segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Conheça todas as armas usadas pelos samurais




Aqui no Real World Fatos você já viu todas as armas usadas pelos ninjas, piratas, vikings, gladiadores e até agentes secretos, todas as matérias foram muito bem recebidas, então por que não fazer uma de samurais? Afinal, sem os samurais nem existiriam os famosos ninjas.

Samurais eram os soldados da aristocracia do Japão durante o período entre 930 até o ano de 1877, quase todos eles seguiam um código de honra chamado Bushido. Os samurais tornaram-se a classe dominante do Japão em 1185, com a fundação do primeiro xogunato por Minamoto. Com a restauração Meiji, em 1868, os samurais perderam o poder para o imperador e declinaram rapidamente, sendo perseguidos até o extermínio, que ocorreu após o fim da Rebelião Satsuma, nove anos depois. Suas principais características eram a grande disciplina, lealdade e sua grande habilidade com diversas armas.

Confira agora todas as armas usadas por esses lendários guerreiros.



Vamos começar com o kabuto, que embora não fosse uma arma era sempre parte da vestimenta samurai. Kabutos eram os capacetes usados pelos guerreiros, normalmente eles eram adornados e serviam obviamente para proteger eles de ataques inimigos e de quedas acidentais.




Embora samurais pudessem usar roupas simples no dia-a-dia, na guerra eles se vestiam com uma armadura. Esse tipo de roupagem já era comum no Japão antes do aparecimentos dos samurais, mas foram eles que popularizaram elas na cultura popular. Seu único objetivo era proteger os soldados e não prejudicar os seus movimentos.




Pode parecer estranho mas as estrelas ninjas eram originalmente usadas por samurais, mas com uma pequena diferença, eles normalmente usavam para lutar e os ninjas para distrair.

As shurikens eram usadas como armas escondidas nas armaduras, elas serviam como facas e também para serem arremessadas. Os alvos mais comuns eram as artérias, mas na hora do desespero qualquer lugar servia.



Conheça o kakute, um pequeno anel com pontas afiadas usados como arma pelos samurais, depois os ninjas roubaram elas e as popularizaram na cultura oriental.
Basicamente ele era um anel pontudo que podia perfurar os olhos, pescoços e qualquer parte sensível do corpo do inimigo.



Uma corrente com um peso nas duas pontas, essa é a kusari-fundo, os samurais usavam elas em lugares onde carregar espadas era proibido, ela também servia para prender criminosos sem matar ou aleijar eles.
Embora pareça uma arma pesada ela normalmente pesava cerca de 112 gramas.



O truncheon era mais uma arma não-letal carregada pelos guerreiros, com uma ponta grossa ela era basicamente o antepassado dos cassetetes que a polícia carrega hoje em dia. Mais uma vez ela era usada na hora de prender criminosos ou quando carregar espadas era proibido.



A foice e a corrente era uma arma conjunta mas que podia ser usada separadamente, seu nome é kusarigama, ela era usada da seguinte maneira: primeiro a corrente era jogada na arma ou no braço do inimigo para desarmá-lo, depois era só matar com a foice.



A corda rápida era uma grande ferramenta samurai, ela era apenas um pedaço de corda simples com um gancho na ponta, e servia para amarrar prisioneiros, só que cada prisioneiro (dependendo da classe social e crime cometido) tinha de ser amarrado de um jeito próprio, e os samurais tinham de memorizar todos os tipos.



A sasumata era mais uma ferramenta que os samurais usavam para prender bandidos. Era sempre perigoso chegar muito perto de um alvo, ainda mais com o surgimento dos ninjas que usavam armas escondidas, por isso o jeito era usar essa arma longa para prender braços, pernas e juntas. Algumas delas tinham até 2 metros de altura.



Era comum que samurais carregassem espinhos e pequenas facas escondidas na capa de suas espadas, mas os espinhos não eram armas usadas para matar, depois de muito tempo pesquisadores descobriram que eles eram usadas para furar a orelha dos inimigos mortos, assim eles podiam colocar uma etiqueta de identificação no cadáver, ele também podia era usado para empurrar a língua do morto de volta para sua boca, se eles não fizessem isso era considerado desrespeito.
Já a faca era uma arma, mas também um meio de comunicação, como todas as facas eram customizadas, se um guerreiro precisasse mandar uma mensagem ele mandava a faca junto para provar que a carta era mesmo dele.



Ao contrário dos ninjas que tinham de se esgueirar por aí, samurais podiam andar livremente e para isso eles precisavam de cavalos.

Os cavalos eram uma parte essencial do equipamento samurai, ainda mais porque a especialidade deles era usar arco e flecha enquanto montados. Cada cavalo tinha sua própria armadura (feita de couro principalmente) para protegê-los de ataques inimigos. E graças ao código de honra dos samurais eles tinham de tratar os cavalos com muito cuidado, sem abusar deles em nenhum momento, mas claro que nem todos obedeciam isso.




A yari é a famosa lança dos samurais, lutar de perto nem sempre era viável por isso usar lanças era comum nas batalhas, principalmente se eles estivessem a cavalo e o inimigo no chão. Algumas dessas lanças tinham mais de 3 metros de altura.
No século XVI essa arma se tornou a mais popular do arsenal samurai, até mais do que o arco e flecha.


