Matinta Pereira (ou Matinta Perera) é uma personagem do folclore brasileiro que possui diversas versões. De maneira geral, ela é descrita como uma bruxa velha que se transforma durante as noites em um pássaro de mau agouro. Em algumas versões, Matinta não se transforma à noite, sendo uma velha acompanhada de seu pássaro fiel e agoureiro. Em outras, ainda, é uma velha que durante à noite se transforma em coruja, representando a alma de algum antepassado.
Matinta Pereira é uma bruxa velha que assombra as casas das redondezas durante à noite, momento em que ela se torna um pássaro, o “Rasga Mortalha”. Assim, o pássaro pousa nos telhados ou nos muros das casas emitindo um assobio alto e estridente para que os moradores deem conta de sua presença.
Matinta costuma aparecer durante a noite ou a madrugada perturbando o sono das pessoas. Nesse momento, um dos moradores da casa dizem em voz alta que oferecerá para ela o tabaco desejado.
Depois de proferida a frase, o pássaro voa dali e vai até outras casas fazer o mesmo. Note que em alguns lugares, as pessoas oferecem outras coisas como comida, bebidas, presentes, etc.
No dia seguinte, com o aspecto de bruxa velha, Matinta vai às casas e recebe o que lhe foi prometido na noite anterior. Se não lhe for entregue, ela amaldiçoa todos os moradores da casa, com doenças ou mesmo com mortes.
A maldição de Matinta pode ser passada para outras pessoas. Assim, quando a velha bruxa já está pronta a morrer, ela indaga outras mulheres perguntando somente “se querem”. Se, portanto, a resposta for positiva, a pessoa carregará essa maldição, passando a ser a Matinta.
Origem da lenda da Matinta Pereira
Oriunda da cultura popular do norte do Brasil, essa lenda é muito conhecida na região amazônica e provavelmente surgiu de alguma lenda indígena.
Seu canto estridente seria associado ao do pássaro Tapera naevia, chamado popularmente de Saci ou Matinta Pereira.
Fonte: Quora
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