacionado a radioatividade e a mera exposição à sua luz é suficiente para causar envenenamento em tecidos biológicos, cegueira e uma variedade infindável de cânceres em seres vivos. Além disso, o calor do corpo de Azathoth é equiparável a uma fornalha nuclear, capaz de derreter pedras e transformar areia em vidro. O sopro nuclear irradiado pela forma de Azathoth incendeia e crema tudo o que entra em contato com ele.


É razoável supor que a mera aparição Dele, por segundos que seja, representa uma ameaça concreta de aniquilação ecológica numa área considerável. Uma exposição prolongada pode resultar em uma hecatombe: com a destruição da Camada de Ozônio, derretimento de pólos e outras consequências em grau planetário. Há uma teoria de que o Cinturão de Asteroides existente entre Marte e Júpiter foi formado quando Azathoth destroçou o planeta que existia previamente nesta órbita.

Quando o Caos Primordial se manifesta através de uma invocação, ele surge acompanhado de uma legião de seus flautistas que se dispõem ao redor dele tocando sua música e evoluindo como uma nuvem viva. Deuses Exteriores Menores também podem ser arrastados pelos portais dimensionais responsáveis pela materialização de Azathoth.

O Sultão reage irritado quando transportado de seu Trono no Centro do Universo. O tamanho dele varia no momento de sua chegada, em geral ele tem alguns poucos metros de diâmetro, mas a cada segundo sua massa expande geometricamente, podendo atingir dimensões inacreditáveis em poucos instantes. Com tempo suficiente, sobretudo se estiver furioso, o Sultão pode crescer sem parar, a ponto de engolir todo um planeta e mais. Não se sabe qual a taxa de progressão e o limite de seu crescimento, e sequer se tal limitação se aplica a uma entidade como esta. Em todo caso, nas oportunidades em que ele foi invocado, continuava a crescendo até ser dispersado e retornado ao seu lugar original.

Não é fácil enxergar Azathoth em meio a conflagração de radiação e calor que emana de seu corpo. Aqueles que tentam fazê-lo, geralmente morrem ou ficam permanentemente cegos. Muitos dos que tem um lampejo dele, citam o chamado Olho de Azathoth um imenso disco flutuante de luz branca. Esta talvez seja a sua forma mais clemente e comparativamente menos letal do Deus. Trata-se afinal de uma maneira dele observar nossa realidade, sem que seja trazido em pessoa.

Nas ocasiões em que o Sultão Demoníaco se manifesta em toda sua glória profana, a visão é simplesmente indescritível, algo que causa loucura nas mentes mais racionais. Azathoth é uma entidade amorfa, uma massa caótica de fúria nuclear em eterna fissão. Ele expande imensos tentáculos feitos de luz pulsante e calor que derrete e reforma seu próprio corpo a todo momento. Esses pseudópodes estão sempre se esticando, aumentando de tamanho e alcance, atingido várias jardas em instantes. O toque deles é letal para tudo que existe no universo, seres vivos se desmancham desintegrados com seus átomos dispersos pela corrosão entrópica. Nada está à salvo deles.

A massa principal que compõe seu "corpo" tem uma coloração branca imaculada e está em constante transformação, irradiando miríades de luz e radiação cegante através de espaços que se rasgam como feridas ou estouram como bolhas. Não há carne, ossos, fluidos ou matéria para se concentrar, ele é luz e nada mais. A incapacidade de conceber a forma de Azathoth torna a visão dele ainda mais impactante. Contemplá-lo é como contemplar a face do Sol, de Deus, da Criação e da Destruição. Tudo isso em uma mesma forma crepitando com uma voragem de selvageria primal.

Grandioso no topo, imponderável em cada detalhe, não há como explicar o que é Azathoth, não importa quantos adjetivos sejam utilizados e quantas frases sejam proferidas. Seria preciso inventar palavras para descrever algo como o Caos Primordial. Não há nada nem remotamente similar na experiência humana para estabelecer uma base comparativa.

No Centro do Universo, impassível, contemplando a dança cósmica de Sua corte, Azathoth aguarda, e o cosmos prende a respiração cada vez que ele se acomoda.