Antes da yari se tornar a mais popular os samurais também usavam a naginata, ela foi originalmente usada ​​pela classe samurai do Japão feudal, assim como pelos ashigaru (soldados de infantaria) e sōhei (monges guerreiros).
A naginata vinha em duas versões principais, as usadas por homens (ō-naginata) e a usada por mulheres (ko-naginata), que era menor do que a dos homens.



Yumi, esse era o nome do arco e flecha samurai, um simples pedaço de madeira, uma linha e uma flecha era a arma mais mortal do samurai treinado, afinal eles sabiam atirar com precisão até mesmo enquanto cavalgavam. E se você está achando que esse arco é pequeno está muito enganado, os mais antigos tinham dois metros de altura e precisavam de 20 kg de força para serem puxados.



A daishô era uma das espadas usadas pelos samurais, na verdade ela era duas espadas: uma grande e uma pequena, daí o seu nome que significa "grande-pequena". No começo eles usavam apenas uma em combate, mas depois eles aprenderam a usar ambas simultaneamente.



A hata-jirushi eram as bandeiras que os samurais carregavam, normalmente elas representavam de qual regimento militar eles faziam parte, ela não era usada como arma, mas sempre fazia parte do equipamento militar e vinham em vários formatos diferentes.



A horagai era uma simples concha, mas ela era importante para os samurais, graças ao pedaço de metal que eles afixavam na ponta da concha eles podiam usar elas como trompetes de guerra. Cada som significava uma coisa, eles podiam usar ela para indicar quando atacar, recuar, se reagrupar, etc. Até hoje filmes de samurais usam o som dessa concha na trilha sonora.



A kabura-ya era outra forma que os samurais encontraram de chamar a atenção, ela era uma flecha especial, seu cabo tinha sulcos e furos que faziam com que ela "assobiasse" quando atirada, servindo aos samurais como um localizador visual e sonoro. Ela também servia para avisar o inimigo que ele seria atacado (o código de honra não gostava muito de matar de surpresa), para espantar os maus espíritos, pedir ajuda aos bons e para mandar mensagens (amarrando um papel na flecha).
Hoje em dia, acredite ou não, elas são vendidas em lojas como amuletos de boa-sorte.



A kabutowari era uma lâmina pequena usada como arma secundária, elas chegavam a até 45 cm, o gancho na ponta servia para prender a espada do inimigo, prender as cordas da armadura ou capacete, ou abrir a armadura inimiga como um abridor de latas moderno.



A kaginawa ("kagi" = gancho e "nawa" = corda) era a arma usada pelos samurais para escalar muros e paredes, agarrar inimigos e puxar barcos, ela era usada principalmente na invasão de castelos, e embora ela seja parecida não confunda ela com a corda rápida usada para amarrar prisioneiros. Cada corda podia ter até 4 ganchos na ponta.



A kaiken era a adaga samurai, uma pequena faca de 25 cm, ela podia ser afiada de apenas um lado ou dos dois, era carregada tanto por homens quanto mulheres e era usada para autodefesa e em lugares onde eles não podiam estar armados.

A faca também era usada para cometer suicídio ao cortar o pescoço. Toda esposa de samurai carregava uma, seja para se defender ou se matar.



A kama originalmente era uma ferramenta usada em plantações, não demorou muito e as escolas de artes marciais passaram a usá-la, logo samurais e ninjas também estavam usando. Essa arma era usada para atacar, prender e desarmar os inimigos.


Hoje em dia ela ainda é vendida em lojas de ferramentas agrícolas ao redor do mundo.



A makibishi são pequenos espinhos que eram jogados no chão na esperança de que os inimigos pisariam nelas. Embora elas fossem originalmente armas samurais ninjas usavam mais elas, já que o estilo combinava mais com eles.




O ono era o machado samurai, mais uma ferramenta agrícola que se transformou em arma, ele podia ser fatal mesmo se usado por alguém inexperiente.




Ōtsuchi era a marreta de guerra asiática, ela tinha 1,80 m de altura, mas sua principal função não era matar inimigos, ela era usada para quebrar portas e paredes para que os samurais invadissem o local.



O saihai era uma espécie de cassetete usado apenas pelos comandantes, ou seja, carregar um era sinal de sua posição militar.

A arma era basicamente um pedaço de madeira com pontas de metal, o pelo normalmente era de iaque, papel, pano ou couro, ele servia para fazer movimentos que alertavam e passavam ordens as tropas.



Antes de virar um samurai você tinha de treinar, e treinar muito, para isso eles usavam a shinai, uma espada de madeira que faz um grande estralo quando acerta um alvo, mas não machuca, assim eles sabiam quando alguém acertava alguém e ninguém saia do dojô com um braço a menos.

A bokken era outra espada de madeira que eles usavam para treinar, só que mais parecida com a katana.



A tachi era uma espada comumente usada por samurais, ela era mais curvada e maior do que a katana, na verdade ela foi quem inspirou o surgimento das katanas.



A zanbatô, cujo nome significa "espada corta cavalo", era uma espada longa usada para atacar os soldados montados, seu tamanho permitia matar o cavalo e depois o cavaleiro. Apenas seu cabo tinha 46 cm e a lâmina tinha quase 1,15 m.



O tantô era uma faca que começou como arma e terminou como objeto de decoração, com 30 cm de comprimento ela era feita para esfaquear os inimigos diretamente. Ela é a vovó das facas táticas usadas por soldados do mundo inteiro atualmente.



Os samurais foram uma grande parte da história, grande mesmo, eles ficaram na ativa por 947 anos, quase um milênio, na verdade eles existem até hoje, mas agora eles se chamam tecnicamente de yakuza.

