quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Conheça todas as armas usadas pelos cowboys do Velho Oeste?



Aqui no nosso querido site você já viu bastante coisa sobre o Velho Oeste em nossa incrível matéria "Curiosidades sobre o Velho Oeste e seus grandes nomes", mas tem uma coisa que nós ainda não falamos sobre, quais as armas que eles utilizavam naquela época? Bom, chegou a hora de nós descobrirmos juntos!
E se você se interessar por esse tipo de matéria histórica clique aqui agora mesmo, nós temos sobre as armas usadas por espiões, ninjas, piratas, samurais, cavaleiros medievais, gladiadores, vikings e mais!



Antes de mais nada nós temos que te dizer que você provavelmente foi enganado por toda a sua vida, cowboys não eram aqueles caras que faziam duelos, assaltavam bancos e trens e fugiam a cavalo do xerife, esses eram chamados de "Outlaws" (Foras da Lei), cowboys eram homens que cuidavam de vacas e outros animais em fazendas, daí seu nome, que significa literalmente "garoto vaca". Mas nessa lista vamos cobrir as armas usadas por ambos os lados da lei, e a mais famosa delas com certeza era o revólver.
Também chamado de six-shooter (seis-tiros ou atira-seis) por poder atirar 6 vezes antes de precisar ser recarregada, essa era a arma mais comum do Velho Oeste, quase todos usavam ela, seja para cumprir a lei, quebrar a lei ou apenas para autodefesa. Ela era tão popular que foi apelidada de "a arma que ganhou o Oeste".

Um dos modelos mais populares era o Colt single action army, que era fácil de encontrar por ser também de uso militar, era fácil de se usar e que não precisava de manutenção excessiva, sendo ótima para pessoas que passavam muito tempo na estrada.



Mas se seis tiros não eram o suficiente, que tal pegar seu inimigo de surpresa com um revólver LeMat? Capaz de segurar 9 balas de uma só vez essa arma ganhou popularidade entre os Estados Confederados americanos.
Além do revólver ela vinha com o cano de uma espingarda na parte de baixo, tendo um excelente poder de fogo para a época.




Além de revólveres os rifles também eram bem populares, e um dos mais famosos era o Winchester 1873, ele era tão popular que ficou em produção até o ano de 1923.
A arma era fácil de usar, e com a Winchester comercializando-a com o slogan "A arma que ganhou o Oeste" (sim, todo fabricante queria produzir a arma que ganhou o Oeste) ela virou um ícone da época.
Um dos pontos positivos da arma é que uma de suas versões usava a mesma munição dos revólveres, o que significa que as pessoas tinham de carregar menos peso e não precisavam ficar trocando seu cinto de munição o tempo todo.




Outro rifle famoso era o britânico Whitworth, um rifle hexagonal que foi projetado para disparar uma bala hexagonal. Isso desperdiçava menos gás propulsor ao disparar, tornando-a valorizada por sua precisão entre os atiradores confederados.




Já caçadores preferiam o Sharps, que era um rifle muito potente, perfeito para ser usado para matar animais grandes e, claro, pessoas também.


O Modelo de bolso Colt 1849 era basicamente um mini revólver, sendo perfeito para a autodefesa e assaltos. Ele era feito para caber no bolso ou cinto de uma pessoa, e tinha cerca de 22 cm no total, 4 a menos do que um revólver comum de sua época.
Com cerca de 330.000 exemplares produzidos entre 1850 e 1873, este calibre .31 diminuto de cinco tiros rapidamente se tornou o favorito do público e dos militares, sendo muito usado por criminosos, mulheres e apostadores.




A espingarda de cano duplo era uma das armas de fogo mais importantes da chamada fronteira americana. Ela era conhecida por fazer um grande estrago, mas principalmente por ser econômica, já que muitos simplesmente não tinham dinheiro para ficar gastando com armas.

Colonos, homens da lei, seguranças, criminosos, índios, soldados, pistoleiros, mineiros, fazendeiros e caçadores, todos que precisavam de uma arma de confiança tinham uma espingarda de cano-duplo. Ela ficou conhecida como "domadora de multidões" porque diziam que apenas ver uma espingarda poderia persuadir qualquer multidão a se comportar.