Fonte:https://mundotentacular.blogspot.com/2016/10/azathoth-o-deus-idiota-o-caos.html

Slenderman - Lenda Urbana se espalha rapidamente pelos Estados Unidos

 


Como nascem Lendas Urbanas?

Uma das mais populares lendas urbanas atualmente nos Estados Unidos, sobre o Slenderman, aparentemente surgiu em um concurso da internet quando os leitores do fórum "Something Awful" foram convidados a criar uma criatura sobrenatural em um tópico chamado "Crie uma Entidade Paranormal".

A idéia era trabalhar fotografias manipuladas e usá-las para enganar as pessoas em outros foruns, como se elas fossem autênticas. Os membros do fórum começaram a manipular através de photoshop imagens adicionando fantasmas e outras criaturas bizarras, usualmente acompanhadas de algum background ou explicação do que estava sendo visto.

Em 10 de junho de 2009 um membro do forum chamado Victor Surge enviou para o tópico duas fotografias e a história de uma criatura bizarra que atacava crianças.

Assim teria nascido o mito do Slenderman (algo que poderia ser traduzido como Homem Alongado).

A explicação suprida por Victor Surge à respeito das fotos enviadas detalhavam que no dia em que aquelas fotos foram tiradas, catorze crianças desapareceram. Ele também contou que a biblioteca onde a fotografia foi encontrada queimou por inteiro uma semana após a descoberta.

O Slenderman é descrito como uma criatura obscura, incrivelmente alta e magra. Dotada de longos braços que se estendem a distâncias impossíveis para agarrar suas presas (e algumas vezes retratados como se fossem tentáculos). Para alguns a coisa aparece vestida com uma espécie de terno e gravata escuros, mas em outras vezes ele é apenas uma sombra mais ou menos humanóide e delgada. Para adicionar um detalhe perturbador, o Slenderman não possui rosto. Sua face é um borrão desfigurado sem olhos, nariz ou boca que podem ser discernidos.

A principal motivação do Slenderman aparentemente era sequestrar e matar crianças. Ele era visto pouco antes do desaparecimento de uma criança ou do desaparecimento simultâneo de várias crianças de uma unica vez. A criatura parece preferir atacar em silêncio, espreitando à distância, oculto em florestas cobertas por nevoeiro espesso ou então em ambientes urbanos escuros como becos, vielas e sob viadutos. Nesses ambientes ele pode se misturar com a paisagem evitando ser visto claramente por testemunhas.

Crianças são capazes de perceber a sua presença ainda que adultos falhem em detectá-lo, exceto pelo acaso, como quando tiram fotografias ignorando que a criatura está no background observando. Por alguma razão a criatura sempre esta perto de uma área onde crianças se reúnem: parquinhos, escolas, jardins, playgrounds... Segundo o mito, crianças que passam a ser perseguidas pelo Slenderman experimentam pesadelos recorrentes antes de desaparecer sem deixar vestígios.

A lenda logo se espalhou pela internet e outras peculiaridades foram somadas a ele. Qualquer pessoa que via o Slenderman, quando criança passava a ser perseguida pelo resto da vida. Ele surgia em lugares inesperados, sempre observando ao longe, lentamente levando a pessoa a loucura. Por fim, quando a vítima estava prestes a perder a razão, o monstro aparecia para levá-la embora ou matá-la.

Logo, crianças não eram mais as únicas vítimas. Adultos e adolescentes passaram a ser assombrados pelo misterioso homem sem face. O mito rapidamente evoluiu e ufólogos se apoderaram dele considerando o Slenderman como um tipo de forma de vida extraterrestre interessada em recolher espécimes para algum tipo de experiência biológica.