Durante todo esse tempo a tecnologia militar evoluiu muito, e se os samurais não quisessem ficar obsoletos eles tinham de se atualizar, uma dessas evoluções foi a tanegashima, um tipo de arma de fogo introduzida no Japão pelos portugueses em 1543. A tanegashima foi utilizada pelos ashigaru, uma classe de samurais. Alguns anos depois da sua introdução, esta nova arma alterou por completo a forma como a guerra passou a ser feita no Japão.

Essas armas eram mais poderosas que o arco e flecha, mas comparadas as armas modernas elas não eram muito coisa, para se ter uma ideia no tempo que levava para alguém atirar e recarregar a arma um samurai podia atirar 15 flechas com um arco, e como o alcance da arma era de apenas 100 metros era comum que a armadura deles ricocheteassem as balas.



A bajō-zutsu foi outra dessas inovações, ela era uma pistola usada pela cavalaria, seu alcance era pequeno e se a umidade estivesse alta a pólvora não disparava.



A bo-hiya, também chamada de flecha de fogo, era uma espécie de flecha lançada com pólvora ao invés de um arco. O problema é que mais uma vez a arma foi roubada dos samurais, não pelos ninjas mas pelos piratas, que usavam elas para atacar navios.



A yoroi-dōshi era chamada de fura-armadura, então você já deve saber pra que ela era usada, ela era uma faca extra grossa de 20 cm feita exclusivamente para atravessar a armadura samurai. A faca era guardada dentro do cinto nas costas ou no lado direito com o punho em direção à frente e à borda para cima. Devido a ser guardada na direita a lâmina era desembainhada usando a mão esquerda, o que podia dificultar o seu uso.



Samurais viviam por um código de honra, e se eles fossem desonrosos o único jeito de livrar ele e sua família da vergonha era fazendo um ato extremo, cometendo sepukko, ou seja, suicídio. Normalmente para isso eles usavam a wakizashi, uma espada de 50 cm usada como secundária durante batalhas, os samurais se sentavam e cortavam o estômago horizontalmente, aí cortavam a garganta ou esfaqueavam o próprio coração. Se ele não conseguisse ir até o fim ele podia ter a ajuda de outra pessoa.

Além da wakizashi a tantô também podia ser usada no ritual.



Finalmente chegamos na espada mais famosa de todos os tempos: a katana, hoje em dia é impossível se falar de samurais e ninjas sem mencionar essa espada mas, embora todos relacionem katanas com samurais, elas não eram a arma principal deles, essas espadas curvadas eram mais usadas em duelos e cerimônias do que em guerras.

Seu cabo longo permitia que os samurais segurassem ela com duas mãos, ela tinha cerca de 60 cm e só era afiada de um lado, por isso podia ser usada para matar ou apenas machucar, mas o que realmente chamava a atenção na katana era o seu corte, um dos melhores já vistos, até mesmo historiadores ocidentais se espantavam com ela e a espada foi julgada uma das melhores armas de corte da história militar. 

Fonte:https://www.realworldfatos.com/2018/01/conheca-todas-as-armas-usadas-pelos.html

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Conheça 13 florestas mais mal-assombradas pelo planeta



A escuridão de florestas misteriosas faz com que, muitas vezes, elas incitem lendas e histórias de assombrações, fenômenos inexplicáveis e histórias assustadoras. O site Travel and Leisure preparou uma lista das florestas mais mal-assombradas do planeta. E você, arriscaria um passeio por uma delas?



Floresta Negra, Alemanha

Foto: DZT


Conhecida como “O Mar de Árvores”, a floresta de Aokigahara ocupa a base noroeste do monte Fuji. Rumores indicam que fortes concentrações de ferro subterrâneas interferem com o funcionamento de bússolas, fazendo com que passeantes se percam na floresta. O local também é conhecido por ter numerosos suicídios registrados. Os habitantes dizem que os espíritos destes mortos gritam durante as noites.


Floresta Negra, Alemanha


Muitos dos contos dos irmãos Grimm foram situados nesta floresta situada ao longo do rio Reno, no Sudoeste da Alemanha. A Floresta Negra é tão densa que a luz do sol raramente passa entre as copas das árvores, criando um cenário ideal para fábulas de personagens como lobisomens, bruxas e gnomos.


Floresta de Wychwood, Inglaterra


Antigamente a Floresta de Wichwood ocupava uma grande área na região de Oxfordshire, no centro da Inglaterra. Hoje, seus vestígios são escassos, mas as lendas que ficaram famosas com os anos ainda persistem, com moradores que afirmam ter visto aparições de figuras misteriosas durante passeios.


Devil’s Tramping Ground


A uma curta distância de Siler City, no estado americano da Carolina do Norte, uma área de acampamento em meio à floresta é conhecida como Devil’s Tramping Ground (A Zona de Caminhadas do Diabo, em tradução livre). A lenda diz que um grande anel de terra onde a vegetação não cresce é usado pelo diabo para andar em círculos durante as noites, assustando os visitantes.


Dow Hill, Índia


Situado na região oeste de Bengala, na Índia, o colégio Victoria Boys School abriu no século 19 e é conhecido por, supostamente, ser mal-assombrado, com passos misteriosos em seus corredores.  A floresta de Dow Hill, que rodeia a escola, tem ainda mais atividade paranormal, com numerosas histórias assustadoras como a aparição de uma criança sem cabeça passeando pela área.


