Ela era um paraíso para uns – e simultaneamente – uma prisão para outros. Construída de 1406 a 1420, durante o governo de Yung Lo – terceiro imperador da dinastia Ming – a cidade proibida foi o maior complexo palaciano do mundo. Localizada em Pequim, ela foi o centro político até o fim do período dinástico. O nome tem relação com o rigoroso sistema de controle do fluxo de pessoas. A maioria daqueles que passaram a viver nesta grande cidade não pôs mais seus pés além dos extensos muros. Se alguém entrasse ou saísse sem autorização, este receberia pena de morte.
Sua área correspondia a cerca de 720 mil metros quadrados, sendo o lar de todos os membros da família do imperador, além de inúmeros serviçais, concubinas e eunucos. Todo o lugar era protegido por um muro de 10 metros de altura, tendo em cada um de seus quatro cantos, uma torre de guarda. Fossos cheios de água (de 6 metros de profundidade e 52 de largura) cercavam a parte exterior do muro.
Há um portão em cada lado da muralha: o Portão da Grandeza Divina (norte), o Portão Glorioso Leste, o Portão Glorioso Oeste e o Portão Meridional. O Portão Meridional é a principal entrada. Existem cinco arcos para a passagem, o central era de uso exclusivo do imperador (tendo algumas raras exceções).
A decoração foi inspirada na arte do Feng Shui, arte que visa criar ambientes com harmonia para atrair energias positivas. A maioria dos telhados é de coloração amarela, cor associada ao poder imperial. Além do mais, nos telhados também há estatuetas de animais que distinguiam a importância de cada edificação.
Com o estabelecimento da república da China, em 1912, a era dos imperadores entrou em declínio. A família de Pu Yi – o último imperador da China – viveu na cidade até 1924. Em 1925 foi transformada em museu, sendo pela primeira vez aberta ao público. Em 1987, foi declarada Patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.
Fonte: Real Nerd
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