terça-feira, 21 de novembro de 2023

A Lenda de Ryomen-sukuna

Ryomen-sukuna (japonês 両面宿儺, literalmente "Demônio de Duas Faces") é um personagem dito ter aparecido em tempos antigos na província de Hida, no Japão, durante o governo do Imperador Nintoku (entre os anos 313 e 399 d.C.). 

Histórias sobre ele são conflitantes, sendo visto nas histórias como um homem, como uma divindade, como um demônio ou espectro, entre outros. 

De acordo com o Nihon Shoki ("Crônicas do Japão"), Ryomen-sukuna apareceu na província de Hida por volta do ano 377, ameaçando e saqueando a população. 


Ele foi descrito como tendo uma cabeça com duas faces, uma na frente e outra atrás de sua cabeça (lembrando o deus romano Jano), além de dois pares de braços (com os quais segurava um par de espadas, um arco e uma flecha) e pernas, sendo um par na frente de seu corpo e outro par nas costas. Sua altura varia conforme as descrições, desde 3 metros até um pouco mais de 50, mas o fato é que ele era muito mais alto que a média dos japoneses naquela época. Sukuna era ainda dotado de força sobre-humana, agilidade e inteligência. 

Após Ryomen-sukuna se recusar a cumprir as diretivas imperiais, o Imperador Nintoku enviou o xogum Takefurukuma-no-mikoto (japonês 武 振 熊 命 ) para derrotá-lo e expulsá-lo da província. 

As crônicas foram, de fato, escritas com o objetivo de legitimar a autoridade imperial. A campanha militar é, portanto, descrita como um ato de libertação, libertando o povo de Hida de um déspota do mal. As lendas populares locais, entretanto, relatam um ponto de vista diferente. 


Elas descrevem Ryomen-sukuna como um líder sábio e benevolente, que morreu defendendo seu povo de uma potência estrangeira invasora. Suas duas faces representam tanto o lado forte quanto o lado compassivo de sua personalidade. 

Uma famosa escultura local de Ryomen-sukuna esculpida em madeira mostra seu rosto de um lado com uma expressão ameaçadora, com as mãos segurando um arco e flecha, enquanto o outro lado mostra uma atitude pacífica e calma, as mãos cruzadas na frente do peito em um gesto de devoção. 

E embora o relato "oficial" no Nihon Shoki descreva Ryomen-sukuna empunhando duas espadas, as imagens locais invariavelmente o mostram segurando um machado, uma alusão às montanhas onde o mesmo vivia.  

Uma teoria afirma que Ryomen-sukuna é na verdade um símbolo de irmãos gêmeos, referindo-se a Oousu no Mikoto e Ousu no Mikoto, um par de gêmeos na antiga história japonesa. Outra teoria afirma que Ryomen-sukuna se refere aos filhos do Imperador Chuai: Kagosaka no Miko e Oshikuma no Mikoto. 

Ambos os pares de irmãos estão profundamente relacionados com as províncias de Hida e Mino. Ryomen-sukuna é considerado patrono do Templo Senko-ji e do Templo Zenkyu-ji em Nyukawa-cho, na cidade de Takayama, e dizem que ele teria introduzido o Budismo na província de Hida. Ryomen-sukuna também é adorado em muitos outros templos antigos nas províncias de Hida e Mino.

Cultura Popular

Ryomen-sukuna aparece como um chefe no jogo Nioh 2, para Playstation 4. No mangá e anime Jujutsu Kaisen, é um dos principais antagonistas, considerado o "Rei das Maldições".


Fonte:https://portal-dos-mitos.blogspot.com/2020/10/ryomen-sukuna.html


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

O Brasil é mesmo o segundo país mais religioso do mundo?



O post acima foi produzido por uma página ateísta do Facebook chamada "Consciência Ateísta". Nele podemos ver o velho e manjado argumento de que quanto mais religioso for o país, menos qualidade de educação ele terá. É bem comum encontrarmos posts de ateus na internet querendo associar ateísmo com inteligência ou com conhecimento e educação. Mas será que as informações do post estão corretas? 

