Demonologia é o estudo de demônios ou crenças sobre demônios, especialmente os métodos usados para convocá - los e controlá - los. O sentido original do ''demônio'', desde o tempo de Homero em diante, era um ser benevolente, mas em inglês o nome agora contém conotações de malevolência. (Para manter a distinção, ao se referir à palavra em seu significado grego original, o inglês pode usar a ortografia ''Daemon'' ou ''Daimon'').
Os demônios, quando considerados espíritas, podem pertencer a qualquer das classes de espíritos reconhecidas pelo animismo primitivo. Ou seja, podem ser almas humanas ou não, ou espíritos não desencarnados que nunca habitaram um corpo. Uma distinção nítida é frequentemente feita entre duas classes, nomeadamente pelos melanésios, vários grupos africanos e outros. Os Jinn árabes, por exemplos, não são, redutíveis às almas humanas modificadas.
Prevalência de Demônios
De acordo com algumas sociedades, todos os assuntos da vida devem estar sob o controle dos espíritos, cada um governando um certo ''elemento'' , e eles mesmo em sujeição a um espírito maior. Por exemplo, os inuit dizem acreditar nos espíritos do mas, da terra e do céu, dos ventos, das nuvens e tudo na natureza. A crença tradicional coreana postula inúmeros demônios que habitam o mundo natural, eles enchem objetos domésticos e estão presentes em todos os locais.
Na antiga Babilônia, a demonologia influenciou até os elementos mais mundanos da vida, desde pequenos aborrecimentos até as emoções de amor e do ódio. Os inúmeros espíritos demoníacos foram encarregados de várias partes do corpo humano, um para a cabeça, uma para o pescoço e assim por diante. Filósofos gregos como Porfírio, que reivindicaram a influência do platonismo e os pais da Igreja Cristã, consideraram que o mundo estava impregnado de espíritos, o último dos quais avançou a crença de que os demônios receberam o culto dirigido aos Deus Pagão. Muitas religiões e culturas acreditam, ou acreditaram uma vez, que o que agora é conhecido como adivinhação, foi, ou é, uma forma de contato físico com os demônios.
Demonologia Cristã
As mais extensas exposições sobre demonologia cristã são o Malleus Maleficarum, de Heinrich Kraemer (Onde na verdade, narra histórias acontecidas na Inquisição), Demonolatria, de Nicolas Rémy, e Compendium Maleficarum, de Francesco Maria Guazzo.
A demonologia se refere a catálogos que tentam nomear e definir uma hierarquia de demônios e espíritos malignos. Nesse sentido, a demonologia pode ser vista como uma imagem em espelho ou um ramo da angeologia, que estuda os anjos.
Os grimórios de ocultismo são tomos que conteriam os feitiços dessa versão da demonologia, contendo instruções de como convocar demônios e (espera - se), submetê - los à vontade do conjurador, embora nem todos os ocultistas antigos ou modernos necessariamente conjurem demônios. Não se podendo generalizar, em nenhuma circunstância, pois a maioria dos grimórios representam filosofias de vida e plantas curativas de magia branca.
Islamismo, Judaísmo e Zoroastrismo
Segundo a Igreja Católica, Deus criou anjos e entre eles havia um chamado Lúcifer, que era dito ser o mais belo. O nome Lúcifer significa ''A Estrela do Amanhã. Este anjo quis ser como Deus. Esse foi o Primeiro pecado existente, com isso ele foi exilado dos céus.
Muitos estudiosos acreditam que o Judaísmo recebeu originalmente os conceitos de escatologia, angelologia e demonologia do Zoroastrismo, ideia essa que soa de forma anacrônica, tendo em vista que os primórdios da raiz doutriná angelológica, demonológica e escatológica do Judaísmo tem suas respectivas gênesis na torah (1500 a.C) e nos Neviim (a partir do ano 730 a.C. aproximadamente), o que inviabiliza tal teoria tendo em vista que o Zoroastrismo surgiu somente no século IV a.C., pouco depois do retorno judaico do cativeiro Babilônico (quando todas as profecias escatológicas seriam canonizadas), que esses conceitos fossem recebidos como parte da tradição oral vinda por meio de Adão, Noé e os três patriarcas Abraão, Isaac e Jacó. Na tradição do Zoroastrismo, Aura - Mazda, força do bem, eventualmente seria vitorioso em uma batalha com a força do mal conhecida como Arimã.
No Corão, quando Deus ordenou àqueles que presenciaram a criação de Adão, que se ajoelhassem perante ele, ''Iblis'', se recusou a fazê - lo e então foi condenado por recusar a obedecer a vontade de Deus. O Novo Testamento afirma explicitamente a existência de espíritos adversário. No Cristianismo, Satã é o líder de uma força do mal se opondo ao todo bondoso Deus.
Budismo e Hinduísmo.
Algumas correntes do Budismo afirmam a existência do inferno povoado por demônios que atormentam os pecadores e tentam os mortais a pecar, ou aqueles que buscam contrariar sua iluminação, com um demônio chamado Mara como chefe. O hinduísmo contém tradições de combates entre seus Deuses e vários adversários, como o combate de Indra e Vritra. Outras correntes do Budismo usam 6 infernos e demônios apenas como metáforas para estados de consciência, e não utilizam o conceito de pecado, mas sim ação e reação, causa e efeito, Karma. Onde uma pessoa que comete, por exemplo, algum tipo de violência, poderá ter pensamentos ruins, angústias, arrependimento, insônia, traumas emocionais.
Líderes do Inferno - Top 4
Para Binsfield, Lúcifer era o orgulho, já que foi sua soberba perante Deus que causou sua desgraça. Segundo Michaelis, ele seria também o líder da ''primeira esfera' do inferno, reservada a ex-querubins, serafins e tronos. (Belzebu seria seu braço direito e segundo no comando).
Mamon
O nome é aramaico e significa ''riqueza''. Não por acaso, Binsfield o remete à avareza. Aparece em doi Evangelhos, de Lucas e Mateus. Neste último é citado no versículo ''Você não pode servir a Deus e a Mamon'', também traduzido, algumas vezes, como ''Você não pode servir a Deus e ao dinheiro''.
Belzebu
Em 1589, o teólogo e bispo alemão Peter Binsfield associou cada demônio a um pecado. Este aqui causaria a gula. Sua imagem veio do Deus da fertilidade Baal, idolatrado pelos cananeus, mas considerado um falso ídolo pelos cristãos. Textos de 1613 do inquisidor francês Sebastian Michaelis, porém, o consideram a origem do orgulho.
Azazel
Binsfield dizia que esse era o líder de um grupo de anjos caídos que faziam sexo com mulheres mortais. Foi ele quem teria ensinado aos homens como fabricar armas de guerra - por isso, está ligado à ira. Michaelis discorda: ele propõe que esse pecado era causado pelo ex - príncipe dos querubins Baalberith, que transformavam homens em assassinos.
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