Floresta de Hoia-Baciu, Romênia


A região romena da Transilvânia é famosa por ser o lar do conde Drácula. Mas essa não é a única história assustadora da área. Os moradores que vivem cerca da floresta de Hoia-Baciu afirmam que o local é um portal para o  além, e que aqueles que passeiam por seus caminhos recebem vibrações intensas, sentindo-se enjoados e desconfortáveis o tempo inteiro.


Isla de las Muñecas, México


Situada numa rede de rios e córregos ao sul da Cidade do México, a Isla de las Muñecas (Ilha das Bonecas), tem um efeito de arrepiar criado por centenas de bonecas penduradas nos troncos das árvores. Após a morte de uma criança, achada flutuando na área, um morador encontrou uma boneca e decidiu colocá-la numa árvore em forma de homenagem. Hoje, inúmeras bonecas, algumas delas despedaçadas, criam uma impressão para lá de sinistra.


Floresta Estadual de Freetown-Fall River, Estados Unidos


A Floresta Estadual de Freetown-River faz parte do Triângulo de Bridgewater, uma área do sudeste do estado americano de Massachusetts, conhecida pela sua intensa atividade paranormal. A floresta foi tomada de nativos americanos,  que deixaram para trás vários  cemitérios que teriam sido palco de assassinatos satânicos nas décadas de setenta e oitenta. Hoje, o local recebe  diferentes aparições de OVNIs e fenômenos inexplicáveis.


Randolph Forest, Estados Unidos


Pequena comunidade situada dentro de uma floresta do estado de Maine, Randolph Forest é conhecida por ser a menor cidade dos Estados Unidos, mas também tem fama de ser mal-assombrada. Ao lado dos trilhos do trem e carros abandonados, os habitantes veriam aparições de luzes e barulhos estranhos e assustadores durante a noite.


Floresta de Epping, Inglaterra


Antiga floresta real na periferia de Londres, a floresta de Epping já serviu como esconderijo para muitos criminosos. Um dos mais notórios foi Dick Turpin, executado em 1739, e cujo espirito ainda vagaria na região. Um programa de televisão fez uma reportagem tentando encontrar o fantasma de Turpin, mas acabou se perdendo na floresta.


Robinson Woods, Estados Unidos


A floresta de Robinson Woods, no estado americano de Illinois, é o lugar onde está enterrado Alexander Robinson antigo chefe das nações nativo americanas dos Pottawamoties, Ottawa e Chippewa. Durante a noite, estranhas aparições de luzes, que seriam os espíritos de Robinson e sua família, surpreendem os visitantes.


Bosque de Firth, Inglaterra


No começo do século dezenove, perto do Bosque de Firth, nos subúrbios de Londres, uma casa foi transformada em prisão para soldados franceses capturados nas Guerras Napoleônicas. Uma mulher se apaixonou por um destes soldados, que foi espancado até a morte pelo pai e irmão dela. Poucos dias depois, sem suportar a dor, a moça acabou se suicidando. Habitantes locais afirmam que, até os dias de hoje, seu espírito anda freneticamente assombrando o bosque de Frith em busca de seu amor.


Bosques de Old House, Estados Unidos


Situado perto da baía de Chesapeake, no estado de Virginia, os Bosques de Old House são um suposto refúgio os espíritos de soldados e piratas que passaram pelo histórico porto de Mathews.  O local é visitado por turistas em busca de emoções fortes e histórias para contar, mas só os mais corajosos passam a noite inteira em meio à escuridão da floresta.

Fonte:https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/turismo/internacional/conheca-13-florestas-mais-mal-assombradas-pelo-planeta,26d29332ee46a310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html


Jesus e os pobres: nenhuma semelhança com o socialismo

Julio Severo

Hoje a pobreza é quase tão comum quanto as doenças. Na época do ministério terreno de Jesus, essa realidade era muito mais forte. Nos Evangelhos, Jesus curava com muita freqüência, principalmente os pobres. Contudo, mesmo encontrando multidões de pobres diariamente, ele só os alimentou em duas ocasiões específicas, não porque simplesmente eles eram pobres, porém porque nessas ocasiões as multidões vieram ouvir o Evangelho cedo de manhã e permaneceram com ele três dias inteiros ouvindo o Evangelho. As multidões passaram tanto tempo ouvindo a Palavra de Deus dos lábios de Jesus que ficou muito tarde, quase de noite, no terceiro dia para voltarem e se alimentarem, pois o lugar em que estavam era deserto e distante, longe de casas e lugares onde poderiam encontrar alimento.

Não há a menor dúvida de que se os adeptos do Evangelho social estivessem no lugar de Jesus, eles alimentariam os pobres já no primeiro dia e todos os dias, ou então utilizariam a maior parte de seu tempo não para proclamar e demonstrar o Evangelho do Reino de Deus, mas para pressionar as autoridades para cobrarem mais impostos para ajudar os pobres.

O Evangelho social dos evangélicos progressistas (ou esquerdistas, petistas, comunistas, socialistas, adeptos da teologia da libertação ou qualquer outro rótulo que eles utilizem) é tão convidativo quanto a visitação de um anjo de luz trazendo um evangelho cheio de propostas interessantes para os pobres. Mas assim como nem tudo que reluz é ouro, nem tudo o que tem aparência angelical é de Deus.