     De acordo com o site da BBC NEWS, o segundo país mais religioso do mundo é a Armênia, que fica atrás apenas da Tailândia (o país mais religioso do mundo). O Brasil está em vigésimo terceiro lugar. O Brasil também não está em penúltimo lugar no ranking da educação... essa foi mais uma mentirinha do post para enganar os incautos.  O ateu de internet foi tão preguiçoso que nem se deu ao trabalho de fazer uma pesquisa de cinco minutos antes de criar o post dele (fonte).

    Sabe o que eu acho mais engraçado nesse tipo de argumentação ateísta? Eles dizem que a religião atrapalha no aprendizado dos alunos, porém, quem constrói escolas e faculdades são as instituições religiosas, não as associações ateístas. A ATEA, por exemplo, que é a maior associação ateísta brasileira, nunca construiu sequer uma sala de aula, mas já fez várias escolas públicas serem multadas porque tinham crucifixos pendurados nas paredes ou estátuas de santos católicos. O fato do povo de um país ser religioso não atrapalha o aprendizado, isso é mito. A Letónia, por exemplo, tem um índice de alfabetização altíssimo, o segundo melhor do mundo, e tem mais da metade de sua população dividida entre luteranos e católicos. Os ateus na Letónia representam menos que 2% da população.

Fonte:https://neoateismodelirante.blogspot.com/2023/11/o-brasil-e-mesmo-o-segundo-pais-mais.html


A Lenda do Mahoraga


Mahoraga (sânscrito: महोरग) são uma raça de divindades presentes no hinduísmo, no budismo e no jainismo. Eles são uma das Oito Legiões (sânscrito अष्टसेना, aṣṭasenā) cuja função é proteger o dharma. Dharma é uma palavra em sânscrito que significa "aquilo que mantém elevado". No budismo, é lei cósmica que governa a natureza e a vida. Como os Nagas (outra raça listada entre as Oito Legiões), eles são frequentemente retratados como seres antropomórficos, possuindo corpos serpentinos da cintura para baixo. No entanto, sua aparência pode diferir dependendo da tradição artística, às vezes sendo representados como tendo corpos humanoides com cabeças de serpente. Mahoragas costumam ser associados a grandes serpentes, como as pítons, enquanto os Nagas são mais relacionados à najas. Como os Kinnaras (também listados entre as Oito Legiões) Mahoraga também são associados à música.

Mahoraga (sânscrito: महोरग) são uma raça de divindades presentes no hinduísmo, no budismo e no jainismo. Eles são uma das Oito Legiões (sânscrito अष्टसेना, aṣṭasenā) cuja função é proteger o dharma. Dharma é uma palavra em sânscrito que significa "aquilo que mantém elevado". No budismo, é lei cósmica que governa a natureza e a vida. Como os Nagas (outra raça listada entre as Oito Legiões), eles são frequentemente retratados como seres antropomórficos, possuindo corpos serpentinos da cintura para baixo. No entanto, sua aparência pode diferir dependendo da tradição artística, às vezes sendo representados como tendo corpos humanoides com cabeças de serpente. Mahoragas costumam ser associados a grandes serpentes, como as pítons, enquanto os Nagas são mais relacionados à najas. Como os Kinnaras (também listados entre as Oito Legiões) Mahoraga também são associados à música. 

Budismo Mahayana 

No Budismo Mahayana, Mahoraga é o nome de um dos Doze Generais Celestiais protetores de Bhaisajyaguru, o "Buda da medicina". Cultura Popular No mangá Jujutsu Kaisen, Mahoraga é o shikigami mais poderoso da técnica das Dez Sombras. Ele nunca foi domado ou comandado como outros familiares na história de toda a Família Zenin. No entanto, os usuários da Técnica das Dez Sombras podem invocá-la por meio de um ritual de exorcismo na tentativa de exorcizá-la a qualquer momento. Uma outra curiosidade é que a roda em cima da cabeça de Mahoraga é o dharmachakra, a roda da lei e ordem cósmica, um dos símbolos mais antigo do budismo.