A corda, ou melhor, o "lasso", também era uma arma, ele podia ser usado para amarrar pessoas na hora de prendê-las ou assaltá-las, para enforcar, para prendê-las no cavalo ou até para arrastar a pessoa por aí.
Era uma ferramenta bem conhecida dos vaqueiros espanhóis e mexicanos, foi então rapidamente adotada pelos cowboys dos Estados Unidos para laçar os animais. Cada corda podia ter até 20 metros dependendo do modelo.



A Derringer era outra arma em miniatura muito usada para autodefesa e ataques surpresa, como por exemplo o que viria a tirar a vida do presidente americano Abraham Lincoln em 1865. Na verdade Derringer era o termo genérico para qualquer arma de fogo pequena da época.
O grande problema desse tipo de arma é que ela não tinha muito alcance e nem força, só podendo ser usada de perto, mas seu preço de 25 dólares por duas armas compensava esse problema para muitos.




O bullwhip (literalmente "chicote de touro") era mais uma ferramenta de pastoreio que tinha outras finalidades, não, ele não era usado em duelos e tiroteios, mas podia ser usado para torturar pessoas, principalmente criminosos e empregados que fizessem algo errado, isso era em parte devido ao fato de que muitos fazendeiros, principalmente os sulistas, ainda tinham a escravidão em mente durante o Velho Oeste, período que começou logo após a Guerra Civil Americana que libertou os escravos.
O chicote era normalmente feito de couro ou nylon e podia ter de 1 a 6 metros dependendo do modelo. Eles eram fáceis de se usar e podem facilmente cortar a pele e a carne de seres humanos e animais, já que quando usado ele pode até mesmo passar da velocidade do som.




O tomahawk era uma machadinha usada por nativos americanos que ás vezes eram recolhidas como troféus pelos novos colonizadores do Oeste após suas batalhas.
A arma em si é bem simples, sua cabeça é feita de pedra afiada, seu cabo era de madeira e ele era amarrado com couro. Penas e tecidos completavam a arma. Quando brancos e nativos começaram a se relacionar os nativos passaram a usar o ferro para fazer a cabeça do machado.
O machado de uma mão podia ser usado em ataques corpo-a-corpo, mas por ser leve ele também era uma ótima arma de arremesso, além de ser usada como presentes diplomáticos.





Outra arma comum dos nativos que foi apossada pelos colonizadores foi o arco e flecha, que era usado tanto em guerras quanto para caçar animais de todos os tamanhos.
Ele era outra arma simples, feito de madeira com uma corda feita de tendão, couro cru ou intestino, podia atirar flechas de pontas de madeira, osso e chifres com uma velocidade mortal.




A gatling é um tipo de metralhadora montada criada no século XIX por Richard Jordan Gatling, nos Estados Unidos, durante a Guerra Civil. Foi projetada em 1861 e patenteada em 1862.
Ela pode ter três, quatro, seis ou oito canos rotativos, e dispara mais de 500 balas por minuto dependendo do calibre.
O grande problema delas é que elas eram pesadas e caras, além de precisarem de manutenção, e quem usasse essa arma, devido ao tamanho dela, ficava exposto aos inimigos, que podiam facilmente atirar no atirador pelos flancos.




Uma arma de galeria, arma Flobert ou arma de salão é um tipo de arma de fogo projetada para tiro ao alvo indoor recreativo. Essas armas foram desenvolvidas em 1845, quando o inventor francês Louis-Nicolas Flobert criou o primeiro cartucho metálico rimfire modificando uma tampa de percussão para segurar uma pequena bala de chumbo. Elas também foram usadas em feiras e parques de diversões, sendo as antepassadas das modernas airguns.



Uma espada pistola é uma espada com uma pistola ou revólver anexada, geralmente ao lado ou em cima da lâmina. Difere de um rifle com baioneta porque a arma é projetada principalmente para ser usada como uma espada, e o componente de arma de fogo é normalmente considerado uma arma secundária projetada para ser um complemento à lâmina, em vez de a espada ser uma adição secundária a pistola. Além disso, os dois componentes dessas armas normalmente não podem ser separados, ao contrário da maioria dos rifles com baioneta.