Tal qual os evangélicos progressistas, a igreja primitiva tinha também uma preocupação obsessiva de ajudar todos os pobres da sociedade? A igreja primitiva tinha como principal missão pressionar o governo para “ajudar” todos os pobres? Não. A igreja primitiva não só não ajudava todos os pobres da sociedade, como também era extremamente seletiva na assistência aos pobres que estavam em seu meio.

Quando a nação de Israel estava passando por uma crise geral de fome, Paulo mobilizou as igrejas de outros países para ajudar — não os pobres em geral da nação de Israel, mas somente as igrejas, que também estavam passando necessidade. E mesmo nas igrejas, a ajuda não era dada a qualquer pessoa.

A ajuda de Paulo era distribuída dentro das igrejas judias. E qual era o padrão que Paulo utilizava para ajudar quem era da igreja? Uma boa pista de como Paulo e as igrejas procediam na assistência aos pobres encontra-se no texto em que Paulo trata da questão das viúvas pobres nas igrejas. De acordo com Paulo, essas viúvas pobres só poderiam receber assistência material da igreja se tivessem demonstrado bom testemunho durante sua vida. Paulo recomenda a Timóteo, um dos pastores sob sua liderança:

Cuide das viúvas que não tenham ninguém para ajudá-las. Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, são eles que devem primeiro aprender a cumprir os seus deveres religiosos, cuidando da sua própria família. Assim eles pagarão o que receberam dos seus pais e avós, pois Deus gosta disso. A verdadeira viúva, aquela que não tem ninguém para cuidar dela, põe a sua esperança em Deus e ora, de dia e de noite, pedindo a ajuda dele. Porém a viúva que se entrega ao prazer está morta em vida. Timóteo, mande que as viúvas façam o que eu aconselho para que ninguém possa culpá-las de nada. Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente dos da sua própria família, negou a fé e é pior do que os que não crêem. Coloque na lista das viúvas somente a que tiver mais de sessenta anos e que tiver casado uma vez só. Ela deve ser conhecida como uma mulher que sempre praticou boas ações, criou bem os filhos, hospedou pessoas na sua casa, prestou serviços humildes aos que pertencem ao povo de Deus, ajudou os necessitados, enfim, fez todo tipo de coisas boas.” (1 Timóteo 5:3-10 NTLH, o destaque é meu.)

Contudo, os evangélicos progressistas têm ambições muito mais elevadas para “ajudar” as viúvas e outros necessitados. Eles não querem simplesmente que as igrejas ajudem todos os pobres. Eles querem que o governo faça isso. Na proposta deles, os nossos recursos, através de impostos, seriam redistribuídos pelo governo para atender às necessidades dos pobres, quer esses necessitados mereçam ou não. Se não é justo quem trabalhou não receber o que merece, também não é justo o imposto do trabalhador se escoar na assistência a pobres que vivem na imoralidade ou outros tipos de perversão. Afinal, ao contrário das pregações “proféticas” dos progressistas, a corrupção, o mal, a imoralidade e a perversão não são qualidades exclusivas dos ricos.

A Bíblia é bem clara que todos são pecadores: ricos e pobres, pretos e brancos, etc. A Bíblia também é bem clara na orientação para a igreja de quem dos necessitados merece a assistência da igreja. A igreja tem o chamado de ajudar, sob a direção da Palavra de Deus, e tem o chamado igual de fazer uma triagem de quem merece e não merece ajuda. Só os pobres moralmente aptos são qualificados. Tal norma não era legalismo, mas medida prudente. Seu autor, o apóstolo Paulo, era um ardente combatente contra o legalismo, sempre condenando-o. Assim, quem tentasse julgar essa triagem necessária como legalismo estaria apenas fazendo julgamento precipitado e cruel da preciosa direção de Paulo à igreja em suas responsabilidades para com os necessitados.

Precisamos então aprender com Jesus a ter como principal preocupação levar os Evangelho aos pobres. E precisamos aprender com Paulo a ajudar os pobres com amor e prudência. É claro que essa tarefa só pode ser melhor realizada pela igreja. Por mais boa vontade que o governo tenha em cumprir tudo o que os progressistas desejam, a fria máquina governamental jamais saberia aplicar os princípios bíblicos, pois não pode substituir nem a Deus nem a igreja, embora lute incansavelmente para ocupar ambas as posições.

Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual (Editora Betânia).

Fonte: www.juliosevero.com.br

 
    