Fonte:https://portal-dos-mitos.blogspot.com/2023/05/mahoraga.html

Segundo a Bíblia como é reaumente a aparecia dos Anjos?

                                


Os anjos são seres espirituais (Hebreus 1:14), então não têm qualquer forma física essencial. Entretanto, os anjos têm a habilidade de aparecer na forma humana. Quando os anjos apareceram aos seres humanos na Bíblia, eles pareciam homens normais. Em Gênesis 18:1-19, Deus e dois anjos apareceram como homens e comeram uma refeição com Abraão. Os anjos aparecem como homens muitas vezes ao longo da Bíblia (Josué 5:13-14, Marcos 16:05), e nunca aparecem à semelhança das mulheres.


Outras vezes os anjos não apareceram como seres humanos, mas como algo de outro mundo, e sua aparência era aterrorizante àqueles que os encontrava. Frequentemente as primeiras palavras destes anjos eram "não tenha medo" porque o medo extremo era uma reação tão comum. Os guardas da tumba de Jesus ficaram como mortos quando viram o anjo do Senhor (Mateus 28:4). Os pastores nos campos em Lucas 2 se encheram de "grande temor" quando o anjo do Senhor apareceu e a Sua glória brilhou ao redor deles.


Serafins


O nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e do grego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima, e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.


O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra. Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana




Querubins


Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים - keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado".


No Gênesis aparece um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original (Gênesis 3:23-24). Ezequiel os descreve como guardiões do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, (O leão sempre foi reconhecido como forte, feroz, majestoso, ele é o rei dos animais e essa face simboliza então sua força). touro, (o touro é reconhecido como um animal que trabalha pacientemente para seu dono. 

Ele é forte, podendo carregar um urso, e conhece o seu dono). águia, (como um anjo, este pássaro voa acima das tempestades, enquanto abaixo delas existem tristezas, perigos, e angústias. 

Um pássaro ligeiro e poderoso, elegante, incansável) e homem, Esta face fala da mente, razão, afeições,e todas as coisas que envolvem a natureza humana, isso, para alguns estudiosos, significa que eles assim como os homens possuem o livre arbítrio. E eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência (Ezequiel 10). Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas (Êxodo 25:10-21; Êxodo 37:7-9).


Os Querubins, para alguns teólogos, ocupam o topo da hierarquia, pois alguns não consideram os serafins como anjos , uma vez que a palavra hebraica para anjo é "malak" (mensageiro) e da mesma forma no grego, anjo é "angelus" (mensageiro) e estas figuras


aladas que aparecem, na Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam a Deus mas não comunicam mensagens ao profeta.


São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". São representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.


Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo chamado antes pelo nome de Lúcifer ou Belial.



Tronos ou Ofanins


Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de "erelins" ou "ofanins", ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas (Apocalipse 11:16-17. São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.



Fonte:Wikepedia e https://www.gotquestions.org/.

Fonte:culturapopnobrasil

A Lenda de JOYBOY ?

JOYBOY é um deus que traz alegria e felicidade aos homens para que possam manter a esperança de suportar a miséria em suas vidas.



JOYBOY aparece como um menino negro. Sua mão direita segura uma baqueta e seu braço esquerdo segura um tambor mágico. Sempre que houver uma festa alegre, o JOYBOY estará presente para alegrar o ambiente. 

JOYBOY começa tocando sua bateria no ritmo e quem ouve a bateria sentirá vontade de fazer algo delicioso. 

Depois disso, JOYBOY acelerará o andamento e as pessoas que ouvirem a bateria sentirão uma alegria crescente. 

Em determinado momento, JOYBOY vai embora e a festa vai começar a esfriar até acabar gradativamente. 

Porém, se JOYBOY não parar de tocar bateria, a magia de seu tambor manterá a festa até que as pessoas não tenham mais energia para festejar.