A entidade também ganhou braços extras que brotavam de seus flancos ou do tórax como se fossem membros flexíveis semelhantes a tentáculos. "Uma vez que esses tentáculos agarram sua vítima, a envolvem rapidamente como uma gigantesca serpente constritora capaz de esmagar cada osso de seu corpo", diz um fórum. O Slenderman também ganhou poderes hipnóticos sendo capaz de mesmerizar suas vítimas com um olhar paralisante por tempo suficiente para que ele pudesse se aproximar e efetuar a captura da presa escolhida. Em outras fontes, ver o Slenderman causava uma onda de náusea incontrolável ou fraqueza que deixava a vítima incapaz de reagir e mesmo tentar escapar.

Há muita discussão sobre as motivações do Slenderman. Para alguns a criatura é movida por um desejo irracional de matar. Para outros ela precisa atacar humanos a fim de absorver seus corpos e garantir assim sua própria sobrevivência. Ele não devoraria suas vítimas, mas as absorveria inteiramente deixando nada além de poeira através de um processo de desintegração -- por isso nenhum cadáver jamais foi encontrado. Para outros, o Slenderman sequestra as suas vítimas e as carregava consigo para seu lugar de origem, outra realidade, outra dimensão, outro mundo...

Não demorou para que imagens da criatura começassem a circular pela internet através de fotografias e desenhos, bem como relatos de ataques e avistamentos. Logo blogs, páginas e vídeos começaram a pipocar no you-tube mostrando a diabólica entidade atormentando indivíduos capazes de perceber a sua presença ameaçadora. Uma coleção de vídeos chamada Marble Hornets narra a busca de um estudante de cinema que tenta provar que o mito é verdadeiro a partir da investigação do material de gravação pertencente a um colega desaparecido (uma vítima da entidade).

Há muitas interpretações sobre o Slenderman e alguns apontam para arquétipos presentes no folclore mundial. Há algo na lenda que remete à crença macabra da "figura sombria" espreitando os vivos. Essa crença era algo comum na Europa Medieval quando os camponeses acreditavam que a morte visitava os vilarejos observando suas vítimas poucos dias antes delas serem clamadas por sua foice. No século XVI, um artista chamado Hans Holbein produziu várias obras tendo como tema central a Dança da Morte -- o momento em que a morte conduz as suas vítimas em fila para o além.

A idéia de uma criatura que persegue crianças também não é nada nova. Ao longo dos tempos, lendas como a do Boogeyman (bicho papão) foram muito difundidas nas mais diferentes culturas, assumindo inúmeras formas e aspectos. Os Boogeyman sempre foram uma alusão assustadora para que as crianças não acreditassem em estranhos, uma forma de "educar" através do medo.

Recentemente lenda urbana e mito começaram a se manifestar no mundo real ou pelo menos é o que algumas pessoas acreditam.

Em Novembro de 2009, um rapaz telefonou para um programa de rádio ao vivo à respeito de pessoas com problemas psiquiátricos para relatar que sua namorada sofria alucinações com uma criatura semelhante ao Slenderman. Esse telefonema deu início a dezenas de outras ligações com pessoas afirmando ter testemunhado algo semelhante ou conhecer alguém que via algo parecido.

Uma das pessoas que telefonou foi uma moça chamada "JoAnne" que contou alguns detalhes sobre sua infância cheia de abusos e negligência até começar a relatar visões de uma entidade que a apavorava desde os cinco anos de idade.

"... eu o vejo desde que era uma menina, essa coisa demoníaca. Ele é como uma sombra muito alta. Não tem rosto, e seus braços são muito longos. Eu sinto quando ele vai aparecer, posso sentir quando ele está por perto. Consigo vê-lo no canto dos meus olhos esticando aqueles longos braços para me tocar, mas quando eu viro ele não está mais lá. Mas de alguma forma eu sei que um dia eu vou me deparar com ele, e então ele vai me apanhar... e eu vou morrer".

“JoAnne” afirmou que jamais havia ouvido falar da lenda do Slenderman ou de Marble Hornets. Antes de terminar a ligação aos prantos, ela disse:

"Eu tenho medo do que pode acontecer se ele me alcançar. Eu fico com tanto medo a ponto de não conseguir me mover. Às vezes eu penso que estou enlouquecendo. Tem noites que eu não consigo dormir e qualquer som faz com que eu dê um salto da cama. Eu estou tão assustada, preciso de ajuda!"