Evangélicos, que são uma força crescente no Brasil, vão impactar eleições

Marcelo Silva de Sousa

RIO DE JANEIRO (Associated Press) — Em uma eleição presidencial brasileira marcada por incertezas, há pouca dúvida sobre uma coisa: os eleitores evangélicos terão um grande impacto.
Evangélicos levantando as mãos durante louvor na igreja de Silas Malafaia (foto da Associated Press/Leo Correa)
Eles poderão ser um fator decisivo graças a seu número crescente de pessoas, presença em áreas remotas, bairros pobres e força organizacional, especialmente porque as corporações foram proibidas de fazer contribuições diretamente aos candidatos após o imenso escândalo de corrupção do país.
Tentativas de atrair evangélicos são evidentes na campanha antes da eleição de 7 de outubro. Nas últimas semanas, um dos principais candidatos chorou ao receber orações durante um culto em uma igreja evangélica. Outro prometeu mudanças legislativas na proibição do aborto no Brasil. Um terceiro realizou reuniões com vários dos pastores mais influentes de São Paulo, o estado mais rico e populista do Brasil.
“O voto evangélico é muito orgânico em que pastores e bispos têm um relacionamento com seguidores que influenciam o modo como eles votam,” disse Antonio Lavareda, que escreveu vários livros sobre a política brasileira. “É o oposto na Igreja Católica, onde, apesar de ter mais fiéis, os padres têm menos influência direta.”
Mulher dá oferta usando seu cartão de débito para a Assembléia de Deus Vitória na Igreja de Cristo (foto da Associated Press/Leo Correa)
Os evangélicos já exercem grande influência na política nacional. A chamado “bancada evangélica” no Congresso é formada por 87 deputados e três senadores, cerca de 15% de todos os legisladores federais.
Seus votos foram fundamentais para o impeachment de 2016 e a expulsão da presidente Dilma Rousseff por administrar ilegalmente o orçamento federal. João Campos, deputado e pastor que ajudou a liderar a bancada, disse que se opor a Dilma era uma maneira de defender os pobres que perderam seus empregos como consequência de escândalos por causa de propinas desde construtoras até políticos.
Os eleitores evangélicos do Rio de Janeiro também ajudaram a impulsionar Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, para prefeito da cidade mais famosa do Brasil em 2016.
Mulher distribui folhetos que apresentam o pastor evangélico Silas Malafaia com dois candidatos políticos (foto da Associated Press/Leo Correa)
O Brasil, um país profundamente religioso levemente maior que o território continental dos EUA, abriga o maior número de católicos do mundo — cerca de 123 milhões, segundo o último recenseamento de 2010. Mas os evangélicos estão crescendo e agora são 42 milhões, ou cerca de 20% da população total.
E há pouca comparação quando se trata de ativismo político. Enquanto o Vaticano desaprova o clero concorrer a cargos, muitos líderes evangélicos mergulham na política.
A influência dos evangélicos se estende à mídia. Edir Macedo, fundador da igreja de Crivella, é dono da TV Record, uma das maiores emissoras do Brasil. As igrejas evangélicas também são grandes compradores de tempo de televisão, de modo que programas religiosos podem ser vistos a qualquer hora do dia.
Silas Malafaia, um dos pastores mais influentes do Brasil, não vê nada de errado em tentar influenciar os votos dos membros de suas mais de 50 igrejas.
Pastor Silas Malafaia, um dos líderes evangélicos mais influentes do Brasil, não vê nada de errado em tentar influenciar os membros (foto da Associated Press/Leo Correa)
Durante uma recente entrevista à Associated Press, ele disse orgulhosamente que ele ajudou a eleger 25 deputados e cinco senadores. Seu próprio irmão é deputado estadual no Rio de Janeiro.
“Eu ajudo os candidatos a serem eleitos emprestando-lhes minha imagem e palavras,” disse Malafaia, que no púlpito e nas mídias sociais argumenta que candidatos de esquerda promovem “lixo moral” com posições liberais sobre o casamento gay e o aborto.
Malafaia tem sido explícito em seu apoio a Jair Bolsonaro, deputado de extrema direita e ex-capitão do Exército que prometeu reprimir o crime e erradicar a corrupção na política.
“No Brasil, precisamos de um macho como ele,” disse Malafaia, acrescentando que Bolsonaro “defenderá todos os valores e princípios da família cristã.”
No último final de semana, Malafaia visitou Bolsonaro no hospital, onde o candidato estava se recuperando após ser esfaqueado durante um evento de campanha em 6 de setembro.
“Deus é especialista em transformar caos em bênção,” disse Malafaia em um vídeo que ele postou no YouTube no quarto de hospital de Bolsonaro.
Albanita Alves, uma dona de casa que frequenta a Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Malafaia no Rio de Janeiro, diz que seguirá seu pastor.
“Temos a liberdade de escolher nosso candidato,” disse Alves. “Mas como homem de Deus, (Malafaia) tem uma visão mais ampla do que nós, por isso é importante que nós vejamos o ponto de vista dele.”
Uma evangélica se ajoelha em oração enquanto espera o pastor Silas Malafaia falar (foto da Associated Press/Leo Correa)
No mês passado, Bolsonaro, que é católico, chorou ao receber uma oração de bênção em uma igreja batista no Rio de Janeiro. Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo que também é católico, foi convidado especial durante uma reunião de pastores no estado no mês passado. Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente que pertence a uma igreja evangélica, recentemente prometeu aos evangélicos em Belo Horizonte, a terceira maior cidade do Brasil, que qualquer mudança na lei do aborto teria de ser feita por meio de plebiscito e não pelo Congresso.
O voto evangélico poderá ser mais importante do que no passado, pois o campo eleitoral está muito fragmentado, com mais de uma dúzia de candidatos lutando por vantagens.
Agora que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi liquidada por uma condenação por corrupção, Bolsonaro está liderando nas pesquisas — ao que tudo indica com a assistência de apoiadores evangélicos.
Enquanto ele recebe cerca de 26 por cento nas pesquisas de todos os eleitores, ele é apoiado por 33 por cento dos eleitores que se identificam como evangélicos, de acordo com uma pesquisa do instituto de pesquisa Ibope divulgada na terça-feira.
Simpatizantes se juntam para apoiar Jair Bolsonaro, candidato presidencial de direita que foi esfaqueado em um evento de campanha (foto da Associated Press/Andre Penner, arquivo)
Dez por cento dos evangélicos apoiaram Alckmin e Marina Silva e sete favoreceram Ciro Gomes. Muito longe atrás estava Fernando Haddad, que assumiu o lugar de Lula para o Partido dos Trabalhadores, de esquerda, embora a pesquisa tenha sido realizada antes de ele receber o apoio formal de Lula para a campanha presidencial.
A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre 8 e 10 de setembro e teve uma margem de erro de dois pontos percentuais.
“Hoje os candidatos mais alinhados com nossos valores são Alckmin e Bolsonaro, mas ainda precisamos conversar com eles para saber o que cada um está propondo,” disse o bispo Robson Rodovalho, um dos fundadores da Sara Nossa Terra, uma rede de igrejas evangélicas em todo o Brasil.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da Associated Press: Evangelicals, growing force in Brazil, to impact elections