Nascidos com a inspiração da JOYBOY, adoramos deixar nossos clientes felizes e encantados com o crescimento do negócio e uma alegre parceria.

A JOYBOY Advertising foi fundada em 2000 com capital registrado de 5.000.000 Baht. Agora somos consultores de relações públicas e publicidade de nível A para o Ministério das Finanças e já trabalhamos com mais de 30 empresas. Nossos clientes atuais são FujiFilm (Thailand) Co., Ltd, Big Start Co,.Ltd (GAMBOL) e Toyota Boshoku Filtration System (Thailand) Co., Ltd.


“O personagem das Índias Ocidentais que personifica a necessidade humana de dançar, cantar e jubilar.” (p. 26) Ele viajou para o Caribe com escravos da África Ocidental e foi citado como fonte de inspiração por alguns músicos de jazz.


Embora ele seja mais um deus ou uma musa do que uma criatura, isso me fez pensar que os panteões do passado costumavam ser enormes e muitas vezes tinham um personagem cuja função era inspirar alegria, folia e - em casos de excesso - caos. Provavelmente o mais conhecido é Dionísio/Baco, o deus grego/romano das uvas, do vinho, da loucura ritual, do êxtase religioso e do teatro.

De acordo com a wikipedia Dionísio , “ o vinho, a música e a dança extática libertam seus seguidores do medo e do cuidado autoconsciente e subvertem as restrições opressivas dos poderosos”.


Parece que a maioria dos livros de fantasia se concentra nos deuses mais modernos, severos e repressivos. E mesmo os livros que tratam da mitologia grega geralmente não mostram os benefícios ou as alegrias de seguir um deus dedicado a deixar as coisas acontecerem. Os deuses mais próximos que consigo imaginar e que são bastante usados ​​são os deuses trapaceiros, que, embora tenham alguns atributos semelhantes, não são exatamente a mesma coisa.


Seria legal ver um personagem como Joyboy usado em um romance, um deus que inspira a dança e a música - talvez em excesso, como a mania da dança que atingiu as pessoas na Europa entre os séculos XIV e XVII. “Envolvia grupos de pessoas dançando de forma irregular, às vezes milhares de cada vez. A mania afetou homens, mulheres e crianças, que dançaram até desmaiar de exaustão.” ( fonte )

A lenda de JOYBOY  se tornou mais conhecida devido a sua citação no famoso anime de one piece. 

Obra essa cheia de espirações em mitologias do mundo todo.


Mas mesmo reconhecendo que as pessoas precisam de algum tipo de relaxamento, a alegria, expressa na forma de um deus, até mesmo o excesso de folia, seria uma boa adição aos panteões de fantasia do futuro.

Fonte:https://scififanletter.blogspot.com/2014/09/creature-feature-joyboy.html e https://www.joyboyadvertising.co.th/node/2

A Lenda do deus Tupã o Zeus brasileiro?

Tupã (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.[1]
Descrição.

Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão. É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas. 

Nhanderu Ete, "o liberador da palavra original", segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco linguístico tupi, seria algo mais próximo do que os catequizadores imaginavam.


Câmara Cascudo afirma que Tupã é um "trabalho de adaptação da catequese". 

Na verdade o conceito "Tupã" já existia: não como divindade, mas como conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque estrondante), portanto, não passava de um efeito, cuja causa o índio desconhecia e, por isso mesmo, temia.[carece de fontes] Osvaldo Orico é da opinião de que os indígenas tinham noção da existência de uma Força, de um Deus superior a todos. 

Assim ele diz: "A despeito da singela ideia religiosa que os caracterizava, tinha noção de Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago.[carece de fontes]

Os indígenas acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.[carece de fontes]

Para os indígenas, antes dos jesuítas os catequizarem, Tupã representava um ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa.


Mito de criação guarani: O Sopro de Tupã. No princípio o deus Tupã morava no vazio, numa escuridão sem fim. Primeiro, Tupã criou o céu e as estrelas, onde fez sua morada e abaixo criou as águas. Depois, Tupã desceu lá de cima, em grande redemoinho. Logo que Tupã tocou as águas, o sol surgiu no arco do céu. 