É claro, à primeira vista essas ligações não parecem mais do que brincadeiras de mau gosto feitas por pessoas que conheciam a lenda urbana e que queriam apenas espalhar o boato.

Mas então sobreveio um caso inesperado. Em janeiro de 2009 o serviço da Linha de Apoio aos Suicidas de Baltimore, Maryland recebeu a ligação de um rapaz que se identificou como "Mike" dizendo que era perseguido por uma "entidade estranha" ou "uma sombra alongada" e que pensava em cometer suicídio por não aguentar mais aquela situação. A ligação foi gravada e após alguns minutos de conversa Mike desligou o telefone abruptamente.

Não seria nada de mais, exceto que a polícia de Maryland no dia seguinte encontrou o corpo de um rapaz chamado Michael Horvath que cometeu suicídio se atirando do alto de uma ponte. Para alguns Horvath seria a pessoa que ligou para a Linha de Apoio em busca de ajuda. O caso ganhou certa notoriedade e entrevistas de canais de televisão com parentes e amigos do suicida apuraram que ele sofria de depressão profunda e tomava medicamentos para o controle de ansiedade.

Então vem a pergunta: será que a ficção está invadindo a realidade e a imaginação das pessoas? Será que a Lenda Urbana realmente está afetando a mente de pessoas sensíveis e naturalmente propensas a acreditar na existência dela? Ou mais sério ainda, seria possível que essa mesma lenda de alguma forma estivesse  tomando forma a partir do inconsciente coletivo, como uma espécie de Tulpa?

Algumas pessoas tem pesquisado as raízes dessa Lenda Urbana. Eles acreditam que seu suposto criador, Victor Surge, teria se inspirado em algo sobre o qual ele próprio ouviu falar e que o Slenderman não seria uma criação sua mas algo que já existia muito antes. Para reforçar essa teoria, apontam para estórias envolvendo a grotesca entidade anteriores a 2009, ano em que ela supostamente foi inventada.

Um conhecido "explorador do sobrenatural" que comanda um programa de televisão na TV à cabo americana, apresentou um especial sobre o Slenderman. Em um dos blocos, uma mulher que dizia ter tido encontros paranormais com a criatura foi entrevistada. A mulher, que preferia não se identificar pelo nome verdadeiro e ser chamada apenas de "Mary", disse que tinha experimentado vários encontros com a misteriosa entidade, uma criatura sombria com a face distorcida e longos braços que se esticavam. "Mary" contou que via essa criatura desde sua infância nos anos 90 quando vivia com a família em Ohio.

Após tratamento psicológico acabou reprimindo essas lembranças esquecendo o que havia acontecido. Mas essas memórias começaram a retornar quando ela teve uma nova experiência, já vivendo em Los Angeles. "Mary" contou ter visto o Slenderman em uma garagem rotativa no centro da cidade, observando-a à distância. Ela disse que a experiência foi tão traumática que ficou "congelada", sem ação precisando da ajuda de pessoas que a encontraram inconsciente. Mary buscou ajuda de especialistas que através de hipnose apuraram que ela tinha várias lembranças reprimidas da criatura. Desde então ela havia encontrado a criatura em pelo menos mais três ocasiões.

Mary aceitou ser hipnotizada no programa a fim de contar sua experiência e sob efeito de transe relatou a traumática experiência descrevendo aos prantos o horror que sentia diante da diabólica entidade. "Ele não tem rosto! Ah meu Deus, ele não tem rosto! Os braços dele! Eles estão se esticando, vindo para mim, oh, não... Socorro!"

A onda do Slenderman continuou se espalhando sendo explorada pelas redes e programas de televisão que se esforçavam para encontrar alegadas testemunhas da ação da criatura.

Um senhor de meia idade chamado Jasper Talbot, morador de Denver contou uma estória que teria ocorrido quando ele era criança pelos idos dos anos 50. Uma estória que o marcou para sempre:

"Quando eu era criança, com 5-6 anos, morava com meus pais em uma casa nos limites da cidade perto de uma floresta. Tínhamos um depósito de carvão nos fundos da propriedade em um terreno cercado. Em uma ocasião, meu pai mandou que eu e minha irmã mais velha buscássemos um saco de carvão. Eu odiava aquilo, mas fui. 