Evangélicos representam a maior força conservadora nas eleições brasileiras

Julio Severo

Depois que a grande mídia americana, inclusive a direitista Fox News, disse que os evangélicos brasileiros são uma poderosa influência conservadora nas eleições (veja a reportagem: Evangélicos poderão colocar um candidato de direita na presidência do Brasil), agora é a vez da Europa. A Reuters, um serviço com sede em Londres que foi o primeiro serviço internacional de notícias do mundo, publicou a manchete “Evangélicos do Brasil dizem que candidato presidencial de extrema direita é resposta às suas orações.”
Evangélicos levantando as mãos durante louvor na igreja de Silas Malafaia (foto da Associated Press/Leo Correa)
Além disso, o serviço brasileiro da Deutsche Welle, da Alemanha, disse em uma manchete em português “A força dos evangélicos na eleição.”
Por que os evangélicos têm um enorme impacto conservador nas eleições brasileiras, mas não nas eleições europeias?
A explicação pode vir de uma fonte incomum: Marilena Chaui, filósofa marxista brasileira. Ela afirmou em 2016 que a principal oposição ao socialismo no Brasil é a Teologia da Prosperidade. O que está destruindo a hegemonia de esquerda no Brasil é, como ela disse, uma “operação cotidiana, minuciosa que foi feita no campo ideológico de convencimento da teologia da prosperidade…”
Portanto, não é de admirar que o principal líder liderando os evangélicos na onda política conservadora seja Silas Malafaia, um pastor das Assembleias de Deus que adotou princípios importantes da Teologia da Prosperidade. As Assembleias de Deus são a principal denominação evangélica no Brasil.
Os neopentecostais são a esmagadora maioria dos líderes conservadores entre os evangélicos.
Pelo fato de que a Europa tem uma esmagadora maioria de protestantes que são luteranos e presbiterianos, não existe força conservadora nas eleições ou em suas batalhas internas para deter o socialismo e outras ideologias do mal em seu meio.
No Brasil, as igrejas protestantes tradicionais sofrem a mesma doença espiritual. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (ECLCB, a maior denominação luterana do Brasil) adota a Teologia da Libertação e sua versão protestante, a Teologia da Missão Integral. As denominações presbiterianas no Brasil há décadas adotam, em menor ou maior medida, a Teologia da Missão Integral, amada por muitos de seus pastores, inclusive Caio Fábio, ex-pastor que foi um superastro presbiteriano que acabou se envolvendo em escândalos sexuais e políticos com poderosos líderes de esquerda.
Enquanto os pentecostais e principalmente neopentecostais estão reconhecendo os males dos governos socialistas no Brasil, a igreja luterana permanece recalcitrante. Aliás, o presidente da IECLB enviou uma carta a todos os pastores luteranos no Brasil ameaçando processar qualquer membro luterano que compartilhe meus artigos denunciando a Teologia da Libertação em sua denominação.
A Igreja Católica no Brasil não é muito diferente da denominação luterana. Seus líderes mais proeminentes não apoiam candidatos conservadores.
Por conservador quero dizer posições contra a agenda homossexual, aborto e apoio à vida e à família. Candidatos socialistas, mesmo quando são católicos ou evangélicos, têm dificuldade em adotar tais posturas.
Há mais de um ano, The Nation, a mais antiga revista progressista dos Estados Unidos, já reconhecia o impacto conservador dos evangélicos brasileiros em uma manchete intitulada “Em meio à crise no Brasil, bancada evangélica destaca-se como uma força política.”
A Teologia da Prosperidade é uma teologia neopentecostal importada dos Estados Unidos, a maior nação capitalista e protestante do mundo. Mesmo que exista algum exagero em seu ensino, sua mensagem básica é que a fonte de saúde, prosperidade, emprego, casamento e felicidade é Deus, enquanto os progressistas — protestantes e católicos — tendem a acreditar que o governo deveria ser tal fonte, e o marxismo cristão (Teologia da Libertação, Teologia da Missão Integral, Evangelho Social, etc.) exerce sua pressão para fazer o governo ser um provedor das necessidades das pessoas, desprezando o papel de Deus como o supremo Provedor.
Rodrigo Constantino, um escritor conservador, publicou um artigo intitulado “O Liberalismo e a Teologia da Prosperidade,” escrito por Claudir Franciatto, que disse:
“Enquanto grande parte não evangélica da nossa sociedade se limita a chamar os pastores, bispos e apóstolos das igrejas neopentecostais de ‘ladrões’… [esses pastores, bispos e apóstolos] estão trazendo para o Brasil — sorrateira e imperceptivelmente — certo “espírito anglo-saxão” de coragem, desbravamento e atitude individual positiva, que forjou uma nação como os Estados Unidos, e nos faltava. E como nos fez falta sempre!”
Franciatto acrescentou:
“Os pastores [neopentecostais] não incitam o fiel a orar e ficar sentado, mas a agir – dentro e fora da igreja.”
Essa ação fora da igreja é em grande parte conservadora e capitalista.