Essa era a pistola Volcanic, ela era popular por ter um bom poder de fogo, mas demorava muito para recarregar. No fim a sua vida foi curta, sua fabricante acabou fechando e a arma foi junto, tendo ficado apenas 1 ano no mercado hoje em dia, devido a sua raridade, ela é um item de colecionador.



Facas eram uma ferramenta importante do Velho Oeste, seja para a autodefesa ou para trabalhos manuais. Elas eram exatamente o que você espera, uma lâmina de metal afiado que podia cortar de um ou ambos os lados e um cabo feito de madeira ou até mesmo ossos e chifres de animais.

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Fonte:https://www.realworldfatos.com/2022/12/conheca-todas-as-armas-usadas-pelos-cowboys-velho-oeste.html

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Movimento cristão: Montanismo




Nos primeiros séculos da era cristã, haviam várias "seitas" cristãs, totalmente independentes umas das outras, porém tinham na fé em Deus o seu ponto comum. Quando os Romanos se converterem ao cristianismo (antes eles eram os maiores perseguidores dos cristãos), acabou-se criando uma "padronização" eclesiástica, mas mesmo assim muitas eram as seitas e grupos independentes. No texto a seguir poderemos conferir um desses grupos religiosos vinculados ao cristianismo: o Montanismo.


O Montanismo foi um movimento cristão fundado por Montano por volta de 156-157 (ou 172 como afirmam algumas fontes), que se organizou e difundiu em comunidades na Ásia Menor, em Roma e no Norte de África. Por ter se originado na região da Frígia, Eusébio de Cesareia relata em sua História Eclesiástica (V.14-16) que ela era chamada de Heresia Frígia na época.


História

Citando Apolinário de Hierápolis, Eusébio afirma que Montano teria nascido na Frígia (Ásia Menor Romana, hoje Turquia), Montano afirmava possuir o dom da profecia, e que havia sido enviado por Jesus Cristo para inaugurar a era do Paráclito. Duas mulheres que o acompanhavam, Priscila (ou Prisca) e Maximila, afirmavam que o Espírito Santo falava através delas. Durante os seus êxtases anunciavam o fim iminente do mundo, conclamando os cristãos a reunirem-se na cidade de Pepusa, na Frígia, onde surgiria a Jerusalém celeste, uma vez que uma nova era cristã se iniciava com esta nova revelação divina.


O seu adepto mais famoso foi Tertuliano (c. 170-212), um dos primeiros doutores da Igreja, autor de inúmeras obras em defesa da Cristandade. Em torno de 210, insatisfeito com o pensamento cristão e suas práticas, uniu-se ao Montanismo, sendo considerado herético, embora não haja evidências concretas de que tenha fundado uma seita própria.




As perseguições à igreja aumentaram sensivelmente durante o governo do imperador Constantino I, que contra ela expediu severos decretos imperiais. O movimento perdurou, entretanto, até ao século VIII.


Características

O movimento caracterizou-se como uma volta ao profetismo, pretendendo revalorizar elementos esquecidos da mensagem cristã primitiva, sobretudo a esperança escatológica. Propunha um rigoroso ascetismo, visando à preparação para o momento final, preceituando-se a castidade durante o casamento e proibindo-se as segundas núpcias. No plano alimentar instituiu-se o jejum durante duas semanas por ano e a xerofagia (consumo de alimentos secos), sem o consumo de carne. Negavam a absolvição aos réus de pecados graves (mesmo após o batismo com confissão e arrependimento). As mulheres eram obrigadas ao uso de véu nas funções sagradas. Recomendava-se aos fiéis que não fugissem às perseguições e que se oferecessem voluntariamente ao martírio.


Os Montanistas viviam separados da igreja ortodoxa, denominando-se como "pneumáticos" (inspirados pelo sopro do espírito), em oposição aos demais cristãos, considerados "psíquicos" ou racionalistas.