Quando o sol chegou ao ponto mais alto, seu calor rachou a pele de Tupã. E finalmente, quando o sol desapareceu do outro lado do céu, a pele de Tupã caiu do corpo dele, se estendeu sobre as águas e formou as terras. 

No dia seguinte, o sol apareceu no céu e percebeu a mudança. O sol chegou novamente ao ponto mais alto e Tupã pegou um pouco de barro, amassou e moldou o primeiro Homem. 


Soprou-lhe o nariz e lhe deu vida. O Homem cresceu e ficou grande como Tupã, mas não falava. 

O grande deus soprou em sua boca e começou a falar. Então, Tupã soprou na orelha esquerda a inteligência e na orelha direita a sabedoria. 

Na cabeça do Homem, Tupã desenhou os raios e trovões sagrados que são os de pensamentos. No corpo do Homem, Tupã colocou as águas das emoções e dos desejos que se movimentam para criar ou para destruir. 

Por fim, Tupã deu ao Homem o poder de escolher entre criar e destruir. Terminada a criação, Tupã voltou para o céu montado em seu redemoinho.

Fonte: CLARO, Regina. Encontros de história: do arco-íris à lua, do Brasil à África. São Paulo: Cereja, 2014, p. 4.

Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Tup%C3%A3

Lenda da Cuca a bruxa jacaré?

A Cuca é uma personagem do folclore brasileiro.


Trata-se de uma bruxa velha com aparência assustadora que possui cabeça de jacaré e unhas imensas. Dona de uma voz assustadora, a Cuca rapta as crianças desobedientes.

Reza a lenda que a bruxa Cuca dorme uma vez a cada sete anos. Por isso, os pais tentam convencer as crianças a dormirem nas horas corretas, pois, do contrário, serão levadas pela Cuca.
Origem da Lenda da Cuca

Acredita-se que a Lenda da Cuca tenha origem no folclore galego-português baseada na criatura "Coca", que significa "crânio, cabeça".

A "Coca" é um fantasma ou um dragão comedor de crianças desobedientes que fica à espreita nos telhados das casas, e as rapta depois de fazerem alguma malcriação.
A Cuca no Sítio do Pica-Pau Amarelo

A figura da Cuca no Brasil está associada à descrição feita por Monteiro Lobato (1882-1948) na obra “Sítio do Pica Pau Amarelo”. Transmitida pela rede Globo, a obra literária foi posteriormente adaptada para a televisão.

Nessa versão televisiva, a Cuca é um jacaré com cabelos amarelos e que vive numa caverna, onde faz poções mágicas.

Interessante notar que nesse contexto, ela colabora com o Saci-pererê, um dos personagens mais emblemáticos do folclore brasileiro.
Músicas da Cuca

Uma das mais conhecidas cantigas de ninar assinala a presença desse ser mitológico e malvado. Muitas vezes, a Cuca é confundida com o Bicho-papão. Isso porque ambos personagens possuem o mesmo propósito educativo:
Nana neném


“Nana neném que a Cuca vem pegar,
papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar.
Bicho-papão, saia do telhado,
deixe a/o (nome) dormir sossegada/o”

Além desta, o compositor e cantor Dorival Caymmi (1914-2008) fez uma canção inspirada nessa personagem do folclore:
A Cuca Te Pega (trechos)


“Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
Cuidado com a Cuca que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá
A Cuca á malvada e se fica irritada
A Cuca é zangada, cuidado com ela
A Cuca é matreira e se fica zangada
A Cuca é danada, cuidado com ela”
Veja também: Bicho-papão
A Cuca nas Artes

A artista brasileira modernista Tarsila do Amaral (1886-1973) produziu em 1924 uma obra baseada nessa personagem. Atualmente, ela está exposta no Museu de Grenoble, na França.

Fonte:https://www.todamateria.com.br/lenda-da-cuca/