Lembro até hoje que quando nos aproximamos, Buck, nosso pastor alemão, estava latindo. Encontramos a porta do depósito semi-aberta e tivemos uma sensação desagradável, como se alguém estivesse nos observando. Ficamos parados por alguns instantes com medo de nos virar enquanto Buck rosnava e latia. Minha irmã então me segurou forte pela mão, apertando com muita força. Sua face estava petrificada, a boca aberta em um grito que não conseguia sair e os olhos arregalados com terror inenarrável. Eu olhei na direção em que ela estava voltada e então vi também! Era horrível, estava nos observando por cima da cerca -- que media quase dois metros de altura. Mesmo assim, era tão alto que a cerca só chegava  na metade de seu peito. Ele vestia uma espécie de terno preto, seu rosto era um borrão de sombras onde só era possível divisar uma silhueta escura. Mas o pior eram os braços, pareciam duas longas cobras que serpenteavam se esgueirando por cima da cerca, os dedos tão longos que iam até quase o chão. Ele não disse nada, mas quando os braços se esticaram ainda mais, consegui gritar e minha irmã rompeu o transe em que estava. 

Nós corremos para casa sem olhar para traz, corremos até entrar pela porta aos berros dizendo que o diabo estava atrás de nós. Meu pai foi até lá fora, ele sabia que seus filhos não eram mentirosos e que deveriam ter realmente visto alguma coisa que os assustou terrivelmente. Um estranho talvez. Ele levou com ele a arma e voltou alguns minutos depois com uma expressão pálida e perturbada. Meu pai sempre foi um homem sério e rígido que serviu na Coréia e viu algumas coisas realmente horríveis. Ele mandou que minha mãe ligasse para a polícia e trancasse a porta e até o momento que a viatura chegou, montou guarda na janela em silêncio. Meu pai nunca disse o que encontrou e se limitou a dizer que nosso cachorro havia fugido. Eu sempre soube que alguma coisa o havia perturbado muito e que nosso cão não iria simplesmente embora. Nós vivemos naquela casa por mais alguns meses e nos mudamos para uma outra mais próxima da cidade. Não sei até que ponto a decisão foi motivada pelo que aconteceu, mas tenho certeza que aquilo teve influência. Quando eu li à respeito dessa coisa que as pessoas estão falando eu a reconheci imediatamente. Nunca esqueci o que vi e sei que não imaginei nada daquilo."

Então o que está acontecendo? Encontros com uma entidade semelhante ao Slenderman poderiam estar acontecendo há décadas? Será que existe algum fundo de verdade nas narrativas feitas pelas testemunhas? Haveria uma presença demoníaca tomando forma para assustar crianças e fazer adultos desaparecer para sempre?

O Slenderman é uma lenda recente, sabemos como e onde ela surgiu, mas será que ela deixou de ser uma lenda e se tornou algo mais? Talvez nunca saibamos ao certo... o mais provável é que nada disso seja verdade, mas como saber ao certo o que espreita na escuridão?

Fonte:https://mundotentacular.blogspot.com/2012/06/slenderman-lenda-urbana-se-espalha.html

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Estudo científico de Harvard infere que existe consciência após a morte (imortalidade da alma)

 

O que ocorre após a morte? Será que o falecimento marca o término absoluto, ou há algo que perdura além do corpo? Essas indagações têm intrigado a humanidade ao longo dos tempos. A crença na imortalidade da alma é compartilhada por diversas religiões em todo o mundo. Agora, um estudo realizado em colaboração com várias universidades, incluindo a renomada Universidade de Harvard, lança novas perspectivas sobre esse tema.

    Este artigo fala sobre as Experiências de Quase Morte (EQMs), que são experiências vividas por pessoas que estiveram próximas da morte devido a paradas cardíacas, comas, danos cerebrais, intoxicação, asfixia ou outros eventos traumáticos. Essas experiências são descritas como muito reais, com características como uma mente mais alerta, memórias claras da experiência e a sensação de que ela é mais real do que a vida cotidiana.