Os primeiros sínodos ocuparam-se do Montanismo e vários apologistas o atacaram, uma vez que se temia a violência anti-romana da seita, cuja busca deliberada pelo martírio era percebida como um perigo para a paz entre a cristandade e o Estado. A Igreja, então já suficientemente organizada, reprimia ainda a inspiração profética que terminou se refugiando entre as seitas. A resistência que o Montanismo impunha à instituição eclesiástica, tornava-o perturbador à hierarquia, uma vez que o movimento respondia às necessidades e anseios de largas camadas cristãs, desiludidas ante o retardamento da parusia, razão de sua rápida expansão. Considera-se por fim, que as violentas oposições que suscitou no meio cristão romano demonstram que não se tratava apenas de uma simples resistência à heresia, mas sim de um conflito teológico entre a igreja de Roma (Ocidente) e a Asiática (Oriente), da qual o Montanismo surgia como um desenvolvimento natural.





Fonte: Wikipédia

Trauco: Demônio sexual chileno?




O Trauco ou Trauko, segundo a tradicional mitologia Chilota da ilha Chiloé, no Chile, é uma criatura mítica humanoide de baixa estatura, com as pernas sem pés, similar a um duende, que vive e se esconde nas florestas profundas.


O Trauco é uma entidade mítica que habita as matas de Chiloé, uma ilha no sul do Chile. Os homens de Chiloé temem o Trauco, cujo simples olhar pode ser mortal. O olhar do Trauco possui um poderoso magnetismo, semelhante ao do Íncubo, que atrai mulheres jovens e de meia-idade.




A mulher que for enfeitiçada pelo Trauco vai até ele, mesmo se estiver dormindo, e cai arrebatada aos seus pés. As mulheres escolhidas não resistem à atração mágica e concordam em ter relações sexuais com o ele.



Acredita-se que a lenda do Trauco foi criada como uma justificativa para uma gravidez indesejada, principalmente em mulheres solteiras; as pessoas assumem ser o Trauco o pai ausente. Isto isenta a mulher de culpa, porque o poder do Trauco é irresistível.



De acordo com o mito, a esposa do Trauco é a maligna e feia Fiura, ou La Fiura. Fiura seria uma anã grotescamente feia com a habilidade de lançar um "feitiço de doença" contra qualquer um que rejeita seus avanços sexuais. Apesar de sua aparência, ela geralmente é irresistível para os homens e, depois de ter relações com eles, ela leva a loucura.



Fonte: Wikipédia

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

lu alone lança nova música ``geração posicionada`` no YouTube?

Saudações leitores do blog Mundo do Boso na postagem de hoje eu trago para vocês uma notícia interessante do mundo gospel.

A cantora lu alone pastora e ministra da igreja Batista Lagoinha lançou um novo ritmo musical a música geração posicionada.

No qual ela faz uma crítica aqueles que dizem que a bíblia precisa ser atualizada ou que Jesus só pregou sobre o amor confira abaixo o videoclipe.



O Holandês Voador





Queridos Atormentados, hoje é dia em que o cinema me serve de inspiração, afinal o assunto desta postagem é nada mais, nada menos que "O Holandês Voador", e a sua lenda. Uma das lendas envolvendo essa macabra embarcação, foi retratada no filmes "Piratas do Caribe", como veremos mais a seguir...

Os antigos marinheiros, especialmente na Idade Média, eram muito supersticiosos, mas ainda hoje, crenças antigas sobrevivem, apesar de todo o avanço na cultura, no conhecimento e na tecnologia.


Em antigos documentos, pode-se encontrar registro de um navio real que zarpou de Amsterdã em 1680 e foi alcançado por uma tormenta no Cabo da Boa Esperança, vindo a naufragar. Como o capitão insistira em dobrar o cabo, foi condenado a vagar para sempre pelos mares, atraindo outros navios e, por fim, causando sua destruição. Vários relatos sobre o tal navio foram considerados miragens, embora haja uma grande variedade de detalhes descritos pelas testemunhas. No entanto não é o primeiro mito destas águas, depois do “Adamastor” descrito por Camões nos Lusíadas.


Existem histórias que citam o capitão de um navio que, ao atravessar uma tempestade, foi visitado por Nossa Senhora, que atendia às preces dos marinheiros desesperados. Culpando-a pelo infortúnio, atacou a imagem (ou amaldiçoou-a), atraindo para si a maldição de continuar vagando pelos sete mares até o fim dos tempos.