A Igreja Católica, a IECLB e outras denominações protestantes tradicionais no Brasil odeiam muito mais a Teologia da Prosperidade, que não é adotada por eles, do que odeiam a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral, que são adotadas por eles. Eles preferem qualquer outra opção, inclusive ocultista, do que enfrentar uma realidade evangélica diferente de seu delírio “evangélico” particular.
No entanto, quem está liderando a revolução conservadora no Brasil não são católicos ou protestantes tradicionais. Neopentecostais a estão liderando.
Embora o Brasil seja a maior nação católica do mundo, a Igreja Católica não tem a força conservadora que os neopentecostais, que herdaram tal força dos Estados Unidos, têm para conter a maré socialista no Brasil.
A Venezuela pode ser uma dura lição para o Brasil. Com uma população 96% católica e uma Igreja Católica em grande parte apoiadora da Teologia da Libertação, os venezuelanos elegeram cerca de 20 anos atrás o socialista Hugo Chávez, que prometeu cuidar de suas necessidades. Ele prometeu transformar o governo venezuelano num provedor das necessidades dos venezuelanos. Hoje, os venezuelanos estão morrendo de fome. Se a Venezuela tivesse uma população neopentecostal significativa, eles resistiriam à revolução socialista adotada pela Igreja Católica venezuelana.
A realidade na América Latina é: quanto mais católica uma nação é, mais socialista ou inclinada ao socialismo ela é. Cuba, Bolívia e Venezuela têm um denominador comum: uma população católica em massa. No caso cubano, eles tinham uma população católica em massa durante a revolução comunista na década de 1950. Ainda hoje, Cuba é em grande parte católica: 85% de sua população é católica.
Como mostra o exemplo latino-americano, o catolicismo parece naturalmente facilitar o socialismo. Portanto, não é difícil entender por que nas décadas de 1960, 1970 e 1980, enquanto a KGB apoiou a Igreja Católica, a CIA apoiou movimentos pentecostais.
No Brasil, os católicos são hoje cerca de 60% da população e os evangélicos, cuja esmagadora maioria é pentecostal e neopentecostal, são cerca de 30%.
Se o Brasil fosse 96% católico como a Venezuela é, o povo brasileiro estaria morrendo de fome sob o socialismo.
Outra diferença é a sensibilidade a valores pró-vida e pró-família. Durante décadas, a Igreja Católica, apoiada pela Igreja Luterana e outras igrejas protestantes tradicionais, apoiou sistematicamente o socialismo no Brasil. Igrejas pentecostais e neopentecostais o apoiaram — mas não de forma sistemática —, por causa da má influência do ex-reverendo Caio. Contudo, quando os neopentecostais viram os socialistas no governo defendendo o aborto e a homossexualidade, eles mudaram de rumo. Enquanto isso, a Igreja Católica, a Igreja Luterana e muitos presbiterianos não aprenderam com seus pecados: em grande parte, mantiveram seu curso leal ao socialismo, mesmo depois de verem seus socialistas favoritos promovendo o aborto e a homossexualidade.
A Igreja Católica e a IECLB nunca aprenderam com suas más experiências com o socialismo. Enquanto isso, os televangelistas neopentecostais aprenderam da maneira mais difícil. Mas aprenderam.
Apesar das fraquezas dos neopentecostais, especialmente em teologia, os brasileiros devem louvar a Deus pelos neopentecostais e pela Teologia da Prosperidade que eles trouxeram dos Estados Unidos. Eles estão salvando o Brasil do socialismo da Venezuela católica e da secularização da Europa, onde suas igrejas tradicionais, tanto católicas quanto protestantes, são impotentes para resistir às forças do mal.
Esta é a diferença das igrejas neopentecostais: elas buscam o poder de Deus e o usam para influenciar a sociedade. Elas fazem isso enquanto são hostilizadas por socialistas, secularistas, católicos e protestantes tradicionais.
É esse poder que a grande mídia na Europa e nos Estados Unidos está vendo em ação no Brasil.
Esse poder está em ação mesmo nos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump, que foi criado como presbiteriano, tem como seus conselheiros Paula White e outros adeptos da Teologia da Prosperidade. Aliás, a mesma força evangélica que ajudou Trump nos Estados Unidos está ajudando Jair Bolsonaro no Brasil, ainda que ele seja católico. Os evangélicos são agora a força conservadora dominante nos Estados Unidos e no Brasil. E as mesmas forças esquerdistas que estão atacando nas eleições dos EUA estão também atacando nas eleições do Brasil.
Se Bolsonaro vai ganhar ou não, não sei. Mas sei com certeza que nas próximas eleições, nos próximos anos a força evangélica será cada vez maior, inclusive na política. O Brasil terá, cedo ou tarde, um presidente neopentecostal.
Onde protestantes tradicionais e católicos estão fracassando e até mesmo perdendo para o socialismo, o secularismo e o ocultismo, os neopentecostais estão avançando e conquistando, mesmo na política. Não concordo com tudo da teologia deles, mas não posso negar que eles estão impactando positivamente onde ninguém mais está tendo impacto semelhante.
Agradeça a Deus pelos carismáticos, pentecostais e neopentecostais e seu amor de buscar o poder e os dons espirituais de Deus!