    Nas EQMs, as pessoas frequentemente relatam sair de seus corpos, encontrar familiares falecidos, passar por túneis escuros e ver uma luz brilhante que emana amor e aceitação. Essas experiências podem levar a mudanças profundas na vida das pessoas, incluindo maior espiritualidade, compaixão, e uma apreciação renovada pela vida. Além disso, as EQMs desafiam a compreensão científica, pois ocorrem em momentos em que o cérebro não parece funcionar.

    O artigo se concentra em EQMs induzidas por paradas cardíacas, que são o modelo mais próximo da morte física. Durante uma parada cardíaca, o cérebro para de funcionar e o EEG se torna plano em questão de segundos. Isso desafia a ideia de que a mente está ligada ao funcionamento cerebral.

    Além disso, o estudo discute a validação objetiva das EQMs, especialmente as experiências fora do corpo, que podem ser corroboradas por testemunhas. Existem dois tipos de experiências fora do corpo: aquelas que ocorrem na realidade física consensual e aquelas que acontecem fora dela.

    No geral, o artigo revisa estudos prospectivos sobre EQMs induzidas por paradas cardíacas, discute modelos fisiológicos e psicológicos propostos para explicar as EQMs e explora as implicações dessas experiências para o conceito de mente não local, desafiando a compreensão convencional da relação entre mente e cérebro.

    Estamos acostumados com a ciência convencional, que sempre analisa tudo com um olhar naturalista e materialista. É difícil imaginar que um estudo científico pudesse concluir que SIM! Pode haver consciência fora do corpo. O estudo em questão concluiu que: a ocorrência de experiências mentais e percepções vívidas durante as Experiências Fora do Corpo (EFC) durante uma parada cardíaca desafia a visão predominante, chamada fisicalismo, que sugere que a mente e a consciência são puramente produtos da atividade cerebral. Isso significa que a maioria das pessoas acredita que a mente está intrinsecamente ligada ao funcionamento do cérebro.

    No entanto, a ocorrência de EFC durante uma parada cardíaca, quando o cérebro está inativo e não mostra atividade em exames, sugere que a mente pode existir de forma independente do cérebro. Isso levanta a ideia de que o cérebro atua como um filtro que normalmente restringe nossa percepção e experiência a níveis puramente físicos da realidade.

    A implicação final é que as Experiências de Quase Morte (EQM) durante paradas cardíacas apoiam a ideia revolucionária de que a mente é "não local", ou seja, não está ligada ao cérebro. Se essa ideia fosse reconhecida pela comunidade científica, poderia potencialmente levar a uma grande mudança de paradigma na ciência, desafiando as crenças estabelecidas sobre a relação entre mente e cérebro. Em resumo, a conclusão destaca a importância dessas experiências para a compreensão da mente e da consciência humanas.

Link para o estudo: https://www.scielo.br/j/rpc/a/X4qkcGZS4N8DwthdQBPhBHg/?lang=en


quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Oklahoma, no EUA, aprova uso de armas dentro de igrejas?

Fiéis poderão usar força letal contra invasores violentos sem se preocupar com a Justiça




Em novembro de 2017, um homem invadiu uma Igreja Batista na cidade de Sutherland Springs, no Texas, Estados Unidos, e abriu fogo contra os fiéis. O tiroteio chocou o país e acabou gerando diversas medidas para evitar que se repita. Em um delas, o estado de Oklahoma aprovou o uso de armas de fogo dentro de igrejas como resposta a ameaças violentas sem que haja a possibilidade de responder na Justiça.

A medida foi assinada pela governadora do estado, Mary Fallin, e alterou uma legislação já existente em Oklahoma chamada de “defenda seu espaço”. A mudança incluiu templos e locais religiosos como os permitidos para o uso de força letal contra invasores.