Durante a segunda guerra mundial, o contra-almirante nazista Karl Donitz, oficial do alto escalão alemão, reportou a Hitler que uma das suas tripulações, mais rebeldes, comunicaram que não iriam participar de uma viagem a Suez pois haviam visto o Holandês Voador. No ano de 1939, 100 nadadores que descansavam na Baía Falsa, na África do Sul, disseram ter avistado o Holandês Voador.


A lenda da embarcação-fantasma Holandês Voador é muito antiga e possui diversas versões. A mais corrente é do século 17 e narra que o capitão do navio se chamava Bernard Fokke, o qual, em certa ocasião, teria insistido, a despeito dos protestos de sua tripulação, em atravessar o conhecido Estreito de Magalhães, na região do Cabo Horn, que vem a ser o ponto extremo sul do continente Americano. A região é famosa por seu clima instável e suas geleiras, os quais tornam a navegação no local extremamente perigosa. Ainda assim, Fokke conduziu seu navio pelo estreito, com funestas consequências, das quais ele teria escapado, ao que parece, fazendo um pacto com o Diabo, e em uma aposta em um jogo de dados que o capitão venceu, utilizando dados viciados. Desde então, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar perpetuamente e causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem.


O navio foi visto também em 1632 no Triângulo das Bermudas, comandado pelo seu capitão fantasma Amos Dutchman, no caribe a lenda do Holandês voador tem Dutchman, como capitão. O marujo disse que o capitão tinha rosto de peixe e corpo de homem, assim como seus tripulantes. Logo após contar esse relato, o navegador morreu. Uns dizem que foi para o reino dos mortos; outros, que hoje navega com Dutchman no Holandês.


Nos trópicos equatoriais existem lendas que surgiram no século 18 sobre Davy Jones ser o capitão do Holandês voador. Nessa lenda, Davy Jones seria o capitão amaldiçoado do navio e estaria condenado a vagar para sempre nos mares pela ninfa do Mar Calypso, podendo desembarcar por 1 dia a cada 10 anos, sendo essa também a lenda utilizada nos filmes Piratas do Caribe: O Baú da Morte e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo.


Essa lenda também serviu de inspiração para o compositor alemão Richard Wagner, ao criar a ópera de mesmo nome.


Relato no Diário do HMS Inconstant:


No noite do dia 11 de julho de 1881, perto da Costa de Melbourne na Austrália, os vigias do castelo de proa do HMS Inconstant anunciaram a aproximação de um barco a bombordo. Treze tripulantes, dentre eles os Oficiais foram até às amuradas para ver o recém-chegado. De acordo com os diários de bordo de dois aspirantes reais que estavam a bordo, o príncipe George (depois Rei George V) da Inglaterra e seu irmão, príncipe Albert Victor, emanava do barco uma “estranha luminosidade vermelha como a de um navio fantasma todo iluminado”. Seus “mastros, vergas e velas sobressaíam nitidamente”. Todavia, instantes depois, “não havia nenhum vestígio de algum barco de verdade”.


As testemunhas achavam que haviam visto o Holandês Voador, o lendário navio fantasma que aterrorizou marinheiros durante séculos. A Lenda seria algo assim: apesar de todas as súplicas de sua tripulação, o Capitão Holandês Cornelius Van Derdekken insistiu em atravessar o Cabo Horn (próximo ao Estreito de Drake) em meio a violenta tempestade. Então o Espírito Santo apareceu, mas o satânico Capitão disparou sua pistola e amaldiçoou o Senhor. Por sua blasfêmia, Deus lhe rendeu uma maldição, o barco foi condenado a navegar por toda a eternidade, sem nunca poder parar em um porto. Desde então, os marinheiros dizem que um encontro com o Holandês Voador é um prenúncio de desastre.


Assim foi para o HMS Inconstant. Os diários dos membros da família real registram que mais tarde, naquela mesma manhã, um desventurado vigia caiu da trave do mastro principal e ficou “inteiramente despedaçado”. E, ao chegar ao porto de destino, o Almirante do barco foi acometido de uma doença fatal. Mera coincidência ou será a Maldição do Holandês Voador?