Com isso, ficará proibido que sejam instaurados processos ou acusações penais contra qualquer um que efetue disparos em defesa própria dentro de igrejas ou em outros lugares em que ocorram cultos. A lei já era válida para residências e locais de trabalho.

Fonte:https://pleno.news/mundo/oklahoma-no-eua-aprova-uso-de-armas-dentro-de-igrejas.html

Se o aumento da riqueza em uma sociedade gera ateísmo porque os Estados Unidos são tão religiosos?


Um dos argumentos mais utilizados pelos ateus para defender os seus pontos de vista de que o ateísmo é bom para a sociedade é de que os países mais prósperos são de maioria ateia de fato eu não concordo com isso na verdade os ateus são minoria em todos os países geralmente os ateus eles usam pesquisas enviesadas para provar o seu ponto de vista dando a entender que a maioria dos países desenvolvidos são ateus o que é falso.

Mas esse não será o foco da postagem de hoje o foco será a diferença entre a igreja europeia e a igreja Americana.

Nas últimas décadas a igreja protestante vem enfrentando uma verdadeira queda em todos os seus sentidos na Europa tanto no número de pessoas que se dizem protestantes quanto no número de pessoas que frequentam a igreja protestante.

Porém em contrapartida nós vemos o contrário acontecer na América Latina e nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos é a maior potência econômica do mundo porém diferente dos outros países que são ricos eles apresentam um alto índice de pessoas religiosas mas por que isso acontece na América e não na Europa.

A resposta é mais fácil do que se possa imaginar a maioria dos países europeus de maioria protestante optaram  por um único ramo do protestantismo por exemplo a Suécia a religião oficial é o luteranismo sendo que a profunda interferência de políticos em questões religiosas.

Nos Estados Unidos há prevalência de denominações protestantes livres enquanto na Europa a prevalência de igrejas estatais controladas pelos governos.

Os líderes judeus nos tempos de Jesus eles eram corruptos porque eles não eram eleitos segundo a lei de Moisés mas segundo a conveniência política dos romanos e o mesmo acontece nos dias de hoje os bispos da igreja anglicana da Inglaterra não são escolhidos segundo o seu conhecimento teológico mas segundo a conveniência política de quem está no poder.

Em outras palavras essas igrejas nada mais são do que uma extensão do Estado o mesmo não se encontra nos Estados Unidos aonde nós vemos vários ramos do protestantismo luteranismo anglicanismo metodismo e pentecostalismo.

Enquanto alguns Ramos do protestantismo estão morrendo nos Estados Unidos outros estão em pleno crescimento.

Podemos dizer que existe no meio protestante uma certa seleção natural as igrejas que melhor desempenha o seu papel crescem na sociedade mas aquelas que fazem um caminho errado acabam sendo penalizadas e desaparecendo.

Na Europa décadas de politicagem mataram as igrejas protestantes pois em sua maioria são igrejas estatais que pregam não as escrituras sagradas mas política.

Essas igrejas estatais matam a fé das pessoas ensinando que a fé é uma coisa do privado não há vento participação pública nela porém não é bem assim.

Se os cristãos são minoria em um determinado lugar é óbvio que a bíblia só deve influenciar a vida deles e nada mais.

Mas se esses vierem a crescer em número até o ponto que ele cheguem a ser 80 ou 90% da população mesmo que eles não queiram é óbvio que a sua fé vai influenciar questões políticas sociais e culturais da sociedade isso é chamado de força numérica.

A fé é uma coisa que primeiramente é vivida no privado mas ela também não é vivida só no privado ela é vivida na comunidade em público a sua fé ela deve influenciar o que você come o que você bebe a forma como você se veste fala e se comunica dentro da sociedade ou pelo menos deveria ser assim para aqueles que se dizem verdadeiramente cristãos.

São esses os dois elementos principais que vem matando a igreja europeia igrejas estatais e a ideia de que a fé é uma coisa exclusivamente do privado se as igrejas europeias quiserem evitar a sua morte elas deveriam buscar consertar esse tipo de coisa e buscar diversificar o número de denominações em seus países além de é claro acabar com a influência política em questões que deveriam ser meramente bíblicas.