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

A Lenda da Befana

A Befana é uma personagem do folclore italiano, semelhante a Nicolau de Mira ou Pai Natal. A personagem pode ter-se originado em Roma, e depois estender-se como tradição por toda a Itália peninsular e no Ticino e outras partes italófonas da Suíça.

Befana.

De acordo com a tradição, uma mulher muito velha que voa em uma vassoura desgastada, semelhante a uma bruxa, visita as crianças na noite entre 5 e 6 de janeiro (a noite da Epifania) e preenche as meias deixadas por elas na lareira ou perto de uma janela. Em geral, as crianças que se comportaram bem durante o ano, receberão doces, frutas secas ou pequenos brinquedos e aqueles que se comportaram mal encontrarão meias cheias de carvão ou alho.

Uma crença popular é que seu nome provém da celebração da Epifania, todavia, evidências sugerem que a Befana deriva da deusa sabina/romana denominada Strina. No livro "Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily", do reverendo John J. Rom (John Murray, 1823), o autor diz:

Esta Befana parece ser herdeira de uma deusa pagã denominada Strenia, que patrocinava os presentes de ano novo, "Strenae", da qual, de fato, provém o seu nome. (D. Augustin., De Civit. Dei, lib. iv. c. 16.) Os seus presentes eram do mesmo tipo dos da Beffana - figos, tâmaras e mel. (Ov. Fast. i. 185.) Além disso, as suas celebrações recebiam forte oposição dos primeiros cristãos, pelo seu caráter barulhento, agitado e licencioso (vide Rosini, ed. Dempster. lib. i. c.13, De Dea Strenia, pàgina 120).

— John J. Rom, "Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily"

Segundo o folclore popular, a Befana visita todas as crianças da Itália na noite de 5 para 6 de janeiro, para encher de caramelos suas meias (se comportaram-se bem), ou com pedaços de carvão (se foram mal-comportadas).[3] Sendo uma boa dona de casa, diz-se que varrerá o piso antes de sair. A tradição recomenda que as crianças da casa deixem uma garrafinha de vinho e uma porção de um prato típico ou local para a Befana.[4]

A Befana é representada como uma velhinha de xaile negro, coberta de fuligem porque entra nas casas pela chaminé. Ela voa montada numa vassoura, sempre sorri, e carrega um cesto cheio de doces e presentes (ou carvão).

Segundo a tradição popular, os Três Reis Magos iam para Belém levar presentes para o Menino Jesus, e, em dúvida quanto ao caminho a seguir, resolveram pedir informações à uma velha. Ela tão pouco sabia o caminho, mas convidou os visitantes a pernoitar em sua casa. Na manhã seguinte, em agradecimento pela acolhida, eles a convidaram a segui-los e visitar o Menino, mas ela lhes disse que estava muito atarefada. Mais tarde, porém, arrependeu-se e seguiu pelo caminho tomado pelos Magos, mas nunca mais conseguiu reencontrá-los.

Desde então, diz a lenda que ela para em todas as casas que encontra pelo caminho, dando doces às crianças na esperança de que um deles seja o Menino Jesus.

Há diversos poemas sobre La Befana, os quais são conhecidos em versões ligeiramente diferentes por toda a Itália.

Primeira versão

La Befana vien di notte

Con le scarpe tutte rotte

Col vestito alla romana

Viva, Viva La Befana!

Uma tradução aproximada seria:

A Befana vem de noite

Com os sapatos quebrados

Vestida à moda romana

Viva, viva, a Befana!

Uma outra versão, dos moradores da província de Trento (lago de Garda setentrional)

Viene, viene la Befana

Vien dai monti a notte fonda

neve e gelo la circondan..

neve e gelo e tramontana!

Viene, viene la Befana

A tradução:

Vem, vem, a Befana

Vem dos montes a noite profunda

Neve e gelo a circunda

Neve e gelo e tramontana!

Vem, vem, a Befana

Fonte: Wikipedia 


Umibozu: A lenda do ‘monstro dos mares do Japão






Contam as lendas que Umibozu é o temível monstro marinho do folclore japonês. Dizem que ele aparece frequentemente no litoral do Japão desde o período Edo (1603-1868), época em que lendas à seu respeito surgiram.


Dizem que a principal ação desse monstro é destruir. Ele sempre aparece para devastar embarcações, levando consigo os seres humanos para as profundezas do mar. As lendas conta que a criatura pode formar um redemoinho nos litorais em formato de uma panela, e nela puxar os seres humanos que estiverem à sua margem.


Suas lendas e descrições são as mais variadas. Contam que a criatura pode tomar várias formas e até mesmo se fazer passar por seu parente próximo, o “Funa-yurei”. No entanto, sua característica física principal é descrita como um ser gigantesco, chegando a medir trinta metros. A aparência mais marcante desse monstro é cor negra e careca reluzente, cujo brilho pode ser visto tanto ao anoitecer como na luz do sol.


Esta careca fez com que o Umibozu ganhasse o apelido de “Monstro careca”. Dizem que esse monstro não tem boca e nem olhos, enquanto sua cor é negra como a noite sem luar. No entanto, algumas lendas relatam a criatura Umibozu com boca enorme e olhos reluzentes como fogo, essas descrições podem ser conferidas em várias retrações feitas por artistas japoneses ao longo de aproximadamente três séculos e meio, desde que histórias a raspeito da criatura surgiram no Japão.


Lendas

Existe um conto muito conhecido sobre o Umibozu e que figura na coleção de histórias do Período Edo. O conto narra sobre um marinheiro chamado Kuwana, que violou um código antigo de navegação, no qual proibia os pescadores de navegarem sozinhos.


E foi o que Kuwana fez ao pegas seu barco e sair sozinho mar adentro no final do mês. Certo do que queria fazer, seguiu intrepidamente mar adentro. Não tardou muito para encontrar um grande Nyudo (um eufemismo para Monstro Careca), que surgiu dos mares exibindo sua careca reluzente. Seus olhos eram terríveis como o espelho de escarlata.


A temível criatura perguntou ao marinheiro se ele via algo em sua forma que fosse assustador. O marinheiro lhe respondeu como responderia a uma pessoa comum, disse ao terrível mostro que não encontrava nada de assustador em sua aparência. Logo após, Kuwana seguiu seu caminho calmamente como se nada demais tivesse acontecido, enquanto o Umibozu ficou parado em meio ao mar olhando o marinheiro seguir com seu barco. Em seguida, a criatura desapareceu.


A lenda do marinheiro Kuwana despertou a imaginação dos japoneses da antiguidade. A partir de então, surgiram uma gama de boatos envolvendo a criatura.




Contam que não temer ao Umibozu ou responder sem receio ao ser indagado faz com que ele desapareça do mesmo modo como surgiu. O medo dos seres humanos lhe dão forças, do mesmo modo que a falta de medo mina a criatura.


Há ainda uma antiga história envolvendo o guerreiro Kuwana no Tokuzo, que enfrentou um Umibozu sozinho, conseguindo vencê-lo após o mesmo ter aterrorizado o litoral leste japonês durante anos.


Há relatos de que alguns pescadores japoneses, em tempos antigos, presenciaram aparições do Umibozu, com relatos registrados em livros oficiais de “cartórios” em províncias costeiras. Alguns deles, no entanto, consta que a criatura, em determinadas aparições, assemelhavam-se a um polvo gigante, com tentáculos enormes, similar aos monstros marinhos comumente narrados nos folclores ocidentais, mas todos afirmando que a criatura era negra e com cabeça reluzente.


Enquanto isso, os contos narram que o monstro, além de negro, cabeça gigante e reluzente, seria constituído de corpo com pernas e longos braços, sendo estes usados para destruir as embarcações.


O mistério envolvendo essa criatura aguçou a mente dos mangakas da atualidade, profissionais que criam e desenham os famosos mangás (quadrinhos japoneses). Umibozu já figurou em vária séries de mangás, com alguns muito populares e conhecidos no ocidente, como a longeva série “One Piece” e o recentemente encerrado “Naruto”.


Fonte: Mundo